Em Visconde do Rio Branco, como em
todos os municípios brasileiros, o povo tem que tomar as rédeas da Educação,
porque os governantes desprezam o desafio. Nos níveis federal, estadual e municipal não se vê ação
prioritária sobre o ensino, como parece ser uma determinação dos mandatários de que o povo tenha de permanecer desprovido dos conhecimentos básicos para
afirmação de sua libertação e cidadania.
Desde 27 de novembro de 2012 tornou-se
público que o Brasil ficou em penúltimo lugar em qualidade de Educação no mundo. Àquela altura a presidente da república, os
deputados e governadores de estado
estavam completando a metade de seu mandato.
E os prefeitos viviam o período de transição, entre as eleições e a
posse em 01 de janeiro deste ano. Ninguém deu confiança para a gravidade daquela
notícia, nem os que se achavam em pleno exercício, nem os que iriam assumir as
prefeituras.
Isto é
muito grave. Se estivéssemos vivendo sob
governos responsáveis, o assunto teria que entrar na ordem do dia e ser tratado
como prioridade. Ao Ministério da
Educação (melhor se fosse a própria presidente) caberia tomar a iniciativa de usar
ampla cadeia de rádio e televisão e convocar a nação a mobilizar-se de corpo e
alma para resolver o problema da Educação.
Os governos dos estados haveriam de impulsionar as respectivas
secretarias para acionarem as escolas estaduais a cobrar alterações necessárias
que transformassem as escolas estaduais em unidades de trabalho intenso a
qualquer custo. E os prefeitos eleitos teriam de colocar como prioridade o tema
da Educação como sua principal meta a partir de janeiro.
Ficar em penúltimo lugar, atrás do México, da Tailândia, da Colômbia,
da Argentina, da Turquia, do Chile – entre tantos outros – é uma vergonha para
um país que pretende ser a 5ª potência econômica do Planeta! A Indonésia foi o único país que ficou atrás do Brasil
Não se
chega a esse ponto por acaso. Podemos estar convencidos de que existe determinação
pré-estabelecida de manter a população desprovida dos conhecimentos básicos que
levam cada um a aprender a estudar. Nesta
hora dá para pensarmos nas “forças ocultas” às quais se referiu o ex-presidente
Jânio Quadros na ocasião da renúncia em 1961.
A mídia
convencional, porta-voz das classes dominantes, não toca no assunto. Enche a
cabeça dos telespectadores e leitores com notícias de crimes e banalidades do
cotidiano. Querem evitar a existência de
um povo que pensa.
Os
testes para esses estudos tiveram como base as áreas como matemática, ciências e
habilidades linguísticas. Analisem que a
matemática faz as pessoas raciocinarem em todas as suas etapas, na solução de
problemas, no desenvolvimento de teoremas, nas expressões geométricas. Nas ciências então tudo é raciocínio, quando
se partem de hipóteses ou vestígios para se chegar a conclusões
comprovadas. E as habilidades linguísticas
envolvem tecnicamente análises gramaticais, capacidade de desenvolvimento da
leitura, do entendimento, da comunicação.
Tudo se resume em grau de cultura e de Educação, fundamentos de um povo
livre e consciente de si.
Essa nossa posição humilhante torna sem
sentido o orgulho de sermos Penta Campeões mundiais de futebol e de gastamos –
pelos atos dos nossos governantes – tantos bilhões de reais(ou de dólares) para
construir faustosos estádios de futebol com a intenção de mostrar ao mundo a
grandeza que não temos, além das fraudes que enriquecem alguns no submundo
dessas obras.
Os países sérios que se sentiram
insatisfeitos diante desse ranking passaram a investir pesado na Educação e na
valorização dos professores. E procuram incutir no povo a cultura da educação.
Fazer cada um preservar o interesse pela Educação. Demonstração de brio e amor próprio.
Já que os governantes estão agindo
contra o orgulho da pátria, cabe ao povo chamar a si a tarefa de se defender,
de se despertar, ajudando uns aos outros em trabalho solidário que depende da
doação de cada um a favor de todos. As
camadas conscientes da realidade precisam agir para despertar os que se acham
adormecidos, alienados ou inebriados, perdidos no espaço como quem tenha
perdido a capacidade de pensar, porque os meios de comunicação estão pensando
por eles e colocando em suas mentes mentiras repetidas em forma de verdade até
parecer verdade.
Ninguém, porém, é tão ignorante que nada
saiba. A melhor tarefa é uns ensinarem
aos outros. Todos saberão mais. Erradicar o analfabetismo é o primeiro
passo. E ele existe tanto dentro das
escolas como fora. Há o absoluto e o
funcional. Todos aprenderão alguma coisa.
À medida que cada um saiba ler deve dar o passo para se habituar a ler,
escrever, falar, desenvolver pensamentos.
No começo, alguns serão voluntários para
ensinar. Depois todos estarão trocando
aprendizado e experiências. Uns poderão
usar livros didáticos. Outros poderão
criar a própria didática. Há sempre autodidatas. Estes provam que, para ser professor não
depende de diploma superior.
O povo desperto, faz o que os governos
não fazem. Vira uma revolução sem
armas: a revolução de idéias, de ações pacificas que libertam.
Quando o povo se tornar livre, poderá
transformar os estádios de futebol em escolas no dias úteis. E o esporte nos outros dias.
O povo livre e autônomo faz, à sua
maneira, as escolas de tempo integral, onde todos se ocupam e se aperfeiçoam
durante todo o dia.
Cada povo livre vai desejar que seu
município seja uma exceção desse Brasil, penúltimo do mundo em Educação.
1. Finlândia
2. Coreia do Sul
3. Hong Kong
4. Japão
5. Cingapura
6. Grã-Bretanha
7. Holanda
8. Nova Zelândia
9. Suíça
10. Canadá
11. Irlanda
12. Dinamarca
13. Austrália
14. Polônia
15. Alemanha
16. Bélgica
17. Estados Unidos
18. Hungria
19. Eslováquia
20. Rússia
21. Suécia
22. República Tcheca
23. Áustria
24. Itália
25. França
26. Noruega
27. Portugal
28. Espanha
29. Israel
30. Bulgária
31. Grécia
32. Romênia
33. Chile
34. Turquia
35. Argentina
36. Colômbia
37. Tailândia
38. México
39. Brasil
40. Indonésia
Fonte: Pesquisa –
AGÊNCIA BBC BRASIL
(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)
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