Drops março 06 – A MORTE DE CHAVEZ E A A.LATINA
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BROCARDOS
Em tempo de murici, cada um cuida de si.
..
Rejane Xavier
Murici é uma fruta abundante no Nordeste, e a frase ficou imortalizada em "Os Sertões", do Euclydes da Cunha, proferida por um certo coronel Pedro Tamarindo, membro da coluna de Moreira César na Guerra de Canudos. Depois da morte de César, no dia 2 de março de 1897, caberia a Tamarindo assumir o batalhão, mas, com medo, ele abandonou a tropa. Na fuga, questionado por um soldado, explicou-se: "Em tempo de murici, cada um cuida de si". Ou seja, aproveitando a rima que a fruta da estação permitiu naquela hora, ele quis dizer que, no aperto, cada um que se vire sozinho. Agora, o destino do coronel, que bem poderia servir de advertência à nossa covarde oposição: O coronel foi abatido horas depois, quando transpunha o Córrego do Angico. Seu corpo foi recolhido pelos inimigos, empalado e erguido num galho, para assustar os imprudentes que porventura ainda viessem a ousar uma nova expedição.
NOTÍCIA EM DESTAQUE : A MORTE DE CHAVEZ E A AMÉRICA LATINA
| ECONOMIA AMERICA LATINA -Coluna do Timm : RAÍZES DA A.L. & BONS INDICADORES E RISCOS DO OTIMISMO. Argentina revisitada. E o legado de G.O' Donnel |
COLUNA DO P. TIMM - RAÍZES DA AMÉRICA LATINA
A morte do Presidente Hugo Chavez, faltando cinco minutos para as seis de tarde do dia 05 de março de 2013 impõe uma reflexão além do caráter de seu Governo e da própria Venezuela, mas das divisões políticas na América Latina.
América Latina era- e continua sendo- uma vaga expressão, sem definição legal ou estatutária, quase um estado de espírito.
A expressão América Latina foi utilizado pela primeira vez em 1856 pelo filósofo chileno Francisco Bilbao[10] e, no mesmo ano, pelo escritor colombiano José María Torres Caicedo;[11] e aproveitada pelo imperador francês Napoleão III durante sua invasão francesa no México como forma de incluir a França — e excluir os anglo-saxões — entre os países com influência na América, citando também a Indochina como área de expansão da França na segunda metade do século XIX.[12] Deve-se também observar que na mesma época foi criado o conceito de Europa Latina, que englobaria as regiões de predomínio de línguas românicas.[13] Pesquisas sobre a expressão conduzem a Michel Chevalier, que mencionou o termo América Latina em 1836, durante missão diplomática feita aos Estados Unidos e ao México.[14]
Ao final da Segunda Guerra Mundial, a criação da CEPAL, órgão das NAÇOES UNIDAS para a America Latina, consolidou o uso da expressão como sinônimo dos países menos desenvolvidos dos continentes americanos, e tem, em consequência, um significado mais próximo da economia e dos assuntos sociais.[15]
Éramos , e somos, pois, um só continente, vagamente identificado como América Latina, mas no qual pululam, até nossos dias, situações geográficas, históricas e culturais muito distintas.
II
A primeira grande diferença vem da era pré-colombiana.
Há uma América Latina herdeira das grandes civilizações maia, asteca e inca, tidas como dentre as mais significativas na História da Humanidade, que se estendia ao longo da Cordilheira dos Andes até a Meseta Mexicana, enraizada em grandes contingentes indígenas. Elas foram conquistadas pela Espanha, que lhes impôs um jugo brutal, mas jamais desapareceram em vestígios. Eram mais de dez milhões de pessoas contra um punhado de administradores. Perderam a batalha da conquista, mas mantiveram a tensão do encontro entre civilizações.
E há América Latina implantada pelas potências coloniais, Portugal e Espanha, sobre áreas menos povoadas e mais pobres, as quais também se diferenciariam muito, tanto pela matriz das instituições coloniais de cada um destes países , como pelo processo de ocupação.
A portuguesa, no Brasil, operou numa vastidão territorial sobre a qual sobrepujou a presença indígena pelo tráfico negreiro. Um terço, aproximadamente, da população do Brasil na época da Independência, quando éramos pouco mais de 3 milhões de almas, se constituíam de escravos negros e índios:
O número de índios (os que foram contados) e africanos eram muito próximos, cerca de hum milhão. Indios eram nativos da terra, estavam mais misturados aos portugueses depois de três séculos, produziam alimentos e eram vaqueiros. Africanos eram estrangeiros, mais restritos às culturas de exportação é às zonas de exploração de ouro e diamantes. O pardo português tinha tríplice origem: o índio, o negro e o árabe.
