A equipe organizadora do 2º Festival de Cinema de Visconde do
Rio Branco Geraldo Santos Pereira (Festcine VRB GSP) esteve reunida na noite de
ontem no Museu Municipal, analisando os filmes inscritos para a apresentação
que acontecerá de 12 a 18 de agosto próximo.
Será uma semana dedicada aos amantes da Sétima Arte, que sentem saudade
daquele ambiente dos caramelos, do carrinho de pipoca, do escurinho do salão e
até do lanterninha.
De segunda a sábado(12 a 17/08),
as sessões acontecerão no auditório Jotta Barroso, que está em vias de ser
transformado em cine-teatro municipal, conforme informação extra oficial da
Secretaria Municipal de Cultura.
No domingo,
18, haverá a sessão de encerramento na Praça 28 de Setembro, ao ar livre, em
frente ao prédio onde funcionou o Cinema Brasil.
Entre curtas e longas metragens, o
Festival exibirá cerca de 15 filmes, de produtores profissionais e amadores de
toda parte do Brasil: de Visconde do Rio Branco, contará com Jacynto Batalha,
Antônio Pinto Neto, Leandro Gonçalves, Jorge Luiz da Silva(JorSom), Luciano
Benhame(morando em Ubá) Antônio Lima Filho; de
Ubá, Filipe Rufato e Cássio Henrique Bottaro; de Cataguases, Rafael
Aguiar; de Viçosa, Carlos Canela, Fabrício
Menicucci e Bruno Lima; do Rio de Janeiro, José Augusto Muleta(nascido em
Visconde do Rio Branco); e de Porto Alegre(RS), Higor Rodrigues.
Os
temas são os mais variados: documentários, ficção, trabalho universitário,
história, romance, aventura, política, suspense.
Este
2º Festival alcançou abrangência maior do que o primeiro, por uma questão
lógica: a repercussão positiva da
experiência anterior e o anúncio com maior antecedência deste. Houve sondagens sobre critérios e regulamentos
vindos dos Estados Unidos, da Espanha e de outros países, com site na Internet
que alcançou o mundo inteiro. E agora a equipe conta com uma logística mais
apurada, como é natural, que a cada ano há de ser ampliada. Cada experiência desperta a necessidade de
cuidados maiores. A equipe organizadora
cresceu em número de membros e em qualificação. Desta vez conta com a Fundação
Amantes do Cinema, para dar suporte de planejamento e organização ao
Festival. Acrescentaram-se ao grupo a
jornalista Ludmila de Oliveira e o cineasta Leandro Gonçalves, que reforçaram a
dinâmica da organização.
Este
ano o jornal Contato, entre outros, de Viçosa estará dando cobertura ao
Festival. Em Visconde do Rio Branco a
divulgação ficará por conta da Revista Atual e do jornal Consciência da Mata online,
além de alguns outros órgãos da imprensa falada e escrita que venham participar
dos acontecimentos.
O
Festival surgiu depois da descoberta ocasional de que Geraldo Santos Pereira é
um cineasta de renome mundial, filho de Visconde do Rio Branco, nascido na Água
Limpa, mesmo local onde se encontra hoje o auditório Jotta Barroso. Geraldo dava palestra na Universidade Federal
de Viçosa nos primeiros anos deste milênio, quando falou de sua cidade natal.
José Luiz Lopes Gomes(funcionário da UFV), um ervaliense que vive desde criança
aqui na terra de Geraldo, sentiu-se tocado e, ao mesmo tempo chocado por um
nome daquela dimensão ser desconhecido na sua terra.
Aquela
ideia passou a inquietá-lo até que tomou a iniciativa de descobrir uma forma de
fazer contato com o famoso cineasta e despertar seu interesse em vir passar
alguns dias na terra natal. Com a sua
cultura e suas obras em torno do Barroco mineiro, muito interessante seria uma
palestra para o nosso povo e exibição de alguns de seus belos filmes.
Tão
logo conseguido o contato, Geraldo se dispôs com a maior boa vontade e prazer a
atender ao pedido de José Luiz.
Veio. Ficou com a família durante
uma semana na casa do seu anfitrião, visitou o Monumento de Guido Marlière, em
Guidoval, exibiu o filme o Aleijadinho, e fez palestra no Auditório Jotta
Barroso, e na Praça 28 de Setembro, no mesmo lugar dos festivais. Isto em
2006. Na ocasião tentou apoio das
prefeituras de Guidoval, Ubá e Visconde do Rio Branco para uma filmagem sobre
Guido. Não obteve sucesso nessa
empreitada. Nas palestras, pregou a
criação de um Centro Cultural, com o nome do Pacificador dos Índios.
Geraldo, de camisa branca, junto ao Busco de Guido Marlière
Após
sua estada na cidade, sua imagem, sua história e suas palavras ficaram ecoando
nas mentes dos amantes do cinema e da cultura local. Até que, no ano passado, o grupo teve a idéia
de criar o Festival de Cinema em homenagem a Geraldo que se encontrava
acometido do mal de Alzheimer. O
cineasta Erick Leite, estudioso da vida e obra de Geraldo e de seu irmão gêmeo
Renato, estava por terminar um documentário com o título de EU É GERALDO. O verbo na terceira pessoa era um “erro”
proposital que se pode interpretar como alguém que esteja dizendo que “este que
fala não é mais aquele que foi”. Seria a
história de Geraldo Santos Pereira contada pelo que sabem dele seus amigos e
conhecidos, não por ele mesmo.
Juntaram-se,
então, a criação do Festival e o lançamento do filme na sua cidade natal.
E
aí está o 2º Festival de Cinema de Visconde do Rio Branco Geraldo Santos
Pereira(Festcine VRB GSP).
(Franklin Netto
– viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)
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