Sobre a natureza dos deuses / Lógica lusitana..
Lógica lusitana...
.João Walace
No fundo eles estão corretos; são os outros que não perguntam corretamente!
O raciocínio deles é definitivamente diferente do nosso. Impressionante! Um deles comentou comigo que é um raciocínio "ingênuo", que não abarca o "todo" do assunto, apenas um aspecto. Algo assim, mas que é verdade. Essas que vou te contar aconteceram comigo. Num voo da TAP, a aeromoça chega pra mim e diz: - A senhora vai jantar? Eu: - Quais são as opções? A aeromoça: - Jantar ou não jantar. Outra: Passei por uma banca de revistas em Lisboa e perguntei se havia o jornal O ESTADO DE SÃO PAULO. O dono da banca: - Sim, temos. Queres o Estadão de ontem ou o de hoje? (Diante daquela fartura toda, claro que eu...) - Ah, quero o de hoje. Dono da banca: - Então venha buscá-lo amanhã. Outra: Chegamos em Sagres e fomos lá naquela pontinha do mapa. Ali havia uma grande placa onde dizia: "Aqui acaba a Terra de Portugal e começa o mar". Eu me virei para o taxista e disse: - Se estou vindo de navio do Brasil e chego aqui, terei que ler "Aqui acaba o mar e começa a Terra de Portugal". O taxista me olhou com a maior cara de espanto e disse: - Pois! e eu nunca tinha pensado nisso. Outra: Num restaurante, com o cardápio na mão e olhando uma série de pratos de bacalhau, perguntei ao garçon qual era o melhor prato de bacalhau. E ele, com a mais perfeita expressão de sinceridade estampada na face, disse: - Pois vou lhe ser muito sincero, o melhor prato de bacalhau é o feito pela minha mãe. Outra: Estava na Espanha e queria comprar um notebook com teclado em português. Fui logo no Corte Inglês que é uma cadeia grande e tem lojas em toda a Europa. Encontrei o modelo que eu queria numa das lojas Corte Inglês, em Lisboa. Liguei pra lá e pedi que me mandassem o notebook via Corte Inglês de Madri, ou via correio. Eles me responderam que não exportavam produtos para o exterior. A mesma loja, a mesma rede, sendo que a União Europeia foi criada justamente para incrementar o comércio entre os países e retirar as barreiras... Insisti e não houve jeito. Só indo até Lisboa para comprar, disse o vendedor. Então, acertei todos os detalhes e lhe falei que iria de carro para aproveitar e ir passeando. Também disse que demoraria uns 3 dias, porque ia parar em 2 ou 3 cidades para conhecê-las. Pedi que deixasse reservado para mim... etc., etc.. Para deixá-lo mais tranquilo (e a mim também, porque já conheço o jeito deles) eu disse que lhe telefonaria de todas as cidades que chegasse para ir dando a posição. Ele achou o máximo e assim foi. - Olá, Fernando, já estou em Madrid... amanhã vamos para Cáceres e te ligo de lá, guarda o meu notebook. - Tá guardado, disse ele. - Olá, Fernando, chegamos em Cáceres... amanhã vamos para Badajoz e te ligo de lá, por favor, guarda o meu notebook. - Fica tranquila, está reservado pra si, disse ele. - Olá, Fernando, chegamos em Badajoz... amanhã estaremos em Évora e te ligo de lá, por favor, guarda o meu notebook. - Fica tranquila, está aqui reservado pra si, disse ele. Passamos por Évora direto rumo a Lisboa e chegamos no mesmo dia em Lisboa. Quando botei o pé em Lisboa, liguei pra loja e falei com o Fernando. - Olá, Fernando, já chegamos em Lisboa, vamos passar aí em meia hora, guarda o meu notebook. Ele: - Não está mais reservado, não está mais guardado, não sei se foi vendido, porque tu não telefonaste de Évora e eu tirei-o da reserva. ACREDITE SE QUISER!!! Outra: A gente está de carro... pára, abaixa o vidro para perguntar onde fica a Rua Fernando Pessoa. O passante diz: - Estás a ver aquela próxima rua? Pois não entra nela. - Estás a ver a próxima onde tem aquela placa azul na esquina? Pois também não entra nela. - Estás a ver aquela próxima que tem um semáforo? Também não entra nela. - Estás a ver aquela outra que fica depois da que tem semáforo? Entra nela à esquerda. Eles são incapazes de dizer "é a 4ª à esquerda". Ponto! Não conseguem. Não sei como funcionam aqueles cérebros... Outras, mais antigas: Uma brasileira dirigia por Portugal, quando viu um carro com a porta de trás aberta. Solidária, conseguiu emparelhar e avisou: - A porta de trás está aberta! A mulher que dirigia conferiu o problema e respondeu irritada: - Não, senhora. Ela está mal fechada! O brasileiro estava em Lisboa e numa sexta-feira perguntou a um comerciante se ele fechava no sábado. O vendedor respondeu que não. No sábado, o brasileiro voltou e deu com a cara na porta. Na segunda-feira, cobrou irritado do português: - O senhor disse que não fechava! O homem respondeu : - Mas como vamos fechar se não abrimos? Há ainda a história de um que morou por um ano em Estoril e contou que lá num certo dia, meio perdido na cidade perguntou ao português: - Será que posso entrar nesta rua para ir ao aeroporto? - Poder o senhor pode, mas de jeito algum vai chegar ao aeroporto... O brasileiro, no terceiro andar de um edifício, em Lisboa, chama o elevador e a porta abre-se quase instantaneamente. Aí ele pergunta às pessoas que estão dentro: - Está descendo? Todos respondem: - Não. E o brasileiro pergunta - Está subindo? Todos respondem - Não. E o brasileiro, já todo afobado: - Está o quê? Todos respondem - Está parado. | ||
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