quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dia de tormenta com chuva, ventos e apagões




Esta véspera de finados fez o povo de Visconde do Rio Branco viver momentos de tormenta e desatino. Desde as primeiras horas da manhã, os piques de energia elétrica interrompiam trabalhos e causavam preocupação sobre avarias de eletrodomésticos.  Comerciantes reclamaram de não poder trabalhar, porque estoques nos frigoríficos e freezers  sofriam constantemente descontinuidade no processo de conservação.

Em vários pontos da cidade as equipes de manutenção da Energisa – subsidiária fornecedora de energia elétrica para a região – realizavam reparos na rede, desligavam repentinamente transformadores de alimentação de algumas áreas, sem qualquer aviso prévio.  E pegavam desprevenidos setores de atividades diversas, como comércio, oficinas, fábricas,  que dependem da energia de forma continuada para evitar prejuízos de todo material empregado em cada função.

O uso cada vez maior da informática em todos os ramos de negócio coloca em risco programas em andamento, produção em série, estudos, planejamento.  Esses piques repentinos desarranjam tudo, faz perder tempo e desorganiza trabalhos que estejam sendo processados.

Ao anoitecer, uma tempestade de chuva e vento balançou a cidade.  Na Praça Jorge Carone Filho grandes placas instaladas junto ao muro do Hospital São João Batista foram carregadas pelo vento e jogas longe, com risco de avarias nos veículos que passavam.  No posto de gasolina daquele local o trabalho era prejudicado pelas chuvas que o vento fazia infiltrar sob as coberturas e atingiam frentistas e consumidores. 

O trânsito engarrafou-se ao longo da Avenida e nas vias de acesso à Praça 28 de Setembro. Com piso molhado e as águas torrenciais, os limpadores de pára-brisa não davam conta para se ter boa visibilidade.  O resultado foi a lentidão e o cuidado necessário para evitar choques entre veículos.

O pessoal nas calçadas corria de um lado para outro, em busca de abrigo ou de uma condução mais rápida.  O ponto de táxis ficou vazio.  E, para complicar, veio um apagão geral que durou mais de duas horas. Outro corre-corre no escuro, atrás de velas, lanternas e outros artifícios diante do tumulto generalizado.

Quando a iluminação voltou, muitos comerciantes haviam fechado mais cedo, por falta de condições de trabalho e  por questão de segurança.  Qualquer porta aberta durante a escuridão é convite certo para os ladrões fazerem sua farra.

A Energisa precisa ter um plano de trabalho para as emergências de modo a avisar previamente os consumidores  sobre o desligamento em determinadas áreas, para cada um se organizar e evitar prejuízos em mercadorias e em utensílios que dependam da continuidade do fornecimento.
 
É necessário haver maior rapidez na recuperação dos dispositivos automáticos que se desligam diante de fenômenos da Natureza, como raios e trovões. As mudanças de temperatura, as evaporações, as condensações de nuvens começaram lentas desde meados de outubro. E crescem em velocidade e consequências com o passar dos dias.  Os técnicos dos setores de reparos e manutenção precisam estar atentos  às transformações atmosféricas para produzirem mecanismos de prevenção e eficiência.

Tem-se que evitar a população ser apanhada de surpresa todo dia, por questão de segurança e tranquilidade, nos seus direitos de consumidor.     

Se a empresa fornecedora de energia elétrica trabalhar com competência, os fenômenos naturais poderão ter seus efeitos amenizados sobre os cidadãos contribuintes.

(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)

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