segunda-feira, 15 de abril de 2013

COLUNA DO PAULO TIMM(Torres-RS) - Drops abril 15 – Coreia do Norte






Drops abril 15 – Coreia do Norte

                   BOAS LEITURAS – Com cumprimentos do Paulo Timm www.paulotimm.com.br-
         COALIZÃO CONTRA USINAS NUCLEARES http://www.brasilcontrausinanuclear.com.br,

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SABEDORIA POPULAR

MÁXIMAS E MÍNIMAS
 Falar com propriedade é prata fina. Calar, ouro em pó. Fazer, a própria imortalidade...Daí o lema do helenismo: SABER FALAR E FAZER AÇÕES
                                                                                                  Paulo Timm
GAIA CIENCIA : ARS GRATIA ARS
TV
SEMANA RETRATOS – CANAL CURTA
CARAVANA DOS LIVROS – QUINTAS 22 H. – TV CULTURA
POR TRÁS DA CANÇÃO – Quintas 22h – TV BIS
CAFÉ FILOSÓFICO – Domingos 22h – TV Cultura

VIDEO
Bom Dia Rio - Inter TV - Escola-Arte de nova ...
57 seg
São oferecidos cursos de dança, teatro, música e, inclusive, de arte circense. Alunos de ...
globotv.globo.com
CÉREBRO E ALZHEIMER
Um vídeo claro, simples e muito elucidativo sobre o cérebro e as suas
alterações numa doença degenerativa. Da Associação  do Alzheimer dos
Estados Unidos. Muito bem feito e ainda traduzido para português.
http://www.alz.org/brain_portuguese/
https://mail.google.com/mail/images/cleardot.gif

POESIA:TROVA,O VERSO DA ARTE REAL
Saudades
                                                       Antonio Correia de Oliveira , poeta português
Oh águas do mar, salgadas!
De onde lhes vem tanto sal?
Vem das lágrimas choradas
nas praias de Portugal.

MOSAICO
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Gougon - Brasília

PÉROLAS DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA
Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar

Travessia

http://letras.mus.br/milton-nascimento/47456/

Milton Nascimento

Quando você foi embora fez-se noite em meu viver
Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar
Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar
Estou só e não resisto, muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você
Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver
Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer
Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver
Solto a voz nas estradas, já não quero parar
Meu caminho é de pedras, como posso sonhar
Sonho feito de brisa, vento vem terminar
Vou fechar o meu canto, vou querer me matar

AVISO AOS NAVEGANTES: NAVEGAR É PRECISO, PERO CUIDE QUE NO NAUFRAGUE TU VIVIR
Renato Riella no FB - Hoje é comemorado o Dia do Desarmamento Infantil
Valéria Velasco, à frente do programa Pró-Vítima, lança uma campanha contra as armas de brinquedo e consegue que o governador Agnelo Queiroz assine hoje um projeto de lei a ser votado pela Câmara Legislativa proibindo a venda desse produto. Além disso, Valéria lança campanha para que a população (principalmente as crianças) troque armas de brinquedo por livros.

É uma construção de base, tentando eliminar o incentivo à violência na infância. Às 15h, no Sesc da Ceilândia, será lançado oficialmente o projeto “Arma não é brinquedo. Dê Livros”. Hoje é comemorado o Dia do Desarmamento Infantil, por isso a escolha da data para lançar a ação de governo, por iniciativa da Secretaria de Justiça.
Valéria merece todo o nosso apoio

NOTÍCIA EM DESTAQUE: CORÉIA DO NORTE
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Sobre a Revolução Coreana

Texto sobre a Revolução Coreana

“É necessário notar que, mesmo entre os comunistas, pouco se comenta sobre a experiência socialista coreana. Soma-se a falta de informação com o preconceito ideológico das classes dominantes e muita coisa deixa de ser explicada corretamente”

O texto A Idéia Juche e a Revolução Coreana é, infelizmente, iniciadas com estas tristes palavras. Já comentava sabiamente Ludo Martens, em sua ilustre obra Stálin, Um Novo Olhar, sobre a dificuldade de se levantar voz contra o furacão anti-stalinista levantado pelas classes reacionárias. O mesmo comenta também, mais uma vez sabiamente, que a propaganda anticomunista contaminou não só aqueles que se dizem apolíticos, mas também centenas de milhares de comunistas, combatentes antiimperialistas e demais membros das forças populares.

Pois bem, esse mesmo caso se aplica aos dias de hoje. Mesmo após a história ter provado o quão erradas e contra-revolucionárias são as posições antistalinistas, ainda persistem aqueles que fazem questão em fazer coro com as posições da burguesia com relação aos países socialistas.

Sem dúvida, dentre os países que resolveram manter o rumo socialista mesmo após a queda da URSS – República Popular da China, República de Cuba, República Socialista do Vietnã, República Democrática Popular da Coréia -, o último é o que passa por mais dificuldades, e também é o maior alvo no qual a propaganda anticomunista resolveu mirar.

No Brasil, ainda existem poucos ou quase nenhum escrito com uma visão revolucionária com relação à experiência socialista da Coréia. Sou capaz de dizer, aliás, que o texto que aqui publicamos é um dos primeiros escritos que esclarecem de fato o que acontece no país. Sem sombra de dúvidas, aos que recusam a se submeter ao furacão anticomunista, tal obra é uma rica fonte de informações sobre a República Popular Democrática da Coréia e, portanto, deve ser lida e estudada.

Alexandre Rosendo

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A Teoria Juche e a Revolução Coreana

Por Gabriel Martinez


“Os revolucionários devem ter como máxima de suas vidas e de suas lutas, a verdade de que se confiam e se apóiam no povo, sempre se sairão vitoriosos, porém se são repudiados por ele, sofrerão mil derrostas.”
 Kim Il Sung – Presidente e líder histórico da República Popular e Democrática da Coréia. 

É necessário notar que, mesmo entre comunistas, pouco se comenta sobre a experiência socialista coreana. Soma-se a falta de informação com o preconceito ideológico das classes dominantes e muita coisa deixa de ser explicada corretamente. Não é difícil encontrarmos militantes socialistas e comunistas defendendo a posição ideológica do imperialismo, de que a República Popular Democrática da Coréia (RPDC) vive sob uma “ditadura-monárquica” brutal. A experiência norte-coreana deve ser analisada à luz do materialismo-histórico, tendo em vista que a revolução coreana é parte da revolução proletária mundial e que representou um papel importante na luta transformadora do século XX. As forças revolucionárias precisam – urgentemente – recuperar sua autonomia ideológica, rompendo definitivamente com os preconceitos difundidos pela ideologia dominante do imperialismo.


O que é Idéia Juche?


A ideologia oficial do partido governante da RPDC, o Partido do Trabalho da Coréia (PTC), é a Idéia Juche. A Idéia Juche foi desenvolvida por Kim Il Sung, líder da revolução coreana e fundador do Partido do Trabalho da Coréia. De acordo com os comunistas coreanos a superioridade da Idéia Juche consiste no fato de que, indicando a posição e o papel do homem no mundo, esclarece-se de maneira mais científica a forma como o homem forja o seu destino. O problema fundamental da filosofia deixa de ser a relação entre o pensar e a existência e passa a ser entre o mundo e o homem. Segundo os atuais dirigentes comunistas coreanos, a Idéia Juche não é apenas o marxismo-leninismo adaptado à realidade coreana, mas sim uma nova ideologia, superior ao próprio marxismo. É o socialismo científico alçado a outro patamar. Nas palavras de Kim Jong Il, principal líder da RPDC:

“Se o marxismo criou pela primeira vez a concepção revolucionaria de mundo da classe trabalhadora, a idéia Juche a aperfeiçuou, desenvolvendo-a à uma etapa superior.”

Em suas memórias Kim Il Sung nos revela que durante a luta revolucionária “sua doutrina”, “seu credo” foi o chamado “iminwichon”, que significa considerar o povo como o centro de tudo. O principio básico da Idéia Juche é de que as massas populares são donas do mundo e de seu próprio destino. 

A RPDC foi fundada em um período de ascensão do movimento revolucionário, mais precisamente no ano de 1948, um ano antes da fundação da República Popular da China. Assim como as demais revoluções que triunfaram na Ásia a defesa da dignidade nacional estava em primeiro plano. Para os comunistas coreanos só poderia existir defesa da dignidade nacional se tal luta estivesse ligada organicamente com a luta pelo socialismo. Só quem viveu aquele sombrio período pode relatar com precisão o que era viver em um país ocupado pelo imperialismo japonês. As feridas deixadas pela invasão japonesa, e mais tarde, pela guerra promovida pelo imperialismo norte-americano ainda sangram e mechem profundamente com o emocional dos coreanos. Vale lembrar que o país asiático onde mais ocorrem protestos contra os Estados Unidos é justamente a Coréia do Sul. 

Patriotismo, Nacionalismo e Comunismo: alguma contradição?

Uma das grandes polêmicas que perduram dentro do campo das forças revolucionárias, até os dias de hoje, é o da possibilidade de relacionar ideais nacionalistas com ideais comunistas. As revoluções de libertação nacional, que eclodiram na Ásia e África, demonstraram empiricamente que a Questão Nacional é o elo que liga as massas populares dos países subjugados pelo domínio econômico e militar do imperialismo ao socialismo. Contudo, para não gerar confusão, acredito que seja necessário distinguir os dois tipos de nacionalismo; aquele professado pelos imperialistas, que legitima agressões, invasões e espoliações, e o nacionalismo popular das massas de países subjugados, que defende os interesses da nação contra os invasores e a exploração imperialista. Em suma, trata-se de dois conceitos diferentes de nacionalismo: o da burguesia e o das massas oprimidas.

No texto Para compreender corretamente o Nacionalismo Kim Jong Il chama a atenção e expõem a necessidade de se diferenciar o “verdadeiro nacionalismo” do “nacionalismo da burguesia”. Para ele o nacionalismo burguês se manifesta como “egoísmo nacional”, “exclusivismo” e “chauvinismo de grande potência”. Essa afirmação não é nenhuma novidade dentro do movimento comunista internacional, mas mesmo assim alguns países socialistas chegaram a cometer esse desvio. Para os comunistas coreanos os grandes clássicos do marxismo-leninismo não deram respostas suficientes a respeito do sentimento nacionalista, devido ao grande combate que a teoria revolucionária travou contra esta idéia, isso permitiu que não se tratasse corretamente esse aspecto da teoria. Kim Jong Il afirma que:
“O nacionalismo não está em contradição com o internacionalismo. Internacionalismo é ajuda apoio e solidariedade entre os países e nações (...) Para dizer a verdade, um internacionalismo à margem da nação e divorciado do nacionalismo não significa nada.”

Outro exemplo clássico de junção de ideais nacional-patrióticos e comunistas é o caso do Vietnã. Ho Chi Minh, um dos maiores revolucionários da história, disse certa vez que, teria sido o patriotismo, e não o comunismo, que o levou acreditar em Lênin e na 3ª Internacional.

Levando em consideração que em países subjugados pelo imperialismo, podem fazer parte do que chamamos de “massas populares” várias classes sociais diferentes (operários, camponeses, pequena-burguesia, burguesia nacional) é necessário que os comunistas compreendam que a sua concepção de nacionalismo e patriotismo se difere da concepção burguesa. Analisando o caso coreano, muitos setores da burguesia nacional acreditavam que após a libertação da pátria, o que deveria ser feito era a restauração da velha monarquia, ou alguns, nutrindo esperanças reformistas, acreditavam que o caminho correto a seguir era o da construção do capitalismo. Porém, os fatos demonstram que somente os comunistas poderiam levar a luta revolucionária do povo coreano até o fim, defendendo um nacionalismo-popular de caráter revolucionário.

Os países asiáticos que realizaram revoluções socialistas e depois resistiram à queda do campo socialista não abriram mão de seu caráter internacionalista. É um principio de classe inerente à ideologia comunista, mas ao mesmo tempo não podem abrir mão de seus interesses nacionais, tendo em vista que o imperialismo ainda ameaça a independência dos povos no mundo e principalmente a soberania desses países. Basta analisarmos o apoio que os Estados Unidos deram, e ainda dão, aos separatistas tibetanos e Dalai Lama, na luta pela desestabilização da República Popular da China. Lembrando que a questão nacional se faz presente em amplos países do chamado “Terceiro Mundo” e não somente dos países socialistas que ainda existem.

Acredito ser necessário abordar mais um problema, que nos leva a defender a ainda presente centralidade da questão nacional na revolução coreana. Devemos levar em consideração que a Coréia é um país ocupado e dividido. A RPDC sofre não somente um poderoso bloqueio econômico, mas também militar. O risco de uma possível guerra ainda é uma realidade na vida do povo. Após o término da guerra da Coréia, nenhum tratado de paz entre Estados Unidos e Coréia Popular foi assinado. Incentivar o sentimento patriótico é uma maneira de estimular o espírito das massas no combate ao imperialismo e na resolução do problema da reunificação da pátria. O problema da reunificação da pátria só será devidamente solucionado quando as tropas americanas deixarem o sul da península, para que o próprio povo coreano cuide dos problemas relevantes a sua reunificação nacional pacifica.


