segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

UPA 24h e Avenida Beira-Rio, um ponto de equilíbrio


         

               Não resta mais dúvida de que houve vários erros na obra iniciada da Unidade de Pronto Atendimento 24 horas-UPA- na Rua Eugênio de Melo, ao lado do Clube dos Bancários. A documentação apresentada pela administração atual, com base em demonstrativo da Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais, evidencia a realidade. Por aquela documentação, o terreno  pequeno e a proximidade do Rio Chopotó inviabilizam uma unidade de saúde daquele padrão, naquele lugar.
Se tudo ficar como está, terá sido um desperdício de dinheiro público, pelos erros cometidos na administração passada.

                   Nem a administração passada, nem a presente é dona do patrimônio do povo do município. Cada qual tem que zelar por esse patrimônio como um bem de todos. O terreno, como a obra iniciada agora, fazem parte desse bem. Um chefe de executivo não deve gastar errado, nem o outro deve desperdiçar.  Aqueles bens têm outra serventia.  Com espírito público podem se transformar em outro bem que sirva à população.  Se o Rio está próximo, provavelmente o solo é fértil, bom para uma horta comunitária ou escolar e para todo tipo de pesquisa que o aproveitamento da área ofereça.  Do mesmo modo, a obra paralisada poderá ser erguida para outro fim.  Ali existem o Clube e várias unidades residenciais, talvez à mesma distância do curso de água. Até agora não temos notícia de que qualquer desses prédios haja sido declarado área de risco.
Rua Eugênio de Melo. Obra iniciada da UPA24h. CM 23/12/2012


                   Quanto à construção da UPA24h, a Zona Urbana oferece muitos outros lugares para esse fim, dentro dos moldes técnicos estabelecidos.  Fazer de um limão uma limonada depende de vontade, criatividade e inteligência. Experiência também ajuda.  Não se justifica inviabilizar uma conquista social, porque a administração passada errou. Na verdade o Município errou.  E o Município continua, agora nas mãos da administração atual.  

A passada é pretérito perfeito: passou. E aquela administração assumiu os erros da administração do pretérito mais que perfeito, de outro passado que agora é presente: os erros de nascença da Avenida Beira-Rio, que teve também vários erros: político, de custos, de cálculo, ambiental, social.  O tempo mostrou que a Avenida veio para justificar uma ponte feita literalmente em vão, da Rua Dr. Altino Peluso (Caminho da Vovó) para ficar pendurada sobre o Chopotó. Teve um preço muito elevado, com as indenizações das desapropriações e da obra em si.  Deixou de considerar o volume de águas das enchentes passadas, desde a de 1932.  Destruiu as matas ciliares que têm por finalidade proteger o leito do rio contra assoreamento, e para manutenção da umidade e dar consistência à terra.  Criou muitas áreas de risco às suas margens para construção de casas e atividades comerciais. Colocou muita vida em risco e bens particulares sujeitos a prejuízos.
Av. Beira Rio e a Ponte. CM 23/12/2012


         Nos oito anos da administração passada, muito dinheiro público teve de ser gasto para reparar os estragos das enchentes de 2006, 2008, 20010 e 2012.  Até hoje não tivemos notícia se a administração passada alegou erros da administração do pretérito mais que perfeito para deixar de lado a tentativa de reparação dos danos causados pelas enchentes, previsíveis se cálculos houvesse na área da engenheira civil e de obras públicas. O trecho entre as Pontes da Água Limpa e do Carrapicho ficava trafegável durante poucos meses do ano. O tempo das obras de recuperação era longo.
Av. Beira Rio. Obras para recuperação, após enchente de 2006
Av. Beira Rio, após enchente de 02/01/2012. Site da Prefeitura.
Av. Beira Rio. CM 09/07/2012.

Av. Beira Rio - 03/07/2012

Av. Beira Rio. CM23/12/2012.

Av. Beira Rio. 23/12/2012. 
Av. Beira Rio. CM 23/12/2012

Av. Beira Rio. CM 23/12/2012

Av. Beira Rio. CM 23/12/2012

Av. Beira Rio. CM 23/12/2012





         Com a UPA um médico errou na área da Saúde.  Com a Beira Rio um engenheiro errou na área das construções. A diferença está em tentar corrigir o erro com eficácia.  Para a UPA há solução porque existem vários terrenos em condições de satisfazer as exigências técnicas do projeto.  Para a Av. Beira Rio fica difícil porque ela não pode sair do lugar.  Talvez um viaduto, que a engenharia possa projetar, resolva.   

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