Na última sexta-feira, 6, quando o
presidente Barack Obama declarou sem qualquer cerimônia que os “EUA não precisam de autorização da ONU para atacar a Síria”, estava
confirmando que o já sabíamos desde a invasão do Iraque e da Líbia: a
Organização da Nações Unidas não passa de figura decorativa no concerto das
nações.
As acusações
de uso de armas químicas de destruição em massa contra Sadam Hussein não formam
confirmadas pelos observadores daquela organização. A invasão da Líbia para matar Muamar Kadhafi
se realizou à revelia da ONU.
As
diferenças entre Georges Bush e Barack Obama estão somente na cor da pele e nas
origens. E a eleição de Obama pareceu o acontecimento mais importante do século
no primeiro mandado. Depois da posse ele disse que em três os soldados do seu
país desocupariam o Iraque. Se ele teve
alguma intenção diferente até os primeiros dias da posse, fica comprovado que naquele
país o mandato de um presidente é também cargo decorativo. O poder de fato está nas mãos da indústria
bélica e nos controladores do Grande Capital.
O
contexto faz do país o líder da agiotagem internacional, que faz enriquecimento
contábil sem moeda, e emissão de moeda sem lastro, o dólar, que não tem riqueza
própria para ancorar a circulação do papel moeda emitido pelo Tesouro Ianque,
na pretensão de que todas importações e exportações entre os demais países se
realizem intermediada com sua unidade monetária.
Esses
países, com seus aliados, gastam o que não têm, vão à quebradeira, depois passam
a estudar qual o país que devem invadir para se apoderar de suas riquezas para
cobrir o rombo de suas administrações perdulárias.
De
preferência, atacam os países independentes de seus caprichos e de suas
imposições. Há sempre o pretexto de “fins
humanitários”, conforme as alegadas armas químicas de destruição em massa, no caso
do Iraque e agora da Síria, coincidentemente países ricos em petróleo. Mas causas verdadeiramente humanitárias estão
na África, com a fome e a miséria matando diariamente milhões de inocentes,
onde governantes totalitários são indiferentes à situação de seu povo.
Imagem: Viagem Pela África
Se a África tivesse petróleo ou outras riquezas que
despertassem a cobiça dos estadunidenses e seus comparsas, já teriam jogado
sobre ela seus bilionários mísseis, estes sim, que arrasam e matam velhos, crianças e mulheres aonde jogam seu petardos.
A ONU
foi criada depois da Segunda Guerra Mundial, com a finalidade de estabelecer
equilíbrio entre as nações, compostas de representantes de significativos
países que pudessem tomar decisões conjuntas diante da ameaça de conflitos em
qualquer parte do Globo. Estabeleceu um
Conselho de Segurança. Criou a DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS
DIREITOS HUMANOS, Adotada e
proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembléia Geral das
Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
A
autodeterminação dos povos tem sido violada sob os mais grosseiros pretextos. E
sempre que os Estados Unidos lideram essa violação, passam por cima de qualquer
consideração da ONU. Os serviços de espionagem desse país têm sido
determinantes para as decisões de ataque e agressão aos países alvo. No momento, a espionagem já atinge o Brasil.
Neste
quadro, Obama decepciona o mundo, como dirigente negro e de origem do Terceiro
Mundo, que chegou à presidência do país mais poderoso e agressivo do Planeta.
A crer na sinceridade de suas intenções,
quando candidato, fica comprovado que o presidente não é quem de fato manda e
tem o poder naquele país. Ele é forçado a tomar decisões que os fracassados
capitalistas exigem para cobrir seus buracos financeiros. E que também sirvam
para atender os interesses da indústria bélica, para qual a existência de
conflitos é uma permanente necessidade como mercado de consumo de seus produtos
mortíferos.
Para atender esses interesses arrogantes e de
lesa humanidade, o presidente assume a figura de qualquer chefe mafioso e
ameaça o ataque, a invasão e,
consequentemente, o assalto ao país da vez.
Agora é a Síria, como já foram a Líbia, o Iraque, o Iran, o Vietnan, a
Coreia e tantos outros. Cada qual com suas riquezas, base da cobiça.
Amanhã poderá ser o Brasil, da Amazônia, do
Pré-Sal, do Petróleo, do Nióbio e do território imenso, “onde se plantando,
tudo dá”.
Neste modelo de democracia irradiado para
todos os países sob seu domínio, como o presidente de lá não é quem manda,
também não é o presidente, ou a presidente de cá quem manda; nem os
governadores, nem os prefeitos. Em torno
e sobre cada um existem os grupos que representam os interesses do sistema
internacional, através das pessoas locais, que formam suas organizações nem
sempre visíveis(muitas vezes secretas), como filiais da grande matriz imperial.
(Franklin
Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)
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