Ceci Juruá – Economista, RJ - Observação pessoal
A hispânica , não tão vasta, ocorreu sobre as extremidades- platina e andina- do Reino Inca, vindo a formar o Chile, a Argentina e o Uruguai. E tal é a diferença entre as áreas hispânicas com forte ou mais fraca presença indígena anterior a Colombo que Evo Morales, Presidente da Bolívia, orgulha-se de sua ascendência indígena, enquanto Pepe Mojica, Presidente do Uruguai, disse em recente entrevista: “Estou farto de ser gaúcho, quero ser uruguaio...”
De qualquer forma, a América Hispânica, malgrado suas diferenças, é essencialmente diferente de América Lusitana. E não por causa do idioma, que até as une, mas pela evolução que cada uma viria a ter a partir do descobrimento. A primeira, objeto de conquista militar; a segunda, mera ocupação. A hispânica literalmente saqueada em suas riquezas minerais; o Brasil, objeto de montagem de um empreendimento colonial. Quando se quebra o Pacto Colonial, nas Guerras Napoleônicas, que levariam suas tropas à ocupação das metrópoles da América Latina na Península Ibérica, deixando-as à deriva, instaura-se um processo também muito diferente entre as colônias espanholas e portuguesas. A hispânica passará por um processo de independência mais tortuoso do que o do Brasil, onde houve uma simples transferência de Poder, negociada no interior da própria casa de Bragança. Mas os hermanos a viveram e a sonharam com mais intensidade, sob a forma republicana, embora com grandes conflitos internos, nos quais desponta , de um lado a figura de Simón Bolivar, como o Libertador, sonhador de uma só pátria latinoamericana e seus pares, como San Martin , Ponce e mais tarde Sarmiento, francamente afiliados à ideia da europeização do continente.
“ Bolívar fue el primero en liberar los esclavos de su familia, aun antes de prometérselo a Petión líder de la República de Haití que costeara parte de los gastos del ejército de Bolívar., sino en el sentido de que al tiempo que Bolívar iba destruyendo el orden virreynal, iba creando las condiciones para la liberación de las potencialidades de esa burguesía que reclamaba su lugar en la historia. Los Libertadores no solo se enfrentaron a los absolutistas, sino que también enfrentaron a esa pequeña burguesía liberal librecambista (a la cual pertenecían, en el caso de nuestro país, los próceres de Ponce: los Rivadavia, los Mitre, los Sarmiento) que estaban comprometidos con el librecomercio inglés, en desmedro del incipiente capitalismo americano y que fieles a él hasta las últimas consecuencias, le dieron la espalda al Congreso Anfictiónico de 1826, sumieron a la América toda, en la guerra civil, desmembraron la unidad político-cultural que constituía la “América antes española”, en una multitud de pequeños estados, que fueron pasto fácil del imperialismo anglosajón, primero y del estadounidense después.”
A verdade é que nossas elites continuavam formando-se intelectualmente na Europa, mas pouco sensíveis às questões lá suscitadas pela industrialização nascente. Sua grande bandeira de luta comum era contra o absolutismo, ( sequer quanto à forma republicana ou monárquica, que viesse a assumir, desde que Constitucional) e sua grande divisão era quanto aos caminhos da soberania e do progresso. Uns, mais ousados, já procuravam um caminho autóctone para seus países; outros viam na Europa o modelo a ser seguido. Ambos, contudo, eram desconfiadas frente à experiência norte-americana, que nunca disse muito respeito à História da América Latina. Um autor contemporâneo, Richard Morse , no seu livro “O Espelho de Próspero”, insiste, inclusive, na tese sobre a origem cultural deste desencontro histórico: os norte-americanos sempre vêem o sul do Rio Grande como um caso frustrado de desenvolvimento, enquanto os latinoamericanos vêem os Estados Unidos como um caso frustrado de realização humana. Diferenças de origem na percepção das questões fundamentais da humanidade, que até hoje, dificultam o diálogo Norte-Sul no Continente.