Movimento comunista coreano e a luta pela libertação da pátria

O triunfo da Revolução de Outubro trouxe novos ventos para o mundo todo e na Ásia, obviamente, não foi diferente. Na época a Coréia se encontrava sob ocupação japonesa e a luta pela libertação nacional era a principal bandeira de luta dos progressistas coreanos. Foi nesse cenário que começou o surgimento de pessoas adeptas aos ideais comunistas, tendo em vista o declínio do nacionalismo burguês. Antes mesmo do triunfo da revolução russa, foi fundada na Coréia, uma organização chamada ANC (Associação Nacional Coreana). Era uma organização clandestina que tinha como objetivo promover a libertação do país e construir um Estado “soberano” e “civilizado”. 

A base social da ANC era muito ampla, uma organização de massas, que contava com a presença de trabalhadores, camponeses, estudantes, militares independentistas, comerciantes, religiosos, etc. Kim Hyong Jik, pai de Kim Il Sung, foi um dos fundadores da ANC.

O Partido Comunista da Coréia foi fundado em 1925 e dissolvido em 1928, após anos de repressão brutal e muitas disputas fracionárias dentro do partido. Kim Il Sung costumava tratar com certo desprezo as diversas frações que se diziam marxistas-leninistas como era o caso do grupo “União Marxista Leninista” e o “Grupo Hwayo”. Em 1926 Kim Il Sung criou a UDI (União para derrotar o imperialismo). O tempo que passou em uma escola militar dirigida pelos nacionalistas coreanos, fez amadurecer a idéia de que, com aquela ideologia (nacionalista burguesa) e os métodos militares utilizados pelas forças independentistas, a independência da Coréia não iria se concretizar.

A UDI prestou um papel importante na elevação do grau de consciência e organização das massas coreanas, principalmente os jovens. Mais tarde a UDI se converteria na União da Juventude Anti-imperialista. Depois, em 1927, Kim Il Sung funda a UJCC (União da Juventude Comunista da Coréia). Estendendo sua atividade para o território chinês, Kim Il Sung fundaria mais organizações de massas, como a União da Juventude Paeksan e a União de Camponeses de Xinantun. 

No decorrer da luta revolucionária, após longo processo de reflexão dos aspectos ideológicos que guiavam a ação dos comunistas coreanos, Kim Il Sung concebe a Idéia Juche. O objetivo da nova idéia revolucionária era o de munir as massas populares de uma ideologia que buscasse a independência da Coréia, apoiando-se na própria força do povo coreano. Kim Il Sung concluiu que cada nação pode fazer triunfar sua revolução somente sob sua própria responsabilidade e que os problemas surgidos no interior do processo deveriam ser solucionados de maneira independente. 

A “Conferência de Kalun” e o ponto de virada da revolução coreana

No dia 30 de Junho de 1930, ocorre em Kalun, na China, uma reunião de dirigentes da Juventude Comunista e Anti-imperialista. Tal reunião representaria um marco na história do movimento comunista coreano. Nela, Kim Il Sung apresentou um informe intitulado “O caminho a ser seguido pela revolução coreana”, que apresenta pela primeira vez as concepções da Idéia Juche. As principais diretrizes da reunião definiram:

- A primeira etapa da revolução coreana era democrática, anti-imperialista e anti-feudal; 

- As principais forças da revolução são constituídas pelos amplos setores antiimperialistas da sociedade coreana, formados por camponeses, trabalhadores, estudantes, intelectuais, pequenos proprietários, religiosos e capitalistas que possuíam alguma consciência nacional;

- Constituir um Exército Revolucionário da Coréia, que conduziria a Luta Armada Antijaponesa;

- Fundar de maneira independente um partido revolucionário comunista, corrigindo os erros que levaram a liquidação do antigo partido. 

A primeira organização do novo partido surge logo após o término da conferência de Kalun e ganha o nome de Associação de Camaradas Konsol. Logo após, se constitui o Exército Revolucionário da Coréia. A nova orientação surgida na Conferência de Kalun ganha apoio da Internacional Comunista. 

Após duras batalhas, em 1945, finalmente, o povo coreano vence o imperialismo japonês; o povo coreano, através de suas organizações clandestinas, o Exército Popular Revolucionário e o Exército Vermelho (URSS) foram os principais atores da revolução coreana. Comitês Populares se espalharam por todo território coreano, constituindo assim um órgão de poder popular constituído pelo próprio povo coreano. A União Soviética permaneceu estacionada na parte norte da península. Os Estados Unidos só entrariam na parte sul da península coreana, três semanas depois da libertação do país, e logo trataram de reprimir violentamente os Comitês Populares, devolvendo o poder aos antigos oligarcas representantes do regime colonial. A União Soviética retirou suas tropas da Coréia em 1948, ao passo que os Estados Unidos mantêm as suas até os dias de hoje.

A luta revolucionária do povo coreano nasceu da luta por independência, que começou a ficar mais organizada após a fundação da ANC. Mesmo após anos de lutas por libertação, a revolução coreana está inconclusa. O país segue ocupado por forças imperialistas, estacionadas no sul, que impedem o antigo sonho das massas populares coreanas por independência. O imperialismo americano impôs ao povo coreano uma nova experiência de humilhação: a divisão do país. Em um país ocupado, bloqueado, que sofre ameaças constantes da mais poderosa máquina de guerra da história, a Idéia Juche representa a sistematização teórica da longa trajetória revolucionária do povo coreano, de seu anseio por autonomia, adequando os princípios básicos do socialismo-científico à realidade coreana. 

Referências bibliográficas:

•Zong Il, Kim. Sobre La Idea Zuche. Pyongyang: Ediciones en Lenguas Extranjeras, 1982, Corea. 

•Kim Il Sung: Breve Biografia. Pyongyang: Ediciones en Lenguas Extranjeras, 2001, Corea. 

•Il Sung, Kim. En el Transcurso Del Siglo vol.I e II. Pyongyang: Ediciones en 
Lenguas Extranjeras, 2001, Corea.

•Jong Il, Kim. Para compreender correctamente el Nacionalismo. Pyongyang. 2002

• Nogueira Lopes, Juan. 61 anos de Revolución en Corea. Publicado originalmente no site Kaos en La Red: http://www.kaosenlared.net/noticia/61-anos-de-revolucion-en-corea


Ameaças ao Ocidente05/04/2013 | 00h06
Entrevista: Coreia do Norte chama embaixador do Brasil para explicar tensão
"Eles dizem que não querem a guerra, mas estão preparados para ela", afirma blumenauense Roberto Colin
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Para embaixador, ameaças são tentativa de preservação do regime.Foto: Salmo Duarte / Agencia RBS
Cristiano Santos
O embaixador do Brasil na Coreia do Norte, Roberto Colin, 60 anos, mantém um escritório na capital, Pyongyang. Antes de se tornar embaixador, o catarinense Colin foi ministro-conselheiro da embaixada brasileira na Alemanha. Com mais de 30 anos de carreira diplomática, foi o segundo a responder pela representação brasileira aberta em 2009 no território norte-coreano.

País mais fechado do mundo, a Coreia do Norte é governada sob severa ditadura. Desde 1953 está em estado de guerra declarada com a Coreia do Sul, quando a península foi dividida. O novo líder, de 30 anos, é considerado uma incógnita para os vizinhos ameaçados – Coreia do Sul e Japão – e para o mundo ocidental e suas ameaças começam a ser levadas a sério.

Entrevista

Diário Catarinense – A Coreia do Norte teria condições de fazer estes ataques prometidos?

Colin –
 Eu não acredito, mas só o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, tem autoridade para declarar uma guerra. Nem ele e nem os demais membros da liderança daqui, a maioria militares, nunca me pareceram irracionais, ilógicos e muitos menos suicidas.

DC – Mas o que eles querem com essas ameaças ao Ocidente?

Colin –
 O que eles desejam, o que está por trás de tudo isso, é a preservação e a sobrevivência do regime. Eles têm um receio muito grande de que possam ser atacados. Costumam dizer que aprenderam uma grande lição com a Iugoslávia, com o Iraque e com a Líbia, que foram países que não puderam se defender dos ataques americanos. A Líbia tinha um programa nuclear e abriu mão. Os coreanos do norte costumam dizer que todos aqueles que foram atrás das palavras dos americanos, acabaram mal. Eles decidiram que a única maneira de sobreviver é desenvolvendo armas nucleares. Mas aí há uma grande discussão porque de fato eles lançaram um foguete com satélite em dezembro, fizeram o terceiro teste nuclear em fevereiro, mas o que eles realmente têm ninguém sabe.

DC – Ninguém sabe se eles têm uma bomba atômica? Eles têm essas condições?

Colin –
 Muitos acham que eles estão blefando, mas que de fato eles têm alguma coisa. Uma crítica que muitos analistas fizeram aos americanos que estão neste impasse com a Coreia do Norte há alguns anos, é de que na administração Barack Obama, por exemplo, nenhuma medida foi adotada promovendo diálogo ou qualquer ação para tentar resolver o problema da península coreana, uma região bastante delicada politicamente. Os americanos adotaram uma política que eles mesmos chamam de "paciência estratégica".

DC – Como o senhor vê o governo do ditador Kim Jong-un?

Colin –
 Tanto o governo dele quanto do pai dele, falecido no final de 2011, mostram que eles não são irracionais e imprevisíveis. Dos contatos que eu tive até hoje, jamais eu percebi isso. Eles são muito lógicos e racionais dentro da visão do mundo que eles têm.

DC – O impasse parece não ter fim.

Colin –
 Essa paciência estratégica, por outro lado, deu tempo para a Coreia do Norte continuar os seus progressos tanto na tecnologia missilística quanto nuclear. O que de fato eles alcançaram ninguém sabe. Este é o grande risco. Daí a necessidade de um diálogo. Essa política de confrontação dos Estados Unidos, da Coreia do Sul, do Japão e desses países nestas décadas, não levaram a nada. O que se conclui é o que o diálogo é a única maneira de resolver esse impasse.

DC – Como estão as ruas da cidade e a população?

Colin –
 Você não vê nada de anormal. Nada de veículos militares, camuflados, absolutamente nada. A população está inteiramente mobilizada para embelezar a cidade. Como a primavera começa em breve, decidiram trocar a grama da cidade inteira, uma coisa impressionante. Um novo tipo de grama que fica verde até mesmo no inverno. Nesta época do ano há grandes mutirões, como havia na União Soviética, em que a população toda, dos jovens às pessoas mais velhas, limpa a cidade e a preparam para a primavera. Está todo mundo numa atmosfera positiva. Tão importante quanto isso, dia 15 de abril é o dia do aniversário do fundador do país, é chamado de o Dia do Sol. É uma data de grande festividade. A cidade é toda enfeitada, há concertos, manifestações esportivas, está todo mundo neste espírito. Claro que, ao mesmo tempo, você liga a TV e abre os jornais e todos os dias é dito que eles estão prontos para a guerra.

DC – Há sinais de mudança no país?

Colin –
 Neste domingo, houve uma reunião que ocorre uma vez por ano, no máximo duas, do Comitê Central do Partido e, na segunda-feira, uma reunião do Parlamento, que também ocorre uma vez por ano. São esses os momentos em que aparecem as grandes novidades nos quadros do governo. Uma grande novidade é que foi nomeado um novo primeiro ministro, que já tinha sido primeiro ministro entre 2003 a 2007 e foi demitido. Ele promoveu, na época, as reformas mais importantes que já houve neste país. Alguns dizem que estas reformas foram tão bem sucedidas que o governo ficou preocupado de que poderia perder o controle sobre elas como aconteceu com o Gorbachev na União Soviética. Decidiram demiti-lo do cargo, alguns o acusaram de estar sendo influenciado pelo que chamaram de ventos capitalistas amarelos numa referência à China. Ele sumiu do mapa. No ano passado, foi nomeado vice-primeiro ministro e diretor do Departamento de Indústria. Isso foi visto como um sinal de que o novo líder desejaria promover algum tipo de mudança.

DC – Qual o discurso do líder nestes dias?

Colin –
 Nos discursos que ele fez, tanto no domingo quanto na segunda, é que essa situação de tensão permanente, de ameaça de guerra, veio mais à tona. Disse que se sentem permanentemente ameaçados pelos Estados Unidos, inclusive pelo poder nuclear norte-americano. E que essa situação tem impedido o desenvolvimento e a construção econômica do país, porque eles têm que desviar todos os recursos para a defesa.

DC – Por que o Brasil decidiu abrir uma embaixada na Coreia do Norte?

Colin –
 O país decidiu abrir uma embaixada em 2009 para contribuir para a paz na região. O Brasil acha que a política de confrontamento e isolamento em nada ajuda e que o papel do país e da comunidade internacional é de ajudar a Coreia do Norte a se integrar e, dessa forma, tornar-se mais previsível e menos hostil. Isso mediante a cooperação econômica, por exemplo. O fato de nós estarmos fisicamente aqui é muito importante, pois nós temos um canal direto de comunicação com o governo local. Nossas avaliações são feitas com base nas conversas diretas com autoridades daqui e não com a análise de outros ou suposições.

