A cultura
está na ordem do dia no seio da classe pensante de Visconde do Rio Branco. O
interesse pela preservação do patrimônio histórico e o anseio por espetáculos
de qualidade revelados pelo Festival de Cinema evidenciam isto.
E cultura
tem por base a educação nos seus estágios iniciais.
A
transferência do Fórum para a nova construção que se ergue na Barra dos Coutos,
deixa um espaço próximo do ideal para
dupla função: Escola de Tempo Integral nos dias úteis, e Centro Cultural nos
fins de semana e feriados. Com pequenos
reajustamentos, as várias salas do prédio servem para salas de aula. O Salão do Júri tem palco e espaço para
platéia como ponto de lazer para teatro, cinema e palestras sem depender de
adaptações. Só falta espaço para
atividades esportivas, ao ar livre.
Prédio do Fórum a ser desocupado. Imagem: Luiz Bareza
Do jeito em
que se encontra o Estádio da Boa Vista Joseph Lambert, o melhor é a prefeitura
transformá-lo em Estádio Municipal para nele os alunos praticarem esportes variados,
a começar pelo futebol, que é a paixão de todos. Mas serve para várias outras
modalidades, com o uso de peças desmontáveis.
E é útil para a tradicional ginástica que não depende de qualquer
adaptação.
Os alunos seriam
transportados de vans, ou microônibus, para não afetar o princípio da integralidade.
Estariam o dia inteiro sob os cuidados da Escola.
Tudo teria de acontecer de
maneira a não afetar os bens tombados pelo Patrimônio Municipal. Não há razão que justifique qualquer
alteração.
Em uma
escala bem feita, o campo poderia estar disponível para os treinos de futebol
uma ou duas vezes por semana, e para jogos aos sábados e domingos, à disposição
dos clubes que tradicionalmente se servem dele.
Do mesmo
modo, o prédio do Fórum estaria liberado para espetáculos de interesse geral,
nos fins de semana.
Por outro
lado, se surgisse uma possibilidade de utilizar as instalações o histórico Cine
Brasil para as atividades inerentes ao Centro Cultural, o prédio dessa Escola
ficaria o tempo todo destinado ao
desenvolvimento pedagógico e de lazer para seus alunos, como as oficinas de
arte, que envolvem aprendizagem, prática e distração. Toda arte depende de
platéia e de apreciadores.
Em uma
programação bem dosada e bem distribuía, a Escola se torna uma instituição aonde
o aluno gosta de ir e de freqüentar. E, gostando, não haverá evasão. Crescendo nesse ambiente, terá seu tempo
empregado em ocupação sadia, que se torna hábito, e se transforma em natureza,
jeito de ser, caráter, cidadão. Estará
fora do vício e da delinquência. A boa
Escola substitui, em parte, a presença dos pais que precisarão estar
trabalhando para o sustento da família.
E a Escola de Tempo Integral cobre, também em parte, as despesas que os
pais teriam com os filhos o dia inteiro em casa.
Neste período
eleitoral, o povo e os candidatos precisam pensar na melhor utilização de um
bem público que vai ficar ocioso. É um
excelente ponto comercial, talvez o melhor da cidade. Com certeza já há muitos
mexendo os pauzinhos nos bastidores dos poderes para ocupá-lo. Vai sobrar área de estacionamento. Mas é um
bem público, custou o suor povo. Cedê-lo para fins comerciais é a pior maneira
de atender às necessidades da população tão carente em educação e em saber.
Além do mais, o centro da cidade está saturado de atividades comerciais. Não adianta levar o Fórum para fora do centro
e colocar no seu lugar qualquer atividade que venha concentrar mais.
Precisa-se desafogar aquela área. Os alunos
da Escola, trazidos de todos os lados da cidade em condução coletiva estarão
evitando o congestionamento.
Os eleitores precisam cobrar dos candidatos, e
exigir dos eleitos as ações que levem esse aproveitamento a bom termo.
Se
acontecer, Visconde do Rio Branco será pioneiro na Região em Escola de Tempo
Integral. Com certeza estará dando um passo para amenizar a violência e a delinquência
urbana, muito alta, no momento, para uma cidade deste porte.
Assaltos à luz do dia, como aconteceu há
pouco nos Correios, ocorrem quase diariamente.
De tão corriqueiros, estão ficando banais.
As pessoas contam umas para as outras e não causam mais espanto, como se
fosse uma ação comum, de cidade grande, onde alta densidade demográfica
facilita o delito e cada um dá de ombros, enquanto não acontece com ele. O silêncio dos bons vai facilitando o
estardalhaço dos maus que financiam campanhas eleitorais, chegam ao poder e
fazem leis que limitam a liberdade das pessoas de bem e deixam os assaltantes à
vontade diante das suas vítimas indefesas.
As Escolas
de Tempo Integral podem formar hoje melhores cidadãos de amanhã.
(Franklin
Netto)
Muito bom, Franklin.
ResponderExcluirAcredito piamente que a educação e os esportes são fundamentais para a formação do cidadão e no preparo do mesmo para que possa atuar com dignidade no mundo!
Parabéns por sua empenho, vc está sempre linkado nos acontecimentos.
Gde abraço,
Obrigado, Luiza! Seu comentário incentiva!
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