Foi precisamente este desencontro entre a aspiração nacional e formas de construi-la, que foi aprofundando, cada vez mais, o confronto ideológico no Continente , que nunca foi, rigorosamente, o mesmo que o da Europa. O que não quer dizer que não se tenha nutrido -metologicamente- dele, ao longo do século XX. Lá, o conflito capital/trabalho, aguçado pela industrialização, instigado pelo marxismo, apontava para a disjuntiva capitalismo x socialismo. Aqui, o continente dilacerado pela Conquista, pela colonização e pelo “mercantilismo” inglês, debatia-se para se erigir soberanamente, salientando o conflito nação x imperalismo, este alimentado pelo liberalismo. Não por acaso, portanto, quase sempre os nacionalistas acabassem em luta fratricida contra os liberais.
. QUE SOMOS, BOLIVARIANOS O SANMARTINIANOS?
Mariano Grondona
O ensaista argentino Mariano Grondona traça interessante paralelo entre a visão de Simón Bolivar - modelo político personalista, da chamada "presidencia perpétua" substituindo o mando de uma pessoa (o rei espanhol) por um caudilho latinoamericano - e a visão do libertador argentino José de San Martin - modelo político institucionalista,não a reeleições sucessivas. Estará a América Latina vivendo hoje um novo confronto entre os projetos "bolivarianos" e os "sanmartinianos ? Uma pergunta que pode provocar respostas diferenciadas mas que estimulará, sem dúvida, uma importante discussão. ¿Qué somos, bolivarianos o sanmartinianos? Mariano Grondona Cuando Simón Bolívar y José de San Martín se reunieron en Guayaquil en 1822, no se sentaron frente a frente sólo dos generales victoriosos unidos por el mismo ideal de la independencia americana, sino también los portadores de dos concepciones opuestas del poder. Bolívar y San Martín fueron dos personalidades tan extraordinarias que Plutarco (46-119) no habría vacilado en incluirlos en sus famosas Vidas paralelas . Cuando América se emancipó, el nuevo continente tuvo que llenar el vacío de poder que le dejaba el tumultuoso alejamiento de sus tutores europeos. Para remediar esta carencia, surgieron dos modelos políticos. Uno personalista, el de Bolívar. Otro institucional, el de San Martín.
Mas se não tivemos Plutarco, tivemos Jorge Luis Borges, quem, para gáudio dos tradicionalistas riograndenses, que se gabam das proezas de gaudérios ancestrais, percebeu a grandeza épica do gaúcho retratado em Martin Fierro, como expressão das raízes latinoamericanas, colocando-o ao lado da Odisséia...
A partir, pois, das divergências originais entre Bolívar e seus pares, dois “ícones” acabariam assentando as bases do pensamento e ação para o que viria a ser o século XX: José Marti, inflamado publicista cubano, que viria a morrer em conseqüência de ferimentos em combates sofridos no México, e Domingo Sarmiento, vigoroso intelectual argentino que viria a ser respeitável político conservador na Presidência daquele país.
Marti (1853 - 1895) entende a salvação da América Latina, afirmando sua geografia, sua gente, seus valores.“Crear es la palavra de base de esta generación”, proclama em artigo publicado no “El Liberal”, em 27 de setembro de 1989. É um rebelde. Mais que isto, um apólogo da rebeldia: “El primer criollo que le nasce al español, el hijo de la machinche, fué em rebelde”, conforme discurso pronunciado na Sociedade Hisponamericana, em 19 de dezembro de 1889, na homenagem aos delegados à Conferência Internacional Americana de Washington.
Para Marti, “conecer es resolver”:
“Conocer el país es gobernarlo conforme al movimento, el único modo de librarlo de tiranias, mas mata su hijo en America del Sur quién le da mera educación universitaria”.
Diversas gerações de intelectuais latino-americanos tomariam os conselhos de Marti ao pé da letra, recusando-se a freqüentar os bancos universitários, certos de que homens naturais venceriam letrados artificiais. Com efeito, para Marti, o bom governante na América não seria o que sabe como se governa, assim como o alemão ou o francês, mas o que sabe com que elementos está feito seu país e como pode ir trabalhando em conjunto para chegar, por métodos e instituições nascidas do próprio país, àquele estado desejável, onde cada homem se conhece e cresce, onde desfrutam todos da abundância que a Natureza pôs à disposição de todos, na terra que fecundam com seu trabalho e defendem com suas vidas.