DC – Como é a sua relação com as autoridades do governo?

Colin –
 Qualquer encontro que eu solicite, em qualquer nível do governo, é sempre prontamente atendido. Sou sempre convidado para todos os grandes eventos do país.

DC – O senhor conversou com as autoridades brasileiras sobre uma possível guerra? Como o Brasil vai agir caso ocorra o conflito?

Colin – 
Como o governo aqui não nos fez qualquer comunicado, seja para estarmos prevenidos ou para prestar algum esclarecimento, eu mesmo decidi fazer isso. Ontem (quinta-feira na Coreia do Norte) eu pedi um encontro com o Ministério do Exterior e fui prontamente atendido, imediatamente.

DC – O que o senhor queria saber?

Colin –
 Eu queria entender a situação. Eles não entraram nos detalhes do fechamento de Kaensong (complexo industrial que é dividido com a Coreia do Sul), falaram do quadro geral dando a posição deles de que a causa de tudo isso são esses exercícios militares americanos, a hostilidade americana e, por isso, são obrigados a se defender. Disseram o seguinte: "Nós não queremos uma guerra, mas nós estamos preparados para ela". Ontem (quinta-feira), tarde da noite, me telefonaram convidando para um encontro hoje (sexta-feira lá) com o vice-ministro. Eu não sei se o meu gesto provocou neles a necessidade de prestar esclarecimentos, mas, de qualquer maneira, convidaram todo o corpo diplomático para um encontro onde eu imagino que farão o mesmo de ontem. Não me disseram nada que pudesse causar apreenssão. Confirmaram que é uma situação de grande tensão, de risco, mas não disseram para se preparar para a guerra.

DC – O senhor completou um ano como embaixador na Coreia do Norte. Como foi recebido, incluindo sua mulher e o filho?

Colin – 
Nós nos sentimentos muito bem neste país. Fomos bem acolhidos pelo governo,. A comunidade estrangeira é relativamente pequena. Só há 25 embaixadas aqui. Mas justamente por isso somos muito unidos, solidários e nos encontramos com frequência. É um país difícil de se obter informações mesmo estando aqui.

DC – Como o senhor vê o seu trabalho na Coreia do Norte?

Colin –
 Eu vim pra cá com grande entusiasmo pois é meu primeiro posto como embaixador. Sou diplomata há 33 anos. Este posto é interessante para qualquer diplomata, pois grandes temas da agenda internacional, como desarmamento e a não proliferação nuclear, aqui fazem parte do dia a dia. A Coreia do Norte está situada na região mais dinâmica do mundo do ponto de vista econômico. Nesta região também estão as grandes potências nucleares. Do ponto de vista geopolítico também é muito interessante.

DC - E qual o interesse de estreitar as relações entre Brasil e Coreia do Norte?

Colin –
 Os norte-coreanos veem um país com o porte do Brasil como um parceiro desejável. Claro que aqui existem algumas restrições. Nunca fui advertido, mas eu não posso me comunicar com a população local, nem ir à casa de ninguém, não posso convidar as pessoas comuns para visitarem à minha casa. Posso convidar as pessoas do governo e de outras instituições. Anteontem, convidei para a embaixada um grupo de 10 estudantes de língua portuguesa. Eu os convidei com os professores e ofereci um jantar e pudemos conversar os mais diversos assuntos. Os dois professores, inclusive, gostariam muito de receber o convite de alguma universidade brasileira para fazer um treinamento. Estou verificando esta possibilidade. Quando eu ando pelas ruas recebo manifestações de carinho de todos os lados. Até porque os turistas sempre andam em grupos e estou sempre sozinho. Não há um sentimento negativo em relação aos estrangeiros.

DC – Os acontecimentos tensos mais recentes estão ligados ao complexo industrial Kaesong, quase na fronteira com a Coreia do Sul, onde empresários da Coreia do Sul têm fábricas e onde trabalham milhares de norte-coreanos. Como acordou a Coreia do Norte nesta sexta-feira em relação a este assunto?

Colin – 
Esta escalada retórica começou em março com exercícios militares conjuntos dos Estados Unidos e a Coreia do Sul. Esses exercícios sempre provocam grande alarde na Coreia do Norte. Eles conhecem muito bem a história, a guerra da Coreia. A Coreia do Norte supostamente fazia um exerício militar junto da linha demarcatória nesse paralelo 38 e de uma hora para outra invadiu a Coreia do Sul. Então, ela tem receio. Aqui a história é contada de outra maneira, como se eles tivessem sido invadidos pela Coreia do Sul. Junto dessa linha demarcatória, foi construído o complexo industrial de Kaesong. Foi criado durante um período chamado A Política do Raio de Sol por dois presidentes da Coreia do Sul que decidiram se aproximar da Coreia do Norte.

DC – E quando houve a ruptura?

Colin –
 Constantando que a reunificação seria impossível devido ao desnível de desenvolvimento entre um país e outro por tantas razões, eles achavam que o melhor era ajudar a Coreia do Norte a se desenvolver economicamente para que um dia fosse possível a reunificação. Na fronteira foram construídos dois grandes complexos, um foi turístico, que acabou sendo fechado. A outra coisa que ficou foi o complexo industrial que tem 120 empresas sul-coreanas e onde trabalham 30 mil norte-coreanos. Ela sempre foi um grande símbolo de que é possível uma aproximação entre os dois países. A própria Coreia do Norte ganha muito com isso. Como o país está sob várias sanções das Nações Unidas, ela tem um problema para obter moeda forte. No entanto, nos últimos cinco anos, o presidente da Coreia do Sul, que terminou seu mandato recentemente, Lee Myung-bak, decidiu adotar uma política muito dura com a Coreia do Norte e todos os contatos foram cortados.

DC – Mas o complexo continuou...

Colin –
 Sim, mas nunca saiu da primeira etapa e sempre era um termômetro das relações. Não foi fechado, mas no jornal de domingo se dizia que houve uma ameaça de fechamento porque os jornais da Coreia do Sul publicaram que a Coreia do Norte fica com essa retórica belicista, mas não mexe no complexo porque tem interesse no dinheiro. Isso foi muito mal recebido aqui e o governo disse que só manteve aberto em consideração aos empresários sul-coreanos e aos operários que lá trabalham, mas que podem fechar a qualquer momento. Eles querem que os empresários façam pressão contra o governo e a imprensa. Na verdade, essa restrição impedindo o trânsito tem o objetivo de pressionar as empresas para que elas pressionem o governo sul-coreano a parar o que eles chamam de campanha difamatória.

15/04/2013 00h16 - Atualizado em 15/04/2013 02h31

Coreia do Norte comemora aniversário do fundador Kim Il-sung

Feriado do 'Dia do Sol' é comemorado com diversas atividades no país.
Kim Jong-un visitou palácio onde estão os corpos de seu avô e de seu pai.

Da EFE
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Bandeiras norte-coreanas 'decoram' a cidade de Pyongyang em comemoração ao aniversário de seu fundador (Foto: AP Photo/Kyodo News)
Bandeiras norte-coreanas 'decoram' a cidade de
Pyongyang em comemoração ao aniversário de
seu fundador (Foto: AP Photo/Kyodo News)
A Coreia do Norte comemora nesta segunda-feira (15) o 101º aniversário do nascimento de seu fundador, Kim Il-sung, com festas iniciadas à meia-noite por Kim Jong-un, seu neto e atual líder do país, que lhe rendeu tributo em seu mausoléu, o Palácio do Sol de Kumsusan, em Pyongyang.
Kim Jong-un, acompanhado por membros da elite militar do país, visitou o palácio onde descansam os corpos embalsamados tanto de seu avô como de Kim Jong-il, seu pai e antecessor, para fazer "uma grande homenagem e a mais humilde reverência", informou a agência estatal 'KCNA'.
A 'KCNA' descreveu que o jovem líder, cuja idade se estima em 29 ou 30 anos, e altas autoridades militares apresentaram oferendas de flores em nome das principais instituições do país com faixas dizendo "Os grandes camaradas Kim Il-sung e Kim Jong-un sempre estarão conosco".
Na manhã desta segunda, cidadãos vestidos com trajes tradicionais coreanos depositaram flores na grande estátua de bronze do fundador e as principais ruas de Pyongyang amanheceram decoradas com bandeiras, cartazes e flores, segundo descreveram os poucos meios de imprensa com presença na cidade.
saiba mais
Conhecido como "o Dia do Sol", o dia 15 de abril é comemorado com diversas atividades na Coreia do Norte o aniversário do nascimento de seu fundador, considerado o feriado mais importante no país.
Nascido em 1912, Kim Il-sung fundou o Estado comunista norte-coreano em 1948 sob sua própria doutrina 'juche' - uma versão do socialismo baseada na autossuficiência - e presidiu o país até sua morte em 1994. Seu filho, Kim Jong-il, tomou o comando e foi líder da Coreia do Norte até morrer em dezembro de 2011, e assim abrir passagem para seu filho mais novo Kim Jong-un, o seguinte elo nesta peculiar dinastia.
Soldados norte-coreanos visitam estátua de bronze do fundador norte-coreano Kim Il-sung (Foto: REUTERS/Kyodo)
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Reginaldo Nasser, Carta Maior - Posted: 13 Apr 2013  -

Coreia do Norte: “paz impossível, guerra improvável”. Batalha retórica entre Coreias e EUA cresce e eleva temor sobre conflito nuclear, mas é difícil que ocorra

