sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Nota da Prefeitura sobre a UPA merece uma explicação da administração passada







        A administração do ex-prefeito João Antônio de Souza tem o mérito de colocar Visconde do Rio Branco com um dos melhores índices sobre a Educação no país. E, dentro desse espírito, planejou e conseguiu a aprovação da construção da Unidade de Pronto Atendimento 24 hora(UPA24h) pelo Ministério da Saúde e da Secretaria da Educação do Estado de Minas Gerais.

        Com a mudança do poder a favor da corrente adversária, deu-se que a obra ficou paralisada, e o Prefeito Iran Silva Couri, que prometera em campanha dar continuidade à UPA, em seu discurso de posse, falou em construção de um Pronto Socorro 24 horas em convênio com o Hospital São João Batista.

        Essa mudança de rumo provocou, como é natural, a impressão de que o projeto UPA teria sido abandonado. Como  a direção do Hospital constitui corrente política de apoio ao prefeito eleito, veio uma  reação popular natural como interpretação de que a mudança tinha motivações políticas, de certa maneira fisiológicas.

        Mas o prefeito retomou o assunto ao comparecer à Câmara de Vereadores para responder questionamentos, quando  alguns vereadores, assumindo o clamor popular, quiseram saber as razões do abandono do projeto UPA.  Em resposta, o prefeito afirmou a intenção de continuar a obra, mas alegou que a administração passada havia deixado de cumprir algumas normas estabelecidas no projeto, como espaço físico necessário para a obra, e a proximidade do Rio Chopotó.

        Da sabatina, resultou a formação de uma comissão supra partidária, “representada pela Secretária de Saúde, Sra. Maria Inês Martins de Almeida e pela arquiteta Sra. Magda Saraiva Benatti. Representando a Câmara Municipal, a vereadora Sra. Maria Isabel Crovato e o vereador Sr. José Carlos Gaione. Compareceram ainda o Secretário de Saúde de São Geraldo, Sr. Felício Rodrigues da Silva e o Secretário de Saúde de Guiricema, Sr. Gustavo de Melo Sartori, interessados na construção da UPA por atender também a seus municípios” – (Site da Prefeitura).

         Da ida a Belo Horizonte, segundo a nota da Prefeitura, as razões técnicas para a paralisação da obra se confirmaram, na Secretaria Estadual da Saúde.  A Nota afirma que está agendada uma visita ao Ministério da Saúde, em Brasília, para elucidação dos fatos, e saberem as providencia necessárias para ser concretizada a obra. 

         Como o vereador Gaione e a vereadora Maria Isabel Crovato, integrantes da Comissão, pertencem à corrente de política da administração passada, e testemunhas do contato com a Secretaria de Saúde de Minas Gerais, é natural que promovam um encontro com demais representantes da administração do ex-prefeito João Antônio de Souza, para elaborarem um documento de esclarecimento ao povo, que precisa saber as versões dos dois lados, em nome da transparência, com o estabelecimento do contraditório. 

         A conquista que a administração passada alcançou, em saúde, no ano passado, não pode sofrer retrocesso. Se houver erro técnico nesse empreendimento, ele poderá ser corrigido.  Tudo na vida é passível de correção. Só não erra quem não faz.  Essa correção, ainda que dependa de participação das partes antagônicas, deverá ser atingida. 

         Muitos municípios no Brasil deixaram de ter essa unidade, por falta de iniciativa para examinar e se habilitar para ter o projeto aprovado. E Visconde do Rio Branco conseguiu aprovação dos governos federal e estadual.  Se houve um tropeço no meio do caminho, não impedirá a caminhada para chegar ao destino almejado.

         A UPA poderá ser o embrião de um projeto maior: a conquista de um hospital municipal, pertencente ao povo, que evitará a saúde continuar a ser partidarizada no município.  Nada contra as instituições de saúde particulares.  Elas têm o seu papel. E poderão dar um atendimento diferenciado às pessoas que têm planos de saúde, ou condições financeiras de pagar todo tratamento de que necessitam.  O hospital municipal será administrado pelo poder público, com os recursos do SUS, que deverão funcionar sem favorecimentos lucrativos de qualquer entidade. Saúde, como direito da população, não deve ficar presa a negócios de entidades privadas, onde os clientes poderosos têm tratamento de melhor qualidade em relação aos pacientes comuns.

         Os esclarecimentos da administração passada a respeito da UPA somente contribuição para a verdade e darão  impulso para que a obra seja reiniciada e concretizada a favor do povo, que paga muito imposto, tem baixos salários, e vive construindo riqueza para os outros.   

         O povo já contava certo com o funcionamento da UPA24h. Havia uma equipe médica pronta para começar a atender logo depois de começar a funcionar, com previsão para março  até maio. É evidente que o prazo agora é pouco para as possíveis correções e início.  A paralisação causou desilusão.  A sua causa era de domínio público.  Mas tudo há de se resolver em breve  para o Município reconquistar sua posição de destaque no ranking da Saúde, como aconteceu no ano passado.

(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)

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