segunda-feira, 27 de maio de 2013

COLUNA DO PAULO TIMM(Torres-RS) - DROPS maio, 27



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A VERTICALIZAÇÃO DAS CIDADES

Por Paulo Timm – Especial para A FOLHA/Torres 16 de maio 2013

 Nota - O admin deste site não aceitou os quadros com números, os quais podem ser vistos, no artigo completo clicando acima, em DROPS.

Divulgada nessa semana - Jornal O Globo, - pesquisa que mostra onde moramos nas cidades brasileiras. O objetivo é mostrar quantos de nós moramos em apartamento. Este indicador demonstra o dinamismo do mercado imobiliário nas cidades e aponta para novas políticas públicas municipais voltadas à verticalização.

O resultado é surpreendente: Porto Alegre, tem 37,7% de sua população morando em apartamentos, o segundo maior dos maiores coeficientes do país, pouco inferior ao de Vitória, com 38%.

Comparativamente ao interior do Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre também desponta na verticalização. 

A que lhe chega mais perto, paradoxalmente, é Veranópolis, na Serra, uma cidade conhecida pela longevidade de seus moradores, com 20,1%. Aparentemente, não se comprova, pois, aquela idéia de que a geração dos nossos avós prefere a tranquilidade de boas casas com hortas e quintais. Nós, velhinhos, queremos mesmo  é facilidades, principalmente as donas de casa, cansadas das limpezas caras e extenuantes, as cozinhas sem hora, a sujeira dos pátios...

Comparando o Litoral e a Serra, vê-se, no quadro abaixo, que a Serra é mais verticalizada que o Litoral, o que se explica pelos veraneios. Os apartamentos em cidades como Torres, com índice até alto de verticalização – 11,6% - , só inferior ao de Capão, estaria, talvez, mais relacionado às oportunidades de investimentos do que propriamente veraneio. Deu para ver, no último verão, à noite, muitos apartamentos com luz apagada. Enquanto isto, a farta oferta de terrenos baratos em toda a orla oferece à nova classe média, que não dispõe, ainda de poupança para aplicações, a chance de veraneios confortáveis e relativamente baratos.

A questão da verticalização das cidades é sempre polêmica. A consciência ingênua, saudosista, como eu,  a critica. Não vivo sem mexer na terra todo o dia... Os engenheiros a defendem por ser uma forma mais econômica,em termos de infra-estrutura e serviços urbanos. Prognósticos futuristas, inclusive, já mostram plantas de edifícios-cidades, com a capacidade de abrigar 100 mil habitantes, a custo baixíssimo.

Quem viver, enfim, verá...

Porcentagem da população que vive em apartamentos no RS:

 tabela1

Paulo Timm é Economista e Prof.da Universidade de Brasilia e reside em Torres –www.paulotimm.com.br

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