Apesar de fontes de inteligência dos EUA acreditarem que a Coreia do Norte não tenha a capacidade militar que faz questão de alardear, após lançamento de satélite em dezembro de 2012, o Conselho de Segurança da ONU, reafirmando as exigências das resoluções anteriores, aprovou nova resolução com o objetivo de afetar a capacidade de Pyongyang para adquirir componentes para seus programas bélicos. No entanto, apenas três semanas após a decisão da ONU, a Coreia do Norte realizou seu terceiro teste nuclear, ficando muito próxima de desenvolver uma ogiva nuclear pequena, mas suficiente para armar qualquer um dos tipos de mísseis que possui.
A partir daí, assistimos a uma progressiva escalada de tensões com declarações contundentes e surpreendentes por parte do presidente Kim Jong-un, chegando mesmo a dizer que poderia realizar um ataque nuclear contra os EUA. Além de aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte, na ONU, os EUA intensificaram seus exercícios militares com a Coreia do Sul, enviando bombardeiros B-2 com capacidade para ataque nuclear. Em discurso proferido no Pentágono, o secretario de Defesa, Leon Panetta, disse que os EUA devem estar em permanente estado de alerta, pois são continuamente ameaçados por ‘Rogue States’ (Estados párias) como o Irã e a Coreia do Norte.
Quão real é a possibilidade de um ataque nuclear? É possível dizer que o Irã ou a Coreia do Norte são mais propensos a usar armas nucleares que os outros poderes nucleares? É possível construir um argumento convincente capaz de explicar por que Irã e Coreia do Norte são “racionais”, em termos da busca de seus interesses nacionais, e “irracionais” quando se trata do uso de armas nucleares?
Creio que o conceito de “Rogue State” é chave para compreendermos melhor a crise atual, bem como as estratégias norte-americanas para lidar com o tema da proliferação nuclear após o final da Guerra Fria. No início dos anos 1990 o Pentágono fazia a avaliação de que a doutrina da dissuasão que funcionou tão bem contra as ameaças do século XX, já não seria adequada em relação aos “Estados Párias”, que são atores que não têm atitudes previsíveis, ou lógicas, como os antigos líderes soviéticos ou chineses. A dissuasão funcionou no passado porque os EUA compreendiam muito bem aqueles que queriam dissuadir, mas a dificuldade de compreensão mútua entre os EUA e a Coreia do Norte, Iraque ou Irã tornava os tradicionais mecanismos da contenção e da dissuasão pouco efetivos para impedir um ataque.
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O documento da Doutrina de Segurança Nacional dos EUA (2002), elaborado sob o impacto dos atentados do dia 11 de Setembro, veio apenas reafirmar a percepção das ameaças dos “Rogue States”, levando-a às últimas consequências e justificando a necessidade de novas respostas que tivessem como fundamento principal a seguinte concepção: não esperar “que as ameaças se concretizem” e agir antecipadamente (‘preemptive attack’). Nas palavras do ex-vice-presidente dos EUA, Dick Cheney, trata-se de um inimigo bem equipado, com antecedentes de agressividade e de desprezo por qualquer população ou território. Enfim, um inimigo que “não poderia ser dissuadido, contido ou apaziguado”.
Mas não poderíamos pensar na hipótese de que a estratégia de dissuasão funcionou tanto para Irã, como para Iraque de Saddam Hussein, quanto para a Coreia do Norte, tendo falhado apenas nos momentos em que os EUA não a aplicaram corretamente, como em 1950 (guerra da Coreia), e 1990 (Guerra do Golfo)? Os critérios de “racionalidade” aplicados a Estados como a Coreia do Norte e o Irã não são muito mais rigorosos – e deturpados – do que aqueles que são aplicados à maioria de outros Estados, como Israel, India e Paquistão, por exemplo?
Pensadores do ‘mainstream’ das relações internacionais nos EUA – mas, atualmente muito criticados nesse tema – Kenneth Waltz e John Mearsheimer, já escreveram artigos e livros argumentando que a dissuasão nuclear em nível global (EUA, Rússia, China, Inglaterra e França) e regional (Índia e Paquistão, sobretudo) impediu, com sucesso, a ocorrência de conflitos armados (com armas convencionais ou nucleares). Chegaram até a sugerir que a melhor maneira de manter um equilíbrio de poder estável e impedir qualquer estado de usar armas nucleares é promover a proliferação, em vez de tentar limitá-la. Os professores apontam para o fato que desde 1945 apareceram várias potências nucleares com regimes políticos diversos, mas nenhum deles chegou a usar armas nucleares. Claro, com exceção da democracia norte-americana!
É crível supor que Kim Jong-Un e seus conselheiros militares sejam loucos? Que eles não têm conhecimento de que a guerra contra os EUA significaria certamente a destruição do seu próprio país? Ou eles sabem exatamente do que se trata e são “Estadistas Suicidas” que querem destruir seus próprios Estados?
O ex-ministro das Relações Exteriores da Coreia do Sul, Yoon Young-kwan, (2003-2004) se lembra de ter tido imensas dificuldades “para convencer os legisladores da administração Bush a negociarem com a Coreia do Norte, em vez de meramente aplicar pressão e esperarem que o Norte capitulasse”. De fato, aos olhos dos líderes políticos do Ocidente (incluindo os japoneses), argumenta o ex-ministro, a Coreia do Norte sempre foi vista como um país pequeno e marginal, cujos problemas econômicos a situavam no limite da desintegração. Os líderes das grandes potências preferiram não se incomodar com a Coreia do Norte e por isso reagiam de modo ‘ad hoc’ sempre que esta criava um problema de segurança. Isso mudou apenas a partir do momento em que se constatou o aumento da sua capacidade balística.
Em abril de 1992, quando a Coreia do Norte enfrentava sérios problemas econômicos e sociais, o presidente Kim Jong-Il expressou claramente um desejo de estabelecer relações diplomáticas com os EUA a Coreia do Sul, os quais se recusaram, pois esperavam simplesmente o país se desintegrasse (“Realism on North Korea, project-syndicate Apr. 1, 2013″).
O fato é que desde a Guerra do Golfo em 1990, com o início daquilo que alguns chegaram de denominar de “Mundo Unipolar”, os EUA cultivam a crença de que quando atacam ou ameaçam atacar um inimigo, todo o sistema de Estados compreenderia os custos de se opor aos seus objetivos. Como consequência, temendo ser o próximo alvo, esses atores se dobrariam à vontade dos norte-americanos (‘bandwagoning’). Referindo-se à decisão da Líbia de abandonar seus programas de armas de destruição em massa e de admitir as inspeções internacionais em 2004, o então secretario de Defesa dos EUA, Donald Rumsfeld, observava que “estas novidades (guerras do Afeganistão e Iraque) demonstram que o que temos fazendo é estrategicamente sólido, além de moralmente correto”.
Essa é única possibilidade de ação racional (‘bandwagoning’) admitida pelos EUA para a conversão dos “Rogue States”. Não poderíamos formular outras hipóteses para a atitude da Coreia do Norte, como mais uma tentativa de angariar apoio interno por meio da exacerbação da retórica do inimigo externo? Ou ainda, a tática de dar a impressão de que é capaz de fazer qualquer coisa para alcançar seus objetivos, incluindo até mesmo o uso de armas nucleares, na esperança de ganhar concessões na mesa de negociação?
Membros do governo norte-americano reclamam que a Coreia do Norte age constantemente de forma ambígua ou contraditória, falando em pacificação, ao mesmo tempo em que eleva o tom belicoso em suas declarações. Ora, sem entrar no mérito da questão, emitir mensagens ambíguas não é próprio daquilo que denominamos de dissuasão? Os dirigentes da Coreia do Norte não estariam apostando no fato de que é possível atingir o status alcançado por Israel, Índia e Paquistão na questão nuclear?
Não seria, isso sim, uma atitude típica de “Rogue State” excluir todas as hipóteses possíveis que mencionamos acima e adotar apenas aquela que parece ser a menos provável: a de que Kim Jong-un realmente quer provocar uma guerra nuclear?
Creio que a célebre frase do pensador francês Raymond Aron, que definiu como ninguém a situação dos poderes nucleares durante a Guerra Fria, continua atual: “paz impossível, guerra improvável”.


Posted: 10 Apr 2013 11:05 AM PDT – Pragmatismo Político.com
Elias Jabbour
Asiáticos e milenares que são os norte-coreanos dão mostras de ter ido além de Maquiavel, aproximando-se de Lênin acrescido de alguma sabedoria confuciana e espírito de rebeldia herdado pelos ensinamentos de Laotsé
Por Elias Jabbour*
Nem sempre imagens têm mais valor do que mil palavras. No caso em questão, as imagens e o retorcimento da retórica explanada pelo governo da Coreia do Norte são parte de um grande jogo de ridicularização de um regime cujo único objetivo é a autodefesa. Também existe uma ponta de luta pela sobrevivência. Sobrevivência que significa a própria sobrevida de uma nação milenar. E para mim isso basta.
Perguntemos a qualquer letrado, ou especialista. Você sabia que enquanto a Europa se ensanguentava em guerras religiosas, a Coreia já era uma nação com todos os traços que poderiam a classificar como um Estado Nacional precoce e anterior ao nascimento de Cristo?
Você sabia que houve uma guerra entre os lados norte e sul da península coreana entre os anos de 1950 e 1953? Você sabia que foi a primeira vez, desde a independência dos EUA (1776) que os norte-americanos assinaram um armistício, ou seja, foram derrotados pela primeira vez em quase 200 anos? Você sabia que desde 1776 os EUA nunca ficaram longe de uma guerra, fora dos seus domínios, por mais de dez anos? Você sabia que na Guerra da Coreia caiu, sobre o lado norte da península, o correspondente a dez bombas nucleares testadas em Hiroshima e Nagasaki? Você sabia que, desde 2001, estão apontadas, à capital da Coreia do Norte (Pionguiangue), cerca de 60 mísseis carregados de ogivas nucleares?
Mais perguntas: Você tem notícia acerca da invasão de um algum país por parte da Coreia do Norte? Você sabia que o país mais bloqueado, cercado e difamado no mundo é a Coreia do Norte? Será que essa difamação tem alguma relação com a derrota dos EUA na já referida guerra? Será que querem condenar a Coreia do Norte ao retorno à Idade da Pedra? Será que a Coreia do Norte há 60 anos não é o espinho na garganta dos EUA? Diante dos fatos e da história, você acha que os EUA fariam com a Coreia do Norte o mesmo que fizeram com o Iraque, o Afeganistão e outros? A Coreia do Norte tem ou não o direito de se defender? Você tem alguma dúvida sobre o destino de Kim Jong Un: seria recebido com festa num exílio na Europa ou teria o mesmo destino, com os mesmos requintes de crueldade, reservado a Muamar Kadafi?
Responder estas questões não é uma tarefa complicada. Um mínimo de honestidade já bastaria para saber o que está em jogo nesta guerra psicológica em curso na península coreana. De imediato sugiro qualquer julgamento moral sobre a natureza do regime norte-coreano, se é socialista ou não, se é democrático ou ditatorial, bonito ou feio, rude ou sofisticado. Tem gosto para tudo. Também não seria muito legal tomar a máxima do chanceler brasileiro (Antonio Patriota), segundo quem esperava uma “atitude mais ocidentalizada do líder norte-coreano”.

Forças Armadas da Coreia do Norte desfilam na capital Pyongyang (Foto: Divulgação)
Talvez Antonio Patriota esteja levando a sério demais o conselho de Huntington sobre um Choque de Civilizações, quando na verdade tanto Huntington quanto Patriota não passam de vítimas de um verdadeiro “choque de ignorância”. Meu parêntese continua para externar algo mais de fundo. É chocante imaginar que o chefe de nossa chancelaria nunca tenha lido Edward Said (“Orientalismo: O Oriente como invenção do Ocidente”), nem tampouco Barrington Moore Jr. (“As Origens Sociais da Ditadura e da Democracia – Senhores e Camponeses na Construção do Mundo Moderno”). De forma explicita em ambos os livros ficam claras as evidências, na Ásia, de práticas democráticas ao nível da aldeia que remontam ao menos 3.000 anos.
O que quer de fato a Coreia do Norte, partindo de um julgamento mais pautado pela história? É evidente que o regime busca sobrevida e para isso nega a lógica da rendição incondicional tão cara a outras experiências, entre elas as da URSS, Leste Europeu e recentemente da Líbia.
Uma nação que historicamente teve seu território sob a cobiça estrangeira, cercada de grandes potências por todos os lados, passando por uma sanguinária ocupação japonesa e que sabe do que são capazes os EUA, não pode se dar ao luxo de esperar o bonde da história passar. O bonde da história derrotou as experiências socialistas da URSS e Europa, levando quase a nocaute por asfixia o governo da Coreia do Norte na década de 1990. Os últimos 25 anos foram marcados por privações de todo tipo, levando inclusive a fome para o outro lado do rio Yalu. O bloqueio, a fome imposta de fora para dentro e as inúmeras ameaças militares e provocações (Coreia do Norte como parte do “Eixo do Mal”, segundo Bush) só fez restar ao governo nortecoreano a opção de se “armar até os dentes” diante do que ocorria em Belgrado sob as hostes das chamadas “intervenções humanitárias”.
Poucos regimes no mundo tem uma noção da política como uma ciência que leva em conta não somente a correlação de forças, mas também o chamado tempo e espaço. Asiáticos e milenares que são os coreanos dão mostras de ter ido além de Maquiavel, aproximando-se de Lênin acrescido de alguma sabedoria confuciana e espírito de rebeldia herdado pelos ensinamentos de Laotsé. Somente gente preparada poderia manter em pé um país cercado, humilhado e ameaçado desde seu nascedouro e com um cenário recrudescido nas últimas duas décadas.
O conceito de ditadura não serve de explicação. Mais pobre ainda é levar à sério certas conversas do tipo “governo que se mantém às custas da fome do povo e do não cumprimento dos direitos humanos”, quando na verdade a soberania nacional está acima de qualquer direito humano. Ou se acredita ser possível algum direito humano sob ameaça ou intervenção estrangeira? O único direito humano universal é o direito à vida. E o direito a vida naquela parte do planeta se confunde e se entrelaça com o direito de ser nação soberana. É simples, sem ser simplista: a Coreia do Norte não está de brincadeira, pois sabem com quem estão lidando e do que são capazes os EUA.
Os norte-coreanos querem ter o direito de ser o que eles decidiram ser desde a explosão das primeiras revoltas camponesas contra a ocupação japonesa, ainda na década de 1910 do século passado. Ao invés de buscarmos dar lições de democracia, civilidade e de governo para uma nação milenar, seria mais interessante entender como um país exposto àquelas condições pode alcançar um nível de desenvolvimento tecnológico capaz de projetar e lançar satélites artificiais, mísseis intercontinentais e mesmo bombas nucleares, algo que nem nossos amigos do Irã e seus imensos recursos petrolíferos conseguiram até hoje.
Acho que se decifrarmos a formação social que forjou um povo capaz de expulsar Gengis Khan de seus domínios, no auge do poderio militar do Império Mongol, chegaremos a explicações mais plausíveis e próximas da realidade.
Elias Jabbour é doutor em Geografia Humana pela FFLCH-USP. Autor de “China Hoje: Projeto Nacional, Desenvolvimento e Socialismo de Mercado” (Anita Garibaldi/ EDUEPB, 2006).

