sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

A grande mídia e o fim do mundo que não houve


         

       Um assunto banal que poderia passar como um simples registro de cultura antiga serviu de boa oportunidade para a mídia mundial ocupar a mente das pessoas, e desviar da realidade que prejudica a todos.

         Afinal, a grande crise financeira dos países perdulários, que exploram as riquezas dos mais fracos, sai do debate que interessa aos explorados.

         Inglaterra, França, Portugal, Espanha, Itália, Estados Unidos e seus aliados que vêm ao longo dos séculos extorquindo as riquezas naturais de suas colônias, mesmo depois de ex, gastaram tanto o que não tinham que a economia do bloco se encontra em colapso.

         Sempre buscaram assaltar o que hoje se denomina Terceiro Mundo, arrancando matéria prima do subsolo e da biodiversidade alheios para criar suas reservas em ouro, e alimentar as indústrias na transformação em materiais diversos para serem vendidos, importados pelas colônias, algumas com status de países independentes, mas economicamente prisioneiros dos impérios criadores de bancos e do sistema de empréstimos agiotas, geradores da eterna dependência.

         A Revolução Francesa e a Independência dos próprios Estados Unidos fizeram aflorar os ideais de liberdade, principalmente nesta América Latina, aprisionada à grande cadeia dos dominadores.
Colônias francesas, inglesas, portuguesas, espanholas fizeram surgir figuras como Bolívar, Tiradentes, Che Guevara aqui pelas Américas; e, do outro lado do mundo, Mahatma Gandhi. 

         Os Estados Unidos, apesar de terem saído da condição de colônia, perdeu o mérito por se aliar e, com o tempo, liderar o grupo dos sanguessugas mundiais.

          Na ânsia de invadir países ricos em bens naturais, e dominar suas gentes, gastam demasiadamente com a indústria bélica e com o elevado nível de vida dos povos que vivem dentro de suas fronteiras, em contraste com a pobreza imposta as habitantes dos países dominados.

         Para manter tantas despesas, nunca param de assaltar os outros países que têm petróleo, ouro, ferro, nióbio e a biodiversidade como a Amazônia, pertencente ao Brasil e a alguns países fronteiriços. Para isto criam pretextos, ONGs e a corrupção de governantes locais.

         De tempo em tempo sua economia entra e colapso, porque o capitalismo especulativo é autofágico. Assim aconteceu na Grande Depressão de 1929.  Assim está acontecendo agora. Era uma crise que vinha se arrastando disfarçada, e mostrou suas vísceras a partir de 2008. O grupo de países “ricos” emitiu tanta moeda para forçar empréstimos agiotas aos países dominados, que criou moedas podres, por falta de lastro, apesar de tanto ouro arrancado de suas ex-colônias.

         Essas crises levam o grupo a provocar conflitos entre aqueles que não são seus aliados, para dividi-los, enfraquecê-los e transformá-los em consumidores das armas que produzem, através de  empréstimos e financiamentos sob condições de fomentar eterna dependência.

         Assim, aconteceram a Guerra da Coréia, a Guerra do Vietnam, a Guerra do Iraque, a Guerra da Líbia, a Invasão do Afganistão.  Em cada oportunidade transformam a ONU em instrumento avaliador de sua agressão/invasão para se apoderarem de mais um território ocupado.

         Na sua crise, como a de agora, procuram envolver as nações fora do bloco, com o controle da economia de cada uma, exigindo toda sorte de sacrifício do povo de país dominando, em forma de baixos salários e altos impostos, como meio de serem enviadas riquezas para tapar seu buraco econômico financeiro.

         Aos países dominados é vedada educação pública de qualidade,  a não ser para uma elite privilegia, preparada para se transformar em seu instrumento dominador como aliados.  Ao povo fica imposta a ignorância para evitar o conhecimento desta brutal verdade e a busca de independência como tentaram Bolívar, Tiradentes, Che Guevara  de um passado mais remoto,  como alguns de um passado mais recente.

         Por isto que fazem do “fim do mundo” de agora, da Copa de 2014, das Olimpíadas de 2016 o assunto predominante na mídia comprometida com as receitas dos poderosos anunciantes dos produtos estrangeiros que fazem parte do nosso dia a dia, desde o escovar de dentes pela manhã, até o apagar da lâmpada do nosso quarto na hora de dormir.

         Essa Super Organização tem a estrutura e a logística de Máfia Mundial, com ramificações nos poderes de cada país satélite, desde os mais altos cargos na esfera federal, nas estaduais e até nos menores municípios, onde sempre se observam o pequeno grupo de dominantes sobre a massa dominada.   A pirâmide social que vemos em cada lugarejo aparece como miniatura da gigantesca pirâmide mafiosa do Planeta.  E o mundo não acabou.....

(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)              

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