sexta-feira, 31 de maio de 2013

Sayonara(QUARAÍ-RS) - EDUCAÇÃO -A criatividade e o processo de ensino e aprendizagem








A criatividade e o processo de ensino e aprendizagem


Sumário

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1 INTRODUÇÃO

Esta pesquisa tem como objeto de estudo a criatividade dos educandos como recurso potencial para a aprendizagem no contexto da sala de aula. A finalidade deste trabalho é propor estratégias pedagógicas de estímulo à criatividade dos educandos no primeiro ciclo (1ª e 2ª séries) do Ensino Fundamental. Para tanto, se faz necessário compreender o verdadeiro papel da profissão docente, a fim de lançar mão de métodos e recursos diversificados e enriquecedores para a prática pedagógica criativa. Neste sentido, a criatividade pode ser entendida como método ou recurso de aprendizagem.

Do contrário, estaremos validando uma prática arbitrária e descontextualizada às necessidades dos educandos. Pois, muitas vezes nos perdemos em nossa ignorância e fortalecemos o que Paulo Freire (1983) chamaria de pedagogia dos dominantes onde a educação existe como  prática da dominação.  

O educador faz “depósitos” de conteúdos que devem ser arquivados pelos educandos. Desta maneira a educação se torna um ato de depositar, em que os educandos são os depositários e o educador o depositante. O educador será tanto melhor educador quanto mais conseguir “depositar” nos educandos. Os educandos,  por sua vez, serão tanto melhores educados, quanto mais conseguirem arquivar os depósitos feitos. (FREIRE, 1983, p. 66).


A criatividade tem um papel fundamental quanto ao desenvolvimento cognitivo e moral dos educandos, pois favorece o desenvolvimento do ser humano dentro de uma perspectiva sócio-interacionista, que permite ao sujeito expressar-se e construir o seu conhecimento, encontrando no educador a figura de um mediador para o estabelecimento das relações homem/mundo/cultura, além de possibilitar a resolução de problemas no cotidiano, fortalecendo-o quanto à percepção e o estímulo ao desenvolvimento da aprendizagem social para o seu crescimento e atuação sobre o mundo.

Contudo, para que ocorra esse desenvolvimento ele necessitará de um ambiente favorável, para que possa expressar e desenvolver potencialmente a criatividade. Portanto, o educador tem o papel de mediar esse desenvolvimento, uma vez que a criatividade é algo intrínseco ao ser humano. Os prováveis conceitos e teorias sobre a criatividade, apenas constituem um meio para a criação deste ambiente. No entanto, precisamos reformular e resignificar a nossa prática de ensino alicerçada em uma consciência que favorecerá e valorizará o pensamento criativo dos nossos educandos/as e educadores/as, pois é mais provável termos educandos criativos se tivermos educadores/as criativos.

A teoria das Inteligências Múltiplas é um fator importante neste processo, principalmente em relação aos procedimentos que se deve adotar no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, é uma visão ao mesmo tempo nova e necessária, que deve ser seguida sem os rigores que travam qualquer processo de aprendizagem e de criatividade do indivíduo, mas que permitam uma nova concepção de avaliação da real aprendizagem.

O nosso papel como educadores é a formação de cidadãos conscientes e críticos, uma vez que o ensino produtivo diferencia-se na sua concepção essencialmente por possibilitar o desenvolvimento da personalidade para fomentar a criatividade dos estudantes, e ser capaz de transformar a realidade em seu contexto de atuação, levando-os à avaliação e auto-avaliação com o objetivo de reflexão constantemente sobre o seu nível de desenvolvimento.

Neste sentido, interessa-nos questionar: quais estratégias de ensino-aprendizagem são capazes de estimular a criatividade dos educandos no contexto da sala de aula? A fim de responder este questionamento, utilizaremos como subsidio teórico desta pesquisa as obras de Gardner (1995); Guilford (1967); Alencar (1998); Vygotski (1996), dentre outros. Além de suscitar a compreensão sobre o processo criativo, estabelecendo uma conexão entre inteligência e criatividade, referencial teórico às concepções de Lévy (1999), Ivônio Nunes (1992), Cipriano Luckesi (1997).
A técnica de pesquisa utilizada foi a documentação indireta, na qual recolhemos informações mais aprofundadas sobre o objeto de estudo através de pesquisa bibliográfica, com o intuito de consolidar sua fundamentação teórica (LAKATOS; MARCONI, 2001).

Para tanto, organizamos o presente trabalho em quatro capítulos, a saber: introdução; Tecendo conceitos sobre a criatividade; inteligência e criatividade: algumas interseções; a criatividade e o processo de ensino-aprendizagem.

O primeiro capítulo aborda a criatividade e sua importância, diferentes perspectivas teóricas do seu conceito e a importância de se criar espaços que possibilitem o desenvolvimento, sendo que para isso é necessário que o educador proponha-se a estudar e se qualificar possibilitando um ambiente de sala de aula propício ao desenvolvimento da criatividade.

O segundo capítulo foca a criatividade como recurso de auxílio ao desenvolvimento das inteligências múltiplas, compreendendo a relação da inteligência com a criatividade, dentro desta perspectiva verificaremos a importância da avaliação como recurso para identificar e sanar as dificuldades dos alunos, buscando, assim meios criativos e inteligentes que possibilitem essa superação. O terceiro e último capítulo se refere ao processo de ensino-aprendizagem da criança através da criatividade e o importante papel que o educador desempenha neste processo.


Leia na próxima Edição:


2 CAPÍTULO I - TECENDO CONCEITOS SOBRE A CRIATIVIDADE

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