Coreia do Norte

Península Coreana: qual será o fim da “guerra de nervos”?
12.04.2013, 13:13, hora de Moscou
12.04.2013, 13:13, hora de Moscou
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Coreia do Norte, Coreia do Sul, conflito, guerra
AFP
A “guerra de nervos” no Sudeste Asiático ganha força. Pyongyang voltou a advertir Seul de que a guerra na Península Coreana pode começar a qualquer momento. Entretanto, as autoridades japonesas deram um falso alarme sobre o lançamento de um foguete norte-coreano.
Neste contexto, o chefe do Comitê Internacional da Duma de Estado da Rússia, Alexei Pushkov, propôs uma variante de redução da tensão ao redor da Coreia do Norte – um telefonema do presidente dos EUA, Barack Obama, ao líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Barack Obama, se telefonar a Kim Jong-un, justificará em certos aspetos seu Prêmio Nobel de Paz, considera Alexei Pushkov. Na opinião do deputado, Kim Jong-un está disposto a desanuviar o conflito, mas sem perder a dignidade. Nesta situação, não quer transformar-se em bode expiatório, desejando ser reconhecido como um chefe de Estado que é tomado em consideração, declarou Pushkov.
Por enquanto, Pyongyang avança para este objetivo, utilizando a retórica da guerra. Na quinta-feira, o Norte voltou a advertir Seul que, se for necessário, o Exército norte-coreano é capaz de desferir um ataque de mísseis contra o adversário. Para intimidar mais, Pyongyang comunicou que nos sistemas de apontamento já estão introduzidas coordenadas de potenciais alvos no sul da península.
A tensão em torno da Coreia do Norte foi reforçada pelo segundo alarme falso declarado no Japão nos últimos dois dias. No país foi divulgado um comunicado errado sobre o lançamento de um foguete norte-coreano. A reação dos militares japoneses pode provocar ações de resposta de Pyongyang. Gueorgui Toloraya, perito do Instituto de Economia da Academia de Ciências da Rússia, não exclui que o conflito local entre o Norte e o Sul da Península Coreana possa rebentar a qualquer momento:
“Poderão acontecer alguns confrontos na fronteira, no mar Amarelo ou, talvez, alguns atos de subversão que levem a tiroteios, a um conflito local, não se devendo transformar, porém, numa guerra de envergadura.”
A crise em redor da Coreia do Norte evoluiu no pano de fundo das manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, manobras que em muitos sentidos provocaram a retórica belicosa de Pyongyang, considera Alexander Vorontsov, perito do Instituto de Orientalística da Academia de Ciências da Rússia:
“O Norte tem certos receios, duvidando de que se trate de manobras militares de rotina ou de preparação para verdadeiras ações militares. Para prevenir o pior cenário, Pyongyang envia advertências ameaçadoras – não somos intimidados, não temos medo da guerra, se houver uma guerra, vamos combater até o fim e é melhor por isso não nos tocarem.”
As principais organizações sociais da Coreia do Sul apelam a que as autoridades comecem urgentemente as conversações com a Coreia do Norte. A Associação de Nações do Sudeste Asiático prometeu seu apoio. A Indonésia, que faz parte da ASEAN, também tenta a seu nível ajudar Seul e Pyongyang a começar os contatos para diminuir a tensão.
Washington espera também que a China utilize sua crescente influência na Coreia do Norte para regularizar a crise. Os Estados Unidos destacam “crescentes receios de Pequim quanto aos efeitos negativos da conduta insensata de Pyongyang”, apontando que a desestabilização na Península Coreana influi negativamente na situação estratégica em torno da China.
Entretanto, os ministros das Relações Exteriores dos países do G8 ameaçaram aplicar novas sanções Coreia do Norte, se esta lançar mais algum míssil. Como se espera, o ensaio de um míssil balístico de médio alcance pode ser efetuado na véspera de 15 de abril, dia em que o país irá assinalar o 101º aniversário do nascimento do fundador da Coreia do Norte, Kim Il-sung.

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13 de abril 2013 10:56

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12 de abril 2013 22:33

Rússia pede à Coreia do Norte para voltar às negociações

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Secretário-geral da ONU dirigiu-se ao líder da Coreia do Norte

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North Korea ready to develop relations, ensure stability ‘as a responsible nuke state’

Published time: April 14, 2013 18:37
North Korean leader Kim Jong-Un. (AFP Photo / KCNA)
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North Korea is ready to develop peaceful relations with world nations – but only as a nuke state, the DPRK’s nominal head of state Kim Yong-nam said on Sunday. This comes as the US, Japan, and China call for the denuclearization of the Korean peninsula.
North Korea, which, despite tension, is getting ready to celebrate the birthday of the country’s founder Kim Il-sung, said it was ready to conduct relations “based on the ideals of peace and sovereignty” and contribute to security and stability in Asia, and in the whole world “as a responsible nuclear-weapon state.”
However, North Korea’s Kim Yong-nam pointed out that not every nation is worthy their friendship, saying the country’s “invincible defense forces” armed with strengthening “nuclear deterrence forces” will“unfold a total fight against the USA, acting in accordance with a wartime scenario.”
This undated file photo released by North Korea's official Korean Central News Agency shows a live shell firing drill being conducted by North Korea at an unconfirmed location. (AFP Photo / KCNA)
“We will expand in quantity our nuclear weapons capability, which is the treasure of a unified Korea... that we would never barter at any price,” Kim Yong-nam stressed.
Meanwhile, the US Secretary of State John Kerry on Sunday asserted the United States is willing to“reach out” to North Korea – as long as it “takes action” towards giving up its nuclear program.
“I think it is really unfortunate that there has been so much focus and attention in the media and elsewhere on the subject of war, when what we really ought to be talking about is the possibility of peace. And I think there are those possibilities,” Kerry said during his Sunday visit to Tokyo where he is meeting his Japanese counterpart Fumio Kishida.
US Secretary of State John Kerry (L) gestures towards Japanese Foreign Minister Fumio Kishida at a joint press conference at Iikura House in Tokyo on April 14, 2013. (AFP Photo / Paul J. Richards)
Japan’s Minister of Foreign Affairs Kishida reiterated the American condition for talks, saying both Japan and the US “cannot allow North Korea in any way to possess nuclear weapons.”
North Korea should cease its “provocative speech and behavior,” Kishida stressed, urging it to take“concrete action toward denuclearization.”
Just the day before, China also said it is “firmly committed to upholding peace and stability and advancing the denuclearization process on the Korean peninsula.”
“There is no question in my mind that China is very serious – very serious – about denuclearizing,” Kerry noted after his Saturday talks with top Chinese officials.
He also warned the North Korean government would be making a “huge mistake” if it were to launch a missile as he stopped in South Korea, where some 28,000 US troops are stationed.
This picture taken by North Korea's official Korean Central News Agency on April 14, 2013 shows a national meeting to celebrate the 101st anniversary of late leader Kim Il-Sung's at the April 25 Culture Hall in Pyongyang. (AFP Photo / KCNA)
The Japanese Prime Minister Shinzo Abe on Sunday added that North Korea should realize their“provocative acts do not bring any benefit,” other than making the situation for them “more difficult.” He said that Japan is willing to coordinate with the United States, South Korea, China and Russia to prevent the North Korean missiles from being launched.

The other battle front

In the meantime, Pyongyang warned South Korea of “catastrophic consequences,” should there be a propaganda action during the Day of the Sun – Kim Il-sung’s 101th birthday celebrations on April 15.
Several South Korean NGOs have recently announced plans to launch air balloons with leaflets criticizing the North Korean regime over the border between the two countries.
Reports said the South Korean police have already prevented one such launch on Saturday, “for the first time ever,” according to activists. The latter undertook such attempts in the past, sometimes also attaching dollar bills to the leaflets. The people living in the border areas have protested the actions, as it inevitably leads to flare-ups with the North, the police explained.
South Korean activists set balloons on a banner showing pictures of North Korean leader Kim Jong-Un. (AFP Photo / Jung Yeon-Je)
South Korean activists set balloons on a banner showing pictures of North Korean leader Kim Jong-Un. (AFP Photo / Jung Yeon-Je)
North Korea itself is responsible for some recent provocative actions – which are taking place on the cyber-front, Seoul officials have claimed.
The South Korean nuclear power plant operator Korea Hydro & Nuclear Power said it had to cut off the Internet access and even seal the USB ports on all the computers inside their facilities for the fear of possible cyber-attacks from North Korea. Such “preventive measures” were taken after several other state companies, including banks and TV stations, became subject to such attacks that were officially blamed on North Korean hackers.
Some 48,000 South Korean computers have been hacked during the recent attacks, leading some of the country’s experts to claim the war is already going on in cyber-space. They estimate an army of at least 3,000 ‘hacker troops’ from the North are taking part, according to Itar-Tass.
North Korea has dismissed the allegations as “rumors” and “deliberate provocations” aimed at worsening the existing tension.
It also thwarted the South Korean president Park Geun-hye’s recent call for dialogue and “trust-building process,” calling it “a cunning trick to hide the South’s policy of confrontation.”
A group of North Korean soldiers patrol along the Yalu River at the North Korean town of Sinuiju on April 11, 2013. (AFP Photo / Wang Zhao)
There would be no negotiation until South Korea and the United States end their joint military drill on the peninsula, the North Korean Reunification committee spokesman said in a statement on Sunday, adding that under these circumstances “such a dialogue would be meaningless.”
The statement aired by the KCNA news agency also blamed the South for trying to “shift its responsibility for putting the Kaesong Industrial Complex into a crisis.” Some 53,000 North Korean workers employed by 123 South Korean companies were working at the Kaesong Industrial Complex until it closed down due to the recent escalation of diplomatic hostilities.
The South Korean media is now speculating whether the North will test-fire a missile during Monday’s birthday celebrations, some claiming the launch facility is already on standby, RT’s Aleksey Yaroshevky reported from the region on Sunday.


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COLUNA DO TIMM
Coluna do Timm – Coreia do Norte

“Se o marxismo criou pela primeira vez a concepção revolucionaria de mundo da classe trabalhadora, a idéia Juche a aperfeiçuou, desenvolvendo-a à uma etapa superior.”
Kim Il Sung
“Claro que não se pode culpar Marx por Stalin ou coisas do tipo. Contudo, o fato é que a experiência comunista marxista global, a experiência de projetos políticos que foram inspirados pelo marxismo no século 20, é, basicamente, uma experiência catastrófica.”
"Nós precisamos quebrar essa visão marxista de que a história se move do capitalismo para uma ordem superior, o socialismo ou algo do tipo. A história é aberta, na minha opinião. De forma espontânea, ela provavelmente se move em direção a alguma catástrofe."
Zizik  - Idem

Tenho um amigo, residente em Brasilia, hoje o maior orientalista brasileiro e lingüista emérito, que é radical: -“ Para falar sobre qualquer país ou povo do Orienta, há que conhecer, além da história,  a língua”.  Pois eu vou falar sobre a Coreia do Norte. Portanto, invoco-lhe , desde já, minhas escusas, pois não domino nenhuma língua oriental. Depois de dois anos de estudo de mandarim na Universidade de Brasília, desisti. Já estava muito velho para assimilá-lo. Foi um alívio para o Professor, um chinês de magreza profunda, que viera para o Brasil, no anos 90, como resultado de um Programa de Cooperação Técnica entre nossos países. Certo dia, aliás, o convidei à casa e foi um desastre. Disse-lhe como nós, estudantes, em meados dos 60, vibráramos com a Revolução Cultural. Ele cortou o assunto, não sem dizer, secamente: “Fui uma vítima “daqulilo”...  Mas eu , velho  comunista,  já aposentado (...) ,  não me dou por vencido. E como conhecedor das variantes do marxismo e do próprio socialismo, atrevo-me a  falar algo sobre a Coreia do Norte. Afinal, ela se proclama socialista, ou  é tida como tal.
Para início de conversa, lembro que o Oriente sempre foi um grande desafio para o marxismo. Ele nunca se encaixou muito bem na teoria dos MODOS DE PRODUÇÃO e em outras categorias de sua Filosofia da História. Tanto que  se inventou o conceito de MODO DE PRODUÇÃO ASIÁTICO, algo muito vago e impróprio para dar conta da vasta complexidade do mundo oriental. Ele suporia que também desenvolvêssemos nossas reflexões sobre os MODOS DE PRODUÇÃO NA ÁFRICA, NO ORIENTE MÉDIO E NA AMÉRICA LATINA...       Conta-se , também uma das ironias da História (Isaac Deutscher ia gostar disto...) . Marx , um ocidental puro sangue, que olhava com desconfiança até para Bolívar na América Latina, sobre quem escreveu algum verbete, dando margem, hoje, a grandes controvérsias sobre o assunto, sempre viu a Rússia como parte do Oriente. Diz-se que detestava a Rússia. E foi lá que ele, Marx,  acabou saindo do Manifesto para entrar na História...
Pois bem, nós, ocidentais, temos grande dificuldade para compreender o Oriente. Os conceitos são diferentes. O que  aqui é Filosofia, em alguns de seus países, seria Religião. O que  aqui é virtude, lá é vício. Lembro-me, até , neste sentido de uma experiência vivida por uma chinesa em Paris. Seu pai, professor de Literatura Ocidental na Universidade de Pequim, saíra do país na crise de 1989 .Foi para a França, com a família, filhos muito jovens. Pois bem, uma de suas filhas tornou-se , culturalmente , uma ocidental, tal como retrata o personagem central de um filme recente – “Armênia” - , filha de um Armênio residente em Paris. Bem, a dita chinesa. fornou-se doutora em Filosofia pela Universidade de Paris e tem vários livros publicados. E eu vi uma entrevista dela no TV 5 , francês,  que me impressionou. Contou ela que, certa vez, instada a fazer um trabalho sobre Grécia e arte helênica visitou o  Museu do Louvre durante alguns dias. – “Ao final do trabalho, afirmou, eu já não era uma chinesa. Só aí, ao ‘passar pela Grécia antiga’ me dei conta do hiato entre nossas culturas – oriental e ocidental. Nós nunca tivemos nada parecido”.  Cito a passagem para dar a dimensão de se avaliar corretamente qualquer povo oriental. Não é nada fácil. Como, de resto, não é fácil falar sobre o Homem...
Mas vamos lá: O que é – ou melhor, o que eu acho -  ser a Coreia e mais especificamente a Coreia do Norte?
Acredita-se que a ocupação humana da  Peninsula Coreana tenha se dado há cerca de 200 mil anos, nos primórdios da espécie.  Como outros povos da Asia, por volta de 2.000 AC já havia uma civilização ali plantada , com um povo definido. Mas , região de passagem entre reinos poderosos, China e Japão, como a Polônia na Europa, a Península foi sucessivamente ocupada por forças estrangeiras. Uma longa história que não carece de ser pontualizada. Vejamos os tempos mais recentes e que desembocam no conflito atual entre Coreia do Norte e Coreia do Sul:
No século XVII, a Coreia foi finalmente derrotada pelos manchus e se uniu ao Império Chinês da Dinastia Qing. Durante o século XIX, graças à sua política isolacionista, a Coreia ganhou o nome de "Reino Eremita".[22] A dinastia Joseon tratou de proteger-se contra o imperialismo ocidental, mas foram obrigados a abrir suas portas para o comércio ocidental. Depois da Segunda Guerra Sino-Japonesa e da Guerra Russo-Japonesa, a Coreia passou a ser parte do domínio japonês (1910-1945).[28] No final da Segunda Guerra Mundial, as forças japonesas se renderam às forças da União Soviética, que ocuparam o norte da Coreia (atual Coreia do Norte), e dos Estados Unidos, que ocuparam a parte sul (atual Coreia do Sul).[29][30][31]
                                                                        (wiki)
Honestamente, desconheço  o que ocorreu na parte norte da Península coreana desde a ocupação soviética,  sob o comando de Stalin, ao final da Guerra e o dia 15 de abril do ano de 1948, hoje festejado pelo Governo da Coréia do Norte como o “Dia do Sol”, data em que Kim Il Sung o teria fundado. A “Revolução Coreana” nunca foi um tema presente nos antigos cursos de formação ideológica patrocinados pelos comunistas.Um dos poucos textos disponíveis é “A Revolução Coreana”, de Gabriel Martinez , que assim o descreve:
Após duras batalhas, em 1945, finalmente, o povo coreano vence o imperialismo japonês; o povo coreano, através de suas organizações clandestinas, o Exército Popular Revolucionário e o Exército Vermelho (URSS) foram os principais atores da revolução coreana. Comitês Populares se espalharam por todo território coreano, constituindo assim um órgão de poder popular constituído pelo próprio povo coreano. A União Soviética permaneceu estacionada na parte norte da península. Os Estados Unidos só entrariam na parte sul da península coreana, três semanas depois da libertação do país, e logo trataram de reprimir violentamente os Comitês Populares, devolvendo o poder aos antigos oligarcas representantes do regime colonial. A União Soviética retirou suas tropas da Coréia em 1948, ao passo que os Estados Unidos mantêm as suas até os dias de hoje.


