Esta véspera
de finados fez o povo de Visconde do Rio Branco viver momentos de tormenta e
desatino. Desde as primeiras horas da manhã, os piques de energia elétrica
interrompiam trabalhos e causavam preocupação sobre avarias de
eletrodomésticos. Comerciantes
reclamaram de não poder trabalhar, porque estoques nos frigoríficos e freezers sofriam constantemente descontinuidade no
processo de conservação.
Em vários
pontos da cidade as equipes de manutenção da Energisa – subsidiária fornecedora
de energia elétrica para a região – realizavam reparos na rede, desligavam repentinamente
transformadores de alimentação de algumas áreas, sem qualquer aviso
prévio. E pegavam desprevenidos setores
de atividades diversas, como comércio, oficinas, fábricas, que dependem da energia de forma continuada para
evitar prejuízos de todo material empregado em cada função.
O uso cada
vez maior da informática em todos os ramos de negócio coloca em risco programas
em andamento, produção em série, estudos, planejamento. Esses piques repentinos desarranjam tudo, faz
perder tempo e desorganiza trabalhos que estejam sendo processados.
Ao
anoitecer, uma tempestade de chuva e vento balançou a cidade. Na Praça Jorge Carone Filho grandes placas
instaladas junto ao muro do Hospital São João Batista foram carregadas pelo
vento e jogas longe, com risco de avarias nos veículos que passavam. No posto de gasolina daquele local o trabalho
era prejudicado pelas chuvas que o vento fazia infiltrar sob as coberturas e
atingiam frentistas e consumidores.
O trânsito
engarrafou-se ao longo da Avenida e nas vias de acesso à Praça 28 de Setembro.
Com piso molhado e as águas torrenciais, os limpadores de pára-brisa não davam
conta para se ter boa visibilidade. O
resultado foi a lentidão e o cuidado necessário para evitar choques entre
veículos.
O pessoal
nas calçadas corria de um lado para outro, em busca de abrigo ou de uma
condução mais rápida. O ponto de táxis
ficou vazio. E, para complicar, veio um
apagão geral que durou mais de duas horas. Outro corre-corre no escuro, atrás
de velas, lanternas e outros artifícios diante do tumulto generalizado.
Quando a
iluminação voltou, muitos comerciantes haviam fechado mais cedo, por falta de
condições de trabalho e por questão de
segurança. Qualquer porta aberta durante
a escuridão é convite certo para os ladrões fazerem sua farra.
A Energisa
precisa ter um plano de trabalho para as emergências de modo a avisar
previamente os consumidores sobre o
desligamento em determinadas áreas, para cada um se organizar e evitar
prejuízos em mercadorias e em utensílios que dependam da continuidade do
fornecimento.
É necessário
haver maior rapidez na recuperação dos dispositivos automáticos que se desligam
diante de fenômenos da Natureza, como raios e trovões. As mudanças de
temperatura, as evaporações, as condensações de nuvens começaram lentas desde
meados de outubro. E crescem em velocidade e consequências com o passar dos
dias. Os técnicos dos setores de reparos
e manutenção precisam estar atentos às
transformações atmosféricas para produzirem mecanismos de prevenção e eficiência.
Tem-se que
evitar a população ser apanhada de surpresa todo dia, por questão de segurança e
tranquilidade, nos seus direitos de consumidor.
Se a empresa
fornecedora de energia elétrica trabalhar com competência, os fenômenos
naturais poderão ter seus efeitos amenizados sobre os cidadãos contribuintes.
(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)
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