A administração do ex-prefeito João
Antônio de Souza tem o mérito de colocar Visconde do Rio Branco com um dos
melhores índices sobre a Educação no país. E, dentro desse espírito, planejou e
conseguiu a aprovação da construção da Unidade de Pronto Atendimento 24
hora(UPA24h) pelo Ministério da Saúde e da Secretaria da Educação do Estado de
Minas Gerais.
Com a mudança do poder a favor da
corrente adversária, deu-se que a obra ficou paralisada, e o Prefeito Iran
Silva Couri, que prometera em campanha dar continuidade à UPA, em seu discurso
de posse, falou em construção de um Pronto Socorro 24 horas em convênio com o
Hospital São João Batista.
Essa mudança de rumo provocou, como é
natural, a impressão de que o projeto UPA teria sido abandonado. Como a direção do Hospital constitui corrente política
de apoio ao prefeito eleito, veio uma reação
popular natural como interpretação de que a mudança tinha motivações políticas,
de certa maneira fisiológicas.
Mas o prefeito retomou o assunto ao
comparecer à Câmara de Vereadores para responder questionamentos, quando alguns vereadores, assumindo o clamor popular, quiseram saber as razões do
abandono do projeto UPA. Em resposta, o
prefeito afirmou a intenção de continuar a obra, mas alegou que a administração
passada havia deixado de cumprir algumas normas estabelecidas no projeto, como
espaço físico necessário para a obra, e a proximidade do Rio Chopotó.
Da sabatina, resultou a formação de uma
comissão supra partidária, “representada
pela Secretária de Saúde, Sra. Maria Inês Martins de Almeida e pela arquiteta
Sra. Magda Saraiva Benatti. Representando a Câmara Municipal, a vereadora Sra.
Maria Isabel Crovato e o vereador Sr. José Carlos Gaione. Compareceram ainda o
Secretário de Saúde de São Geraldo, Sr. Felício Rodrigues da Silva e o
Secretário de Saúde de Guiricema, Sr. Gustavo de Melo Sartori, interessados na
construção da UPA por atender também a seus municípios” – (Site da Prefeitura).
Da ida a Belo Horizonte, segundo a nota
da Prefeitura, as razões técnicas para a paralisação da obra se confirmaram, na
Secretaria Estadual da Saúde. A Nota
afirma que está agendada uma visita ao Ministério da Saúde, em Brasília, para
elucidação dos fatos, e saberem as providencia necessárias para ser
concretizada a obra.
Como o vereador Gaione e a vereadora
Maria Isabel Crovato, integrantes da Comissão, pertencem à corrente de política
da administração passada, e testemunhas do contato com a Secretaria de Saúde de
Minas Gerais, é natural que promovam um encontro com demais representantes da
administração do ex-prefeito João Antônio de Souza, para elaborarem um
documento de esclarecimento ao povo, que precisa saber as versões dos dois
lados, em nome da transparência, com o estabelecimento do contraditório.
A
conquista que a administração passada alcançou, em saúde, no ano passado, não
pode sofrer retrocesso. Se houver erro técnico nesse empreendimento, ele poderá
ser corrigido. Tudo na vida é passível
de correção. Só não erra quem não faz.
Essa correção, ainda que dependa de participação das partes antagônicas,
deverá ser atingida.
Muitos municípios no Brasil deixaram de
ter essa unidade, por falta de iniciativa para examinar e se habilitar para ter
o projeto aprovado. E Visconde do Rio Branco conseguiu aprovação dos governos
federal e estadual. Se houve um tropeço
no meio do caminho, não impedirá a caminhada para chegar ao destino almejado.
A UPA poderá ser o embrião de um
projeto maior: a conquista de um hospital municipal, pertencente ao povo, que
evitará a saúde continuar a ser partidarizada no município. Nada contra as instituições de saúde
particulares. Elas têm o seu papel. E
poderão dar um atendimento diferenciado às pessoas que têm planos de saúde, ou
condições financeiras de pagar todo tratamento de que necessitam. O hospital municipal será administrado pelo
poder público, com os recursos do SUS, que deverão funcionar sem favorecimentos
lucrativos de qualquer entidade. Saúde, como direito da população, não deve
ficar presa a negócios de entidades privadas, onde os clientes poderosos têm
tratamento de melhor qualidade em relação aos pacientes comuns.
Os esclarecimentos da administração
passada a respeito da UPA somente contribuição para a verdade e darão impulso para que a obra seja reiniciada e
concretizada a favor do povo, que paga muito imposto, tem baixos salários, e
vive construindo riqueza para os outros.
O povo já contava certo com o
funcionamento da UPA24h. Havia uma equipe médica pronta para começar a atender
logo depois de começar a funcionar, com previsão para março até maio. É evidente que o prazo agora é pouco
para as possíveis correções e início. A
paralisação causou desilusão. A sua causa
era de domínio público. Mas tudo há de
se resolver em breve para o Município
reconquistar sua posição de destaque no ranking da Saúde, como aconteceu no ano
passado.
(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)
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