 A partir daí , Kim Il Sung, que supunha sua doutrina “juche” superior ao marxismo, , versão ortodoxa do socialismo baseada  nos princípios do Partido único, da união com o povo como centro de tudo,   militarização da sociedade e na autosuficiência e isolamento da economia,  até sua morte em 1994, governou o novo país  manu militar .
O que é Idéia Juche?

A ideologia oficial do partido governante da RPDC, o Partido do Trabalho da Coréia (PTC), é a Idéia Juche. A Idéia Juche foi desenvolvida por Kim Il Sung, líder da revolução coreana e fundador do Partido do Trabalho da Coréia. De acordo com os comunistas coreanos a superioridade da Idéia Juche consiste no fato de que, indicando a posição e o papel do homem no mundo, esclarece-se de maneira mais científica a forma como o homem forja o seu destino. O problema fundamental da filosofia deixa de ser a relação entre o pensar e a existência e passa a ser entre o mundo e o homem. Segundo os atuais dirigentes comunistas coreanos, a Idéia Juche não é apenas o marxismo-leninismo adaptado à realidade coreana, mas sim uma nova ideologia, superior ao próprio marxismo. É o socialismo científico alçado a outro patamar. Nas palavras de Kim Jong Il, principal líder da RPDC:

“Se o marxismo criou pela primeira vez a concepção revolucionaria de mundo da classe trabalhadora, a idéia Juche a aperfeiçuou, desenvolvendo-a à uma etapa superior.”

Em suas memórias Kim Il Sung nos revela que durante a luta revolucionária “sua doutrina”, “seu credo” foi o chamado “iminwichon”, que significa considerar o povo como o centro de tudo. O principio básico da Idéia Juche é de que as massas populares são donas do mundo e de seu próprio destino.

Em seu Governo eclodiu a famosa Guerra da Coreia,  travada entre 26 de Junho de 1950 a 27 de Julho de 1953, opondo a Coreia do Sul e seus aliados, que incluíam os Estados Unidos. Esta guerra nunca chegou a termo. Congelou-se com um Armistício que só contribuiria a divisão da Península Coreano em dois países e  para o isolamento da Coreia do Norte.
 Com a morte de Kim Il Sung   seu filho, Kim Jong-il, tomou o  comando até morrer em dezembro de 2011, abrindo caminho para a consolidação de uma peculiar  dinastia comunista quando o poder , então, passa para , seu filho mais novo Kim Jong-um.
Mas mesmo sem grande informação sobre a “libertação”do território da Coreia do Norte, então ocupado pelo Japão, antes da rendição deste país que fazia parte do Ëixo (Alemanha+Itália+Japão) que daria origem ao regime que lá ainda persiste, é bem possível supor que tem todas as características da ocupação do Leste Europeu pelo Exército Soviético na Segunda Guerra. Por onde passava, a URSS , sempre teve a colaboração de partisans comunistas, como também os aliados. Mas atento ao futuro, que se instauraria como Guerra Fria,   o regime estalinista impunha não só o socialismo, como seu estilo autoritário e centralizador satélite União Soviética . Se este foi o caso da Coreia do Norte , é muito difícil se falar, hoje,  em “libertação”, muito menos “Revolução” naquele país.. Nenhum dos povos sob controle soviético na Europa do Leste, no bloco comunista criados ao final da guerra, manteve, quer o socialismo como forma de organização da sociedade e da economia, quer, muito menos o estilo autoritário fiel à Russia. Aliás, a própria URSS romperia na década de 50 com o estalinismo, como romperia com o modelo socialista em 1991. Pode-se, pois, dizer que a Coreia é um último bastião do socialismo estalinista no mundo, vez que a China e outros regimes socialista asiáticos, muito embora tenham se alinhado com o estalinismo e rejeitado a desestalinização soviética,  não foram regimes decorrentes da ocupação territorial e militar pela URSS. Todos, aos quais se associaria Cuba nos anos 60, foram resultados de grandes lutas populares que resultaram, sim, em autênticos processos revolucionários.
Visto deste prisma, a Coreia do Norte perde muito da sua credibilidade revolucionária. Trata-se muito mais de um remanescente da II Guerra do que uma Revolução em processo, digna de alvíssaras pela esquerda contemporânea. Até se explicariam no passado sob o princípio do Internacionalismo Proletário que consistia na defesa intransigente da URSS como baluarte da Revolução. Hoje não!  Assim o digo porque praticamente toda a esquerda mundial do Ocidente, já havia rompido com o estalinismo antes mesmo do fim do regime soviético. Depois do fim da URSS, então, a reciclagem dos Partidos Comunistas europeus e da América Latina foi total, ainda que os ortodoxos remanescentes insistam em manter não só as velhas siglas, como os velhos dogmas.  Mas é uma espécie em extinção. Com todo o direito a sê-lo... Mas não há razões, portanto, pelo menos por parte da esquerda “reciclada” – e aí incluo o PT -  para aplaudir e justificar o regime coreano do Norte.
Independentemente de sua origem, características e desenvolvimento por décadas, restaria compreender por que esse regime vem se revelando crescentemente provocador, a ponto de ameaçar Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos com um bombardeio nuclear.
Uma das hipóteses aponta para a Tese do Inimigo Externo, normalmente usada por Governos de vários matizes, para se reforçar internamente. Temos um caso no continente: a Declaração de Guerra contra a Inglaterra pelos generais argentinos, em 1981. Este, porém, não parece ser o caso da Coreia do Norte. Seu regime está, internamente consolidado e não apresenta fraturas.
A segunda hipótese seria a da necessidade de seu atual Líder, neto do “Filho do Sol”, se fortalecer internamente, não sobre a população que já idolatra a dinastia toda, mas os militares, sempre mais práticos nestas questões. A guerra é um assunto que não comporta cultos à personalidade de quem quer que seja. Ela exija o culto a ela própria, sem rodeios. Nada de intermediários. Lembre-se da forte rejeição dos militares latinoamericanos aos que eles sempre denominaram  “populistas”, em vários de nossos países. Nem mesmo a Venezuela é uma exceção, pois tentou um golpe, abortado em menos de 48 h, contra o Presidente eleito Chavez.
Resta, portanto, a tese mais em voga entre os analistas atuais: auto-defesa do regime em vigor.
A idéia é de que mais cedo ou mais tarde os Estados Unidos – e aliados ocidentais – darão um golpe de morte na Coreia do Norte. Tratam, então , de se precaver.  Dão como exemplo o caso da Yugoslávia, do Iraque, da Líbia e da Síria, que não se prepararam para o enfrentamento e estão caindo em dominó. A única salvação seria, pois,  o fortalecimento militar do regime, com o recurso à bomba atômica porque, ipso facto, não haverá surpresas. E a ameaça evita o golpe.
Esta mesma tese, a propósito, é a de setores nacionalistas em vários países do mundo , inclusive no Brasil. Crê-se que o país só conseguirá defender seus interesses se tiver a bomba atômica e se modernizar e  armar crescentemente suas forças armadas.
Tudo indica, portanto, que , passada a temporada de manobras militares conjuntas do Japão , Coreia do Sul e Estados Unidos na região, tudo volte ao normal. Ou seja, menos retórica. A histeria atual, tem, portanto, nome e endereço: o regime coreano do norte, uma caricatura do ideal comunista pelo qual morreram tantos idealistas nos últimos 150 anos, tem medo. E tem razões para tê-lo. É um regime condenado, não pela direita, nem pelos Estados Unidos, mas pela consciência civilizada do mundo inteiro. A mesma consciência que condena as Matrassas muçulmanos fundamentalistas, que condena o uso de crianças em guerras na África, que condena todas as formas de autoritarismo e terror de Estado, pela consciência que luta pela preservação da Paz, da Tolerância e do Multiculturalismo no mundo e que condena a redução do marxismo ao catecismo primário de  meia dúzia de fórumulas. O marxismo é um filho dileto do iluminismo, que só se justifica pela sistemática consciência crítica sobre seus próprios fundamentos. O que não cabe, naturalmente, nem em Partidos, nem em Igrejas, nem em Estados, sempre dominados pelo alto clero e pela disciplina a postulados dogmáticos. Rigorosamente, como afirmou recentemente S.Zizeck, recentemente, em Porto Alegre, sequer sabemos, do ponto de vista marxista, para onde vamos depois da crise assola o capitalismo e a humanidade. A idéia de socialismo se refere, cada vez mais, a uma técnica civlizatória, e não a uma etapa superior do que quer que seja.

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A ZONA SUL DO RIO (CAPITAL): 79 ANOS DE ELEIÇÕES! 1933 - 2012!

1. O perfil do voto na Zona Sul do Rio tem sofrido mudanças. A Zona Sul era a base eleitoral maior da UDN e do Lacerdismo nos anos 50 e 60. E esse perfil de voto, vinha desde a eleição de 33 e das eleições dos anos 40. Durante o regime militar houve uma alteração –ainda pequena- neste perfil de voto, com forte votação nos deputados de esquerda como Lisâneas Maciel.

2. Mesmo nas majoritárias votações de Negrão de Lima em 1965 e de Brizola nos anos 80 e 1990, a Zona Sul mantinha-se com o mesmo perfil –digamos- udenista de voto. Em 1992 na eleição de prefeito, a derrota do PDT no primeiro turno e no PT no segundo, se deveu a esta concentração de votos na Zona Sul.

3.  Mas desde os anos 80 que a ainda pequena tendência iniciada no regime militar com votos a esquerda, se acentua. Mas com características diferentes. Constrói-se no Rio –e especialmente na Zona Sul- um “partido” que poderíamos chamar de PVPC –partido do voto politicamente correto. Gabeira é responsável por essa mudança na eleição de 1986 e depois Bittar na eleição de 1988.

4. Curiosamente o PVPC captura uma característica do voto “lacerdista/udenista” que é a acentuação do discurso na ética e na corrupção. Nas eleições municipais de 2008 e 2012, o PVPC muda de patamar. Em 1986 e 1988 na Zona Sul, o PVPC estava na faixa entre 15% e 20%, e em 2008/2012 saltou para a faixa entre 20% e 25%. O deputado mais votado deixou de ser Lacerda e sucessores e passou a ser Gabeira e Chico Alencar.

5. Uma característica que se mantém desde 1933 é o voto Católico amplamente majoritário na Zona Sul. Nessa região é onde está a menor proporção de Evangélicos na Capital e em todo o Estado. Não chegam a 10%. Por isso na eleição para o Senado em 2010, Crivella chegou em quinto lugar na Zona Sul, embora vencedor –como segundo lugar- em todo o Estado.

                                         ***

VENEZUELA: MADURO VENCE NUMA ELEIÇÃO QUASE EMPATADA!
             
