Ontem foram presos pai(50 anos) e filho(23), suspeitos de tráfico de drogas, no bairro Mutirão. Policiais afirmam que os dois estão sendo investigados há cinco meses. Com o pai teriam sido encontrados 31 quilos de maconha, e, com filho, teriam sido apreendidos dois quilos e meio de cocaína, crack e ácido bórico. E que no sítio pertencente à família, na zona rural, havia material para preparo da droga, além de três barras de maconha. Denúncias anônimas levaram a Polícia Civil ao encontro dos suspeitos.
Assaltos vêm acontecendo à luz do dia, como ocorreu recentemente na agência dos Correios.
Bandidos abordam transeuntes em qualquer lugar para arrancar-lhes pertences do corpo, como pulseiras, cordões, relógios e dinheiro.
Estas ações entraram na rotina do município, tanto na zona rural como na urbana.
Faz pouco tempo que o motorista Sebastião Carmanini foi morto a pedrada na estrada de chão no caminho da Fazenda Santana.
Na mesma via, aconteceu o assassinato do casal possivelmente vindo da Bolívia: um parlamentar daquele país vizinho e uma brasileira de Goiânia(GO), que virou notícia com repercussão de Crime Internacional de Drogas.
O noticiário da ocasião citou como itinerário previsto de Goiânia-São José do Rio Preto(SP)-Ponte Nova-Viçosa-Visconde do Rio Branco.
Por que o destino era Visconde do Rio Branco?
Desse conjunto de fatos, alguns ficam esquecidos pela banalidade que alcançam, outros permanecem na memória.
Isto é grave para o nome da cidade e para a segurança de sua população. Ninguém sabe aonde pode ir sem correr risco de roubos ou de perder a vida.
Depois de um mês tão brilhante na nossa arte e cultura, com o acontecimento do 1º Festival de Cinema de Visconde do Rio Branco “Geraldo Santos Pereira”, que mobilizou tanta gente em torno dos cineastas e atores locais e dos que vieram de fora para enriquecer e revelar nossos melhores valores.
Eram rio-branquenses ausentes, residentes em várias partes do país que tiveram orgulho de ver em sua terra o que há de melhor e mais belo.
Eram também amigos de Rio branco que um dia aqui vieram a passeio e se tornam rio-branquenses de coração.
E o nosso povo, a gente simples amante da cultura, todos unidos a compor platéia para dar vida à semana de espetáculos da tela nas cenas em que se juntavam atores locais aos atores de fora.
Tanto na platéia, como em cena, todos estavam juntos em torno de uma atividade nobre, de entretenimento e de saber.
E, além do evento esporádico, a cidade convive com as corporações musicais Filarmônica Rio Branco, Bandas 13 de Maio e Vadim Viche, somadas ao Conservatório Estadual de Música.
Filarmônica Rio Branco. Imagem: filarmonicariobranco.com.br
Sociedade Musical 13 de Maio. Imagem: Margarida Silva
Todos mantêm suas escolas no aprimoramento de talentos para o Brasil e para o mundo. Ocupam seus alunos em atividade sadia, desenvolvendo-se na atividade instrumental e vocal.
É incompatível a existência do Crime Organizado ou não, com a mentalidade cultural que eleva o nome da cidade a níveis nacionais e internacionais.
É lamentável, paralelamente, ver as atividades mafiosas mundiais terem seu cordão umbilical com ramificações nesta cidade de 38.000 habitantes.
Nossa cultura, nosso bom senso, nosso amor-próprio clamam contra isto.
Queremos ver o nome da cidade se projetar pela voz de nossos cantores, pelo lirismo de nossos instrumentistas, pela inspiração de nossos poetas, pela verve de nossos escritores, pela palavra de nossos oradores, pelo pensamento de nossos intelectuais.
O noticiário que envolve Visconde do Rio Branco nas páginas policiais é chaga do estigma de “cidade onde se manda matar”, que vem dos tempos dos “coronéis” de patente comprada, e que ainda não acabou, mas precisa acabar.
O tempo tem que vencer a sanha da maldade, para dar lugar a uma era nova de prosperidade, onde o rio-branquense possa viver tranqüilo e garantir aos ilustres visitantes uma estada saudável, onde cada um possa ir e vir sem riscos de qualquer espécie.
(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)
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