Nos últimos dias as chuvas vêm caindo
com mais frequência. Hoje caem durante todo o dia. Os acontecimentos dos últimos anos,
principalmente a enchente de 02 de janeiro de 2012, servem de alerta para que
sejam tomadas medidas preventivas, e que a Defesa Civil fique de
prontidão. A qualquer momento pode haver
temporal, ou qualquer outro fenômeno, como tromba d’água, que venha a provocar
o transbordamento dos Rios Chopotó e Piedade.
Até agora estamos sendo contemplados com o tempo equilibrado entre uma
pancada e outra. O Verão iniciou-se
oficialmente em dezembro. E vai até março. As “Águas de Março” ainda não
passaram.
Em nossa região estamos habituados às
grandes precipitações pluviométricas entre outubro e janeiro. Se
tiver encerrado o ciclo, estamos praticamente livres do transtorno. As duas últimas enchentes de monta
aconteceram em 25 de novembro de 2010 e 02 de janeiro de 2012. E estamos a dois
dias do fim deste primeiro mês do ano.
Mas de uma coisa podemos estar certos:
os fenômenos naturais não combinam calendário com ninguém. O que deixou de
acontecer até agora, pode estar sendo uma oportunidade para serem tomadas as devidas
precauções que evitem exposição de vidas ao perigo e risco de prejuízos
materiais.
Ao fim de um mês de novos mandatos nos poderes executivo e legislativo, pouco é
dado perceber nas ações de reparos de
ruas no centro da cidade e, principalmente, ao longo da Avenida Beira Rio. Os
buracos das pistas em torno da Praça 28 de Setembro e adjacências crescem a
cada dia, com a umidade das chuvas mansas, e com o movimento normal dos
veículos no cotidiano. Aquela Avenida, mesmo depois da construção dos gabiões
ainda no ano passado, continua defeituosa e apresenta um trecho com passagem perigosa estreita sobre
barranco à margem do curso de água, próximo à ponte da Água Limpa.
Não se pode
negar que houve demonstração de poder em eventos festivos com interdição da
Praça 28 de Setembro nos dois últimos sábados à noite. A proximidade do
Carnaval justifica. Tudo é questão de
ponto de vista sobre prioridade: O Carnaval, ou as obras de reparação das vias
de trânsito. Ou poderiam ser cuidadas as
duas coisas ao mesmo tempo?
Trecho da Av. Beira Rio - CM23/12/2012
Trecho da Av. Beira Rio - CM23/12/2012
De qualquer maneira, sentimos certo
alívio por até agora não ter havido temporal e enchentes. Entretanto, o perigo
ainda não passou. Se as chuvas
continuarem mansas e equilibradas, muito bom.
Mas março ainda está por vir. Desta vez parece haver uma inversão
no tempo: na Primavera os termômetros estiveram altos marcando próximo aos
40ºC., durante vários dias. Agora, a
elevada umidade do ar tem provocado um esfriamento que quase sugere o uso de
agasalhos. Ninguém sabe o que de fato virá a acontecer.
Estamos prensados sob dois tipos de
tragédia: as enchentes em nossa cidade, Guidoval, Muriaé e outras vizinhas; e o incêndio na boate, na distante Santa
Maria, do Rio Grande do Sul. As
primeiras pelas experiências por nós vividas nos últimos anos; a segunda pelas
aglomerações naturais das festas de Momo, com seus apetrechos inflamáveis, sem
os quais o Carnaval fica nu.
Um pouco de chuva durante a folia
diminuirá o perigo de incêndio sobre os blocos de rua e escolas de samba. Mas
não evita, e até aumenta o risco de curto circuito nos ambientes fechados dos
salões.
Estamos a 10 dias do Carnaval. Se os
buracos do asfalto e os defeitos no calçamento de bloquetes e paralelepípedos
forem reparados, ou pelo menos, minimizados, em uma emergencial operação tapa-buracos, o trânsito fluirá
melhor neste período nas ruas que restam fora da Praça 28 de Setembro, já que
ela, como sempre, ficará interditada talvez desde a sexta-feira, 08, até a
terça, 12, do mês que vem.
Esse período de fechamento da Praça força
as opções para a Av. Benedito Valadares (da Rua Nova até o Cemitério) para quem
se desloca para as Ruas Voluntários da Pátria, Santo Antônio, Bairro de Lourdes
e suas ramificações. Essa Avenida tem o trecho inicial de aclive forte,
estacionamento dos dois lados e funciona em mão dupla. Muito perigosa em paradas forçadas no meio
do morro. As opções para o lado da Chácara, Piedade e Barra dos Coutos poderão
depender de subir esse mesmo morro e, em frente à Igreja de Santo Antônio,
dobrar para a Rua Major Felicíssimo(Beira Linha). Quem vai para Rua Nova – Av.Dr. Carlos Soares -, a depender de onde esteja, terá
que procurar a mesma Major Felicíssimo até a Praça Correa Dias, seguir pelas
Ruas do Divino, trecho da Rua Nova, Coronel Geraldo e General Ozório. A Beira Rio tem pouca serventia nesta
ocasião, principalmente se estiver chovendo. O trecho danificado nas proximidades
da Ponte da Água Limpa corre o perigo de algum veículo despencar dentro do Rio.
O município já passa por constantes
engarrafamentos por causa das pistas esburacadas e do grande número de veículos
que trafegam pelo centro. Na ocasião de
festas o número de veículos dobra. E agrava mais o estado de saturação do
espaço central da cidade devido à alta densidade demográfica e a carência de
vias públicas que deem escoamento ao tráfego.
(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@mail.com)
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