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, e uma vez escrutinadas 99,12% das atas, Maduro venceu as eleições presidenciais de ontem, com 50.66% dos votos, contra 49,07% de Capriles. Nas eleições de outubro passado, a diferença entre Chaves e o mesmo Capriles havia sido de pouco mais de 10 pontos percentuais (54,42%, contra 44,97%).

Conheça o mapa eleitoral georeferenciado. (El Universal-15) Clique

http://cdn.eluniversal.com/logoseud/2013/04/14/resultados-presidenciales-mapa.png

A oposição cresce e o chavismo perde força. Gráfico El Nacional,( 15)

http://www.el-nacional.com/bbtfile/9998_20130415asIZDn.jpg

                                         ***

CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA-RJ DENUNCIA A PRIVATIZAÇÃO DA SAÚDE NO RIO!

(Publicado no Globo-12) 1.   Assumindo sua incompetência em gerir a saúde, o prefeito Eduardo Paes e o secretário Hans Dohmann deixam os Hospitais e Postos de Saúde à míngua.  Prova disso é que diversos setores do Hospital da Piedade estão sendo desativados e seus chefes, destituídos, deixando os serviços acéfalos.  Grande parte das UPAs e Clínicas da Família Municipais não tem médicos.  A Maternidade Praça XV foi fechada sorrateiramente às vésperas do Carnaval.  Como se não bastasse, os serviços de ginecologia e cirurgia geral do Hospital de Curicica (Raphael de Paula Souza) tiveram suas atividades suspensas e outras áreas poderão ser fechadas, como a de tratamento de câncer, HIV e tuberculose.

2.   É um escárnio com a população, à qual é oferecido um arremedo de atendimento médico, um verdadeiro engodo!  Os médicos repudiam o desmonte da Sáude Pública, que prioriza a terceirização.  O Cremerj condena a política de saúde genocida imposta à população do Rio de Janeiro pelo prefeito Eduardo Paes e pelo secretário municipal de saúde Hans Dohmann. 

                                         ***

BRASIL: CONSUMO EXCESSIVO DE ÁLCOOL É INVERSAMENTE PROPORCIONAL A RENDA!

(Unifesp- Estado de SP-14) 1. O levantamento da Unifesp mostra que, quanto menor a renda, maior o consumo excessivo de álcool.  Na classe E, 71% bebem de forma exagerada; na C o índice é de 60%,na B de 56% e na A de 45%. A lógica se repete quando se analisa o crescimento do consumo excessivo entre os diferentes grupos sociais. Quanto menor a renda, maior o aumento no período avaliado, de 2006 a 2012.

2.  Homens - Consumo de ao menos cinco doses de bebida em um período de duas horas.  Mulheres - Consumo de ao menos quatro doses de bebida em duas horas. Uma dose  equivale a uma lata de cerveja, uma taça de vinho ou uma dose de pinga.

                                         ***

2013 : A TRAGÉDIA DA SECA NO NORDESTE!


(Pio Guerra-Diario de Pernambuco- Senadora.Katia Abreu- Folha de SP-13) 1. "A água de beber está sendo racionada no Recife dos rios cortados de pontes. Dois terços do território de Pernambuco são quase um Saara. Os efeitos da seca do sertão já alcançaram o agreste, a zona da mata, o verde litorâneo. A caatinga está desnuda.  A produção de cana de açúcar está reduzida em 30%, a de milho, feijão e mandioca, em quase 100%. O rebanho bovino foi diminuído em quase 40%, e o caprino-ovino, ainda mais. A fábrica da Coca-Cola em Suape parou de produzir por falta d'água. Fazendeiro que teima em resistir já comprou seu rebanho duas vezes, pois o que hoje vale seu gado já lhe custou o dobro em ração, e os animais continuam morrendo de fome. A praga da cochonilha destrói as palmas forrageiras."

                                         ***

PARAGUAI: ELEIÇÕES EM 21 DE ABRIL E ECONOMIA!

O PIB do Paraguai terá no corrente ano um aumento de 13%, segundo comunicado divulgado pelo Banco Central daquele país – contra uma contração de 0,9% no ano passado, devido ao impacto negativo da seca e da febre aftosa sobre o setor agrícola.  A economia paraguaia cresceu em média 4,5% ao ano no período 2004-2008; tivera uma retração de 4% em 2009 e voltara a subir 13,1% em 2010 e 4,3% em 2011.  Assim, conforme o BCP, o Paraguai fica posicionado como primeiro na região em matéria de crescimento econômico. A renda per capita passa a ser de 4.855 dólares".

Manchetes Educacionistas - 15/4/13 - Edição nº 1077

 Manchetes 
·         Ameaça à merenda nas escolas
·         Agenda positiva (Editorial)

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Determinado bem pertencente ao povo brasileiro, que vale no mercado em torno de US$ 1,5 trilhão, vai ser repassado, no próximo mês de maio, a empresas estrangeiras pelo pagamento de US$ 225 bilhões de royalties durante um período de 30 anos. O PIB do Brasil em 2012 foi de US$ 2,3 trilhões. Assim, esta subtração do patrimônio do nosso povo é igual a cerca de 30% do PIB brasileiro. No entanto, nenhum meio de comunicação tradicional falou sobre o fato. 
Leia mais...
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Políticas monetárias e fiscais ortodoxas afetam as aparências da inflação, porque podem até cortar conjunturalmente pressões inflacionárias à custa de desemprego, recessão, desoneração etc., mas não resolvem a questão, porque não atacam as raízes da dependência externa e da desigualdade distributiva interna, causas mais profundas do problema em discussão. 
Leia mais...
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O Correio publica, a partir desse artigo, e a propósito da Emenda Constitucional 72, sobre o Trabalho Doméstico, a análise do pesquisador Henrique Júdice Magalhães. Magalhães discorre sobre os mitos que estão sendo produzidos quanto à trajetória recente e as perspectivas do trabalho doméstico no Brasil. 
Leia mais...
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Após anos de primazia da especulação imobiliária nas determinações políticas e econômicas da cidade, cujos expoentes são patrocinadores de todos os grandes grupos políticos e parlamentares do país, a eleição do petista Fernando Haddad abriu um novo horizonte na visão de pessoas e movimentos sociais envolvidos na questão. Com isso, os olhos mais atentos a tais embates não deixaram de notar um considerável aumento no número de ocupações urbanas, em especial no centro, no período eleitoral recém-encerrado, em clara sinalização desses segmentos de que esperam outra visão de cidade na nova gestão.
 Política
 Biquíni de Crochê - Gilvan Rocha
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Vemos que a esquerda, modo geral, se nega a promover uma discussão séria sobre a luta armada, limitando-se a cultuar os mártires, sem, contudo, promover a verdadeira crítica.
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                   Índice da edição nº 1.815, de 15/04/2013






http%3A%2F%2Fwww.impawards.com%2Fintl%2Fisrael%2F2011%2Fposters%2Fhearat_shulayim_xlg.jpgCiência, verdades e vaidades, artigo de Montserrat Martins

Ciência, verdades e vaidades, artigo de Montserrat Martins Foto: Internet Movie Poster Awards [EcoDebate ] Ciência está relacionada à busca de verdades: "conhecimentos científicos" incluem fatos e explicações para fatos, comprovados por métodos de verificação. Tipo a lei da gravidade, uma verdade compartilhada por todos.










http%3A%2F%2Fagenciabrasil.ebc.com.br%2Fsites%2F_agenciabrasil%2Ffiles%2Fgallery_assist%2F26%2Fgallery_assist718243%2Fprev%2FABr120413MCSP-6.jpgCarta de Belo Horizonte – contra a PEC 37 e pelo direito do Ministério Público continuar investigando

Carta de Belo Horizonte - contra a PEC 37 e pelo direito do Ministério Público continuar investigando CARTA DE BELO HORIZONTE - contra a PEC 37. São Paulo, 12/04/2013 - Procuradores e promotores de Justiça de São Paulo lançam manifesto contra a PEC 37, proposta de emenda constitucional que pretende retirar o poder de investigação dos ministérios públicos de todo o país.










http%3A%2F%2Fwww.humorpolitico.com.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2012%2F11%2Fopcoes-dos-indigenas-brasileiros-449x420.jpgBancada ruralista pressiona para tirar poderes da Funai na demarcação de terras indígenas

Bancada ruralista pressiona para tirar poderes da Funai na demarcação de terras indígenas Charge de Santiago, no blogue Humor Político Deputados da bancada ruralista prometem apertar o cerco contra a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a atribuição do órgão de auxiliar na demarcação de terras indígenas no Brasil.










http%3A%2F%2Fwww.ecodebate.com.br%2Ffoto%2Fmadeira3.jpgIbama bloqueia 27 madeireiras envolvidas em fraudes com créditos de madeira serrada no Pará

Ibama bloqueia 27 madeireiras envolvidas em fraudes com créditos de madeira serrada no Pará O Ibama identificou uma movimentação indevida de 64 mil metros cúbicos de créditos de madeira serrada (o equivalente a 3,2 mil caminhões cheios), nestas últimas duas semanas, enviados em massa e de forma fraudulenta por serrarias em cinco diferentes estados para abastecer madeireiras no Pará.










http%3A%2F%2Fwww.ambiente.sp.gov.br%2Fwp-content%2Fuploads%2F2006%2F06%2F05_jureia4.jpgMosaico de unidades de conservação garante permanência de caiçaras na região da Jureia

Mosaico de unidades de conservação garante permanência de caiçaras na região da Jureia Mosaico Jureia-Itatins. Mapa: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo - SMA A permanência de pelo menos 85 famílias de comunidades tradicionais que viviam sob ameaça de serem despejadas da região da Jureia, litoral sul de São Paulo, está garantida.










http%3A%2F%2Fwww.ecodebate.com.br%2Ffoto%2Ffloresta3.jpgProjeto do Inpa já catalogou mais de 1,4 mil espécies de árvores no Amazonas

Projeto do Inpa já catalogou mais de 1,4 mil espécies de árvores no Amazonas O trabalho é desenvolvido pelo Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais há 33 anos.










http%3A%2F%2Fwww.ecodebate.com.br%2Ffoto%2Fqueimada5.jpgContratação permanente de brigadistas pode prevenir e combater incêndios na Chapada Diamantina

Contratação permanente de brigadistas pode prevenir e combater incêndios na Chapada Diamantina O chefe do parque nacional e a comunidade local reclamam da falta de apoio aos brigadistas e da carência de estrutura oferecida para combater os incêndios que ocorrem com frequência.










http%3A%2F%2Fwww.abrampa.org.br%2Fgestor%2Fbanner%2FBanner-143.jpgGrandes nomes do meio ambiente e temas polêmicos em congresso nacional do MP em Vitória

Grandes nomes do meio ambiente e temas polêmicos em congresso nacional do MP em Vitória Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Sérgio Kukina e Herman Benjamin e a ex-ministra Marina Silva, participam do XIII Congresso Brasileiro do Ministério Público do Meio Ambiente, que reunirá promotores, procuradores, magistrados e especialistas em meio ambiente de todo o Brasil para debater sobre alterações recentes da legislação ambiental, entre os dias 17 e 19 de abril, em Vitória Marina Silva irá discutir a sustentabilidade socioambiental e o desenvolvimento.










http%3A%2F%2Fwww.ecodebate.com.br%2Ffoto%2Flixoe2.jpgOs caminhos incertos de tecnologias sem limites, artigo de Washington Novaes

Os caminhos incertos de tecnologias sem limites, artigo de Washington Novaes [O Estado de S.Paulo ] Que será do mundo com o avanço exponencial da informática e da robótica tomando de assalto todas as áreas, da comunicação à política, em todos os países, da economia e das finanças à guerra entre nações?










http%3A%2F%2Fwww.ecodebate.com.br%2Ffoto%2Fqueimada8.jpgCientistas alertam para desequilíbrio de nitrogênio na atmosfera, no solo e nos rios da América Latina

Cientistas alertam para desequilíbrio de nitrogênio na atmosfera, no solo e nos rios da América Latina Impacto humano no ciclo do elemento pode prejudicar ambiente. Brasileiros apontam soluções, mas indicam deficiência em monitoramento.










http%3A%2F%2Fwww.ebc.com.br%2Fsites%2Fdefault%2Ffiles%2Fstyles%2Fconteudo_ckeditor%2Fpublic%2Fgersem_baniwa.jpgAtual projeto de nação não tem lugar para povos indígenas, diz antropólogo da etnia Baniwa

Atual projeto de nação não tem lugar para povos indígenas, diz antropólogo da etnia Baniwa Gersem Baniwa (Foto: Daiane Souza/UnB Agência) Após manifesto de funcionários da Funai por um plano de indigenismo brasileiro, o Portal EBC entrevistou o indígena e doutor emantropologia Social, Gersem Baniwa, que atualmente é professor da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).










http%3A%2F%2Fwww.ecodebate.com.br%2Ffoto%2Fnoticia.jpgDefensoria Pública do Pará pede investigação sobre atuação da Força Nacional em Belo Monte

Defensoria Pública do Pará pede investigação sobre atuação da Força Nacional em Belo Monte A Defensoria Pública do Pará em Altamira encaminhou um ofício ao Ministério Público Federal pedindo investigação sobre a atuação da Força Nacional de Segurança Pública nas obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.










http%3A%2F%2Fwww.ecodebate.com.br%2Ffoto%2Fpodcast.jpgMinistério Público Federal realiza operação contra abate ilegal de carne em cinco estados

Ministério Público Federal realiza operação contra abate ilegal de carne em cinco estados O Ministério Público Federal (MPF) realiza operação em cinco estados brasileiros contra abate clandestino de gado. Foram instaurados um procedimento administrativo e quatro inquéritos civis públicos no Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia para verificar o andamento dos serviços federais de fiscalização e possíveis danos à saúde do consumidor e ao meio ambiente.







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“Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente.”
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DIPLO – OUTRAS PALAVRAS
Boletim de Atualização - Nº 270 - 14/4/2013
Universidade e Metrópole: que projeto queremos
Ao contestarem mudança de campus, professores da UFMG reabrem debate indispensável sobre cidades brasileiras e instituições das quais se espera reflexão, inconformismo e alternativas. Texto coletivo

A revolução e a aurora
Um almirante negro, uma peça-cortejo e um poeta sugerem refletir sobre valor das “cheganças”, na tradição popular e na História. Por Theotonio de Paiva

François Ozon brinca com artimanhas da ficção
Em Dentro de Casa, filme que entrelaça vários planos narrativos, cineastra refere-se a Teorema, enquanto debate questões atuais e atemporais. Por José Geraldo Couto

Ler Primeiro: Os seis dias em que teve lepra
Todos estavam mais preocupados em descobrir o ainda encoberto, exatamente como a camisa escondia a marca que carregava no peito. Por D.L Benette 
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BLOG DA REDAÇÃO
Textos da Escola Livre de Comunicação Compartilhada
Juros: quem quer a alta, e por quê
Para conter a inflação, há outros remédios. Mas oligarquia financeira pressiona: quer voltar a ganhar os mesmos rios de dinheiro de antes. Por Antonio Martins

Rio e SP entre metrôs mais custosos do mundo 
Duas viagens por dia equivalem a quase 10% da renda per capita mensal do brasileiro – o dobro de Paris, cinco vezes mais que em Buenos Aires. Por Bruna Bernacchio

Adeus à pena de morte?
Balanço da Anistia Internacional revela diminuição no número de sentenças fatais em muitos países e aponta tendência a que se mostrem cada vez mais injustificáveis. Por Gabriela Leite

Alerta: lei medieval antidrogras pode ser votada já
PCdoB e PSDB conseguem adiar decisão, mas presidente da Câmara fala em liquidar tema já na terça-feira (G.L.)

Calçadas medonhas: caminho para solução em SP?
Legislativo aprova projeto que estimula proprietários de imóveis a torná-las transitáveis -- e oferece em troca anulação de multas. Funcionará? (B.B.)
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OUTRAS MÍDIAS
Uma seleção de grandes textos publicados na blogosfera independente

Nas quebradas de SP, rede oculta de hortas orgânicas
Cultiva-se em espaços insuspeitos, como topos de oleodutos. Garante-se ocupação e renda sem empregar agrotóxicos. Produtos servem periferia, não supermercados “nobres”. Por Tadeu Breda, na Rede Brasil Atual

Uma alternativa para as obras da Copa
Em Itaquera, próximo do futuro estádio do Corínthians, moradores formulam plano que minimiza remoções, garante melhores condições de vida para todos e assegura moradia digna para quem tiver de se mudar. Por Ciro Barros, na Pública

Construtores de Belo Monte frustram de novo seus compromissos
Reportagem revela: construtora termina 1/3 da obra e prepara turbinas da hidrelétrica -- mas ainda não instalou um quilômetro de rede de esgotos em Altamira. Por Letícia Leite, no site do ISA

Quem pagará a desoneração da folha?
Mudança na tributação previdenciária é positiva -- mas sem substituir atual arrecadação, governo arrisca-se a criar poço sem fundo, que no futuro levará sistema ao colapso. Por Luís Nassif, em seu blog

A cidade e o futuro do mundo, segundo Aaron Swartz
Crônica do The New Yorker sobre vida do grande ativista pela liberdade na internet é magnífica. Mas provavelmente erra sobre verdadeira causa de seu suicídio. Por Rafael Zanatta, em E-mancipação
Boletim de atualização dos sites Outras Palavras Biblioteca Diplô. A reprodução é benvinda. Interessados em recebê-lo devem clicar aqui. Para deixar de receber, aqui. -  Acompanhe nossas novidades também no Facebook e Twitter

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Aepet Direto  15 de Abril de 2013 
          
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Destaque
CARTA DA AEPET AO DIRETOR DE ABASTECIMENTO DA PETROBRÁS
No dia 7 de Março de 2013 a Diretoria da AEPET encaminhou uma carta ao Diretor de Abastecimento da Petrobrás, José Carlos Consensa, sobre o COMPERJ(Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro). Na mensagem são feitos questionamentos à Petrobrás sobre o projeto inicial do Pólo Petroquímico que tinham duas unidades a UPB(Unidade Petroquímica Básica) para processamento de 150 mil barris de petróleo e uma UPA(Unidade Petroquímica Associada) com projeção de entrar em operação em Agosto de 2013 e os atrasos operacionais nestes projetos.(Diretoria da AEPET)
Notícias
 AVISO AOS ASSOCIADOS DA AEPET E PARTICIPANTES DA PETROS
No próximo dia 16 de abril todos os associados da AEPET estão convidados a participar dos esclarecimentos que serão ministrados pelo advogado César Vergara, Assessor Jurídico da FENASPE, da AEPET e dos Conselheiros Eleitos indicados pelo CDPP – Comitê em Defesa dos Participantes da PETROS. A reunião acontecerá no auditório da ABI – Rua Araújo Porto Alegre, 71 – Centro - Rio de Janeiro com inicio previsto para às 17h30 e termino às 20h30. O horário foi definido com vistas a permitir que tanto assistidos como  os participantes da PETROS ainda não aposentados possam comparecer. Participarão do evento o advogado Jorge Safe do Escritório Silva Netto e advogados da Federação Nacional dos Petroleiros(FNP) convidados. Nesta reunião serão sorteados 20 convites, entre os associados da AEPET presentes a reunião, do Filme "O Dia Que Durou 21 anos" sobre o Golpe Militar no Brasil em 1964 do Diretor Camilo Tavares. (FENASPE, AEPET, APAPE E AEPET-BR)
AÇÃO DO GRUPO PÓS-82
A AEPET, conveniada com a AEPET-BR e APAPE, divulga que está formando grupo de participantes da Petros, inseridos no chamado “Grupo Pós-82”, que estão em atividade nas patrocinadoras, para integrarem a ação que será proposta pela APAPE – Associação Nacional dos Participantes da Petros, para eliminar o limite de contribuição ilegalmente mantido. Importante ressaltar que esta ação poderá ser integrada tanto por ocupantes de cargos de nível superior quanto de nível médio.(Diretoria da APAPE)
Petróleo e Política
ELEIÇÃO DA PETROS
Realizada a reunião do CDPP, Comitê em Defesa dos Participantes da PETROS, que congrega as entidades que estão na luta em defesa dos direitos dos participantes ativos e assistidos do nosso fundo de pensão. A representatividade da reunião foi bastante grande, reunindo os sindicatos combativos ligados à FNP - Federação Nacional dos Petroleiros - e a FENASPE, a Federação das Associações de Aposentados, Pensionistas e Anistiados do Sistema PETROS e PETROBRÁS, além dos Conselheiros Eleitos da PETROS, indicados pelo CDPP. Após amplo debate sobre os rumos de nossas lutas, forma definidos o programa e os compromissos a serem assumidos pelas chapas que seriam defendidas pelas candidaturas apoiadas pelo CDPP. Diante de uma lista contendo nomes de 17 valorosos companheiros lutadores da categoria petroleira, fi cou decidido, por consenso, que o CDPP vai indicar aos participantes e assistidos da PETROS as seguintes chapas para disputarem os Conselhos da Entidade: Conselho Deliberativo: Silvio Sinedino (Titular) e Agnelson Camilo(Suplente) Para o Conselho Fiscal: Ronaldo Tedesco(Titular) e Marcos André(Suplente). As eleições para os conselhos da Petros irão ocorrer entre os dias 13 e 27 de maio, sendo que, apesar dos protestos dos nossos conselheiros deliberativos eleitos, não haverá voto por correspondência, podendo apenas o eleitor exercer seu direito de votar pela internet ou telefone.(Blog dos Conselheiros Eleitos da Petros/Redação)
 CONVÊNIO INSS/PETROS ESTABELECIDO. FALTA SANAR PENDÊNCIAS.
No início deste mês o Diário Oficial publicou a consolidação do Convênio firmado entre o INSS e a PETROS. Este Convênio INSS/PETROS foi estabelecido para suprir a carência dos participantes ativos e assistidos da PETROS após o rompimento irreversível do Convênio entre o INSS e a Petrobrás. Os Conselheiros Eleitos e as entidades do CDPP agiram rápido na defesa dos interesses dos participantes da PETROS. A ASTAPE/Bahia, associação que congrega aposentados e pensionistas do estado da Bahia, e o Conselheiro Eleito da PETROS, Epaminondas Mendes de Souza, encaminharam o problema para a esfera superior do Governo Federal. Neste contato, foi firmado o compromisso que a Petrobrás e o INSS iriam empenhar todos os recursos para que os assistidos da PETROS não tivessem qualquer prejuízo provoca do pelo episódio. Além de iniciativas conjuntas para o estabelecimento de um novo convênio.(CONSELHEIROS Eleitos da PETROS Paulo Brandão e Ronaldo Tedesco)
COTAÇÃO DO PETRÓLEO

O barril Tipo Brent estava em US$ 103,02 em Londres nesta 6ª feira(12/04). Por seu lado o óleo leve negociado em Nova Iorque foi para US$ 92,29 o barril. (Infomoney)
http://www.aepet.org.br/hotmailing/clientes/aepet/cotacao_petroleo_abril_2013.jpg
Notícias importantes dos últimos "AEPET Diretos":
COMENTÁRIOS DE SOTOMA A SOBRE A REFINARIA DO CEARÁ.(LEIA MAIS)
AUDIÊNCIA DA AEPET COM O MINISTRO DO TCU.(LEIA MAIS)
DISCURSO DO SENADOR ROBERTO REQUIÃO.(LEIA MAIS)
FERNANDO SIQUEIRA PARTICIPA DE DEBATE NO MÉXICO.(LEIA MAIS)
ENTREVISTA DO PROFESSOR ILDO SAUER.(LEIA MAIS)
O VETO AOS ROYALTIES DO PETRÓLEO.(LEIA MAIS)
"AEPET Notícias" - Leia os boletins mais recentes
AEPET NOTÍCIAS 397(LEIA MAIS)
AEPET NOTÍCIAS 396(LEIA MAIS)
Pergunte a AEPET
A AEPET agora tem um link de interatividade. Para fazer perguntas para a AEPET é só dizer o seu nome, o seu email e se você é sócio ou não da nossa entidade. Para saber mais entrar em contato com o link: (Pergunte à AEPET)
Fique por Dentro
Livros  | Palestras  (Aqui você poderá ler na íntegra a Palestra que Fernando Siqueira, vice-presidente da AEPET e a Auditora Fiscal, Maria Lúcia Fatorelli apresentaram no Clube de Engenharia - na Cúpula doa Povos - Rio+20). A Palestra também teve a participação de Luiz Pinguelli Rosa; ela foi filmada e você também poderá assisti-lá aqui
Aepet na Mídia  |  http://www.aepet.org.br/hotmailing/clientes/aepet/face.jpg  |   Acervo  |    http://www.aepet.org.br/hotmailing/clientes/aepet/flivre.jpg   |    http://www.aepet.org.br/hotmailing/clientes/aepet/blog.jpg  |     http://www.aepet.org.br/hotmailing/clientes/aepet/debate_brasil.jpg  
Benefícios
Comunicado aos sócios da AEPET
AO SE APOSENTAR, CONTINUE SÓCIO DA AEPET 
O petroleiro e associado da AEPET, ao se aposentar, pode continuar nos quadros da Entidade. Para tanto, deverá assinar e encaminhar a nova autorização de desconto à Petros, garantindo sua permanência na AEPET e desfrutando dos benefícios oferecidos pela Entidade. E mais: continuará contribuindo com a luta em defesa do Sistema Petrobrás e seu corpo técnico e da soberania do Brasil sobre o seu petróleo. Continue na AEPET e convide os seus amigos para que se associem. 
 Ligue 
(21) 2277-3750 ou associe-se agora mesmo. 
*Confira os benefícios oferecidos pela AEPET. 
Valor da mensalidade R$ 46,64.
Av. Nilo Peçanha, 50 – Grupo 2.409 – Centro
Rio de Janeiro – RJ – CEP: 20.020-100
Telefone: 21 2277-3750 – Fax: 21 2533-2134
E-mail: aepet@aepet.org.br
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