Já Sarmiento (1811 - 1888) é o oposto. É o homem ilustrado, com formação jesuíta, positivista, com olhos vidrados no modelo “civilizado”. O título de seu principal livro é ilustrativo: “Barbarie o Civilización em La República Argentina”, publicado em Madri no final do século, resultado de um conjunto de artigos publicados no diário “El Progresso”, em 1845. Para ele, o atraso estava na ignorância das massas “creollas”, e o progresso ficava condicionado à possibilidade de educá-las de forma a reconhecer a importância dos valores e instituições da Europa. Sarmiento ataca a ditadura de Rosas, que se sustenta pela brutalidade do “el que no está conmigo, es mi enemigo”. E onde denuncia uma educação doméstica “señorial” (pag. 294 - Facundo - Ed. Cidade). Sarmiento não suporta o uso da violência do campo como meio para domar a cidade. Prefere a autonomia civilizadora da própria cidade. O americanismo (latino) tão caro a Marti, era um estorvo para Sarmiento.
“Todo lo que de bárbaro tenemos, todo lo que nos separa de la Europa alta, se muestra desde que la República Argentina a organizado un sistema y disputa a parte de los pueblos de procedencia europea”.
Ele pretende, então, “salvar” a Argentina, tirando-a da barbárie do campo e dotando a cidade de instituições civilizadas. Sarmiento quer “branquear” seu país e toma os Estados Unidos como um exemplo de pureza racional e institucional a ser seguido. Já Presidente da Argentina, transformou essas idéias em realidade, com um extraordinário projeto educativo a partir da Escola Normal do Paraná, ao qual agregou o impulso à imigração italiana que ir-se-ia concentrar em Buenos Aires. Como afirma em “El Proyeto de Sarmiento y sua vigência”, in Cadernos Americanos, nº 13, México 1989:
“Habia que realizar una mera emancipación, la emancipación mental, lo qual implica anular la justaposición impuesta, anulando sus componentes: anular el español, el indigena, el africano, los hábitos y costumbres heredados de la conquista, pero igualmente lavar la sangre de etnias que haviam mostrado su incapacidad para la civilización”.
Marti e Sarmiento são dois grandes personagens do seu tempo. Eles lançam luzes para o entendimento dos rumos atuais da política na América Latina .
Marti, cubano, antecipa um revolucionário Fidel Castro, com roupagens marxistas, como “paladino do populismo”, como o classifica Florestan Fernandes, na crítica feroz à submissão aos modelos ocidentais. E justifica Hugo Chavez.
Sarmiento, argentino, antecipa o conservadorismo esclarecido de Fernando Henrique Cardoso, hábil condutor, em seu Governo de um alinhamento incondicional à globalização. E explica Vargas Llosa.
Duas linhagens ideológicas, portanto, vão se desenhando no Continente, desde Bolivar x San Martin, passando por Marti x Sarmiento, chegando até o Século XX, quando se enriquece com novas fontes de inspiração e novas realidades geopolíticas.
III
A linhagem da rebeldia vai sempre ao encontro do grande povo em busca da recuperação de sua ancestralidade. Nutre-se de versos e recorrências heróicas reais, como Tupac Amaru, ou ficcionais, como Martin Fierro, ambas mitificadas. Publicado no fim do século 19, Martín Fierro é um poema épico em que o José Hernández protesta contra as tendência europeizantes do mencionado Domingo Sarmiento, então. Em duas partes, a obra evoca a colaboração dos” gaúchos” na luta pela independência do país – (Antonio Gonçalves Filho – O Estado de São Paulo- 6 de julho 2008 – transcrito em - http://blogdofavre.ig.com.br/tag/facundo/)
Os primeiro versos do Martín Fierro
1
Aquí me pongo a cantar
Al compás de la vigüela, Que el hombre que lo desvela Una pena extraordinaria Como la ave solitaria Con el cantar se consuela.
2
Pido a los Santos del Cielo
Que ayuden mi pensamiento; Les pido en este momento Que voy a cantar mi historia Me refresquen la memoria Y aclaren mi entendimiento.
3
Vengan Santos milagrosos,
Vengan todos en mi ayuda, Que la lengua se me añuda Y se me turba la vista; Pido a Dios que me asista En una ocasión tan ruda.
4
Yo he visto muchos cantores,
Con famas bien obtenidas, Y que después de adquiridas No las quieren sustentar: Parece que sin largar Se cansaron en partidas.
5
Mas ande otro criollo pasa
Martín fierro ha de pasar, Nada la hace recular Ni las fantasmas lo espantan; Y dende que todos cantan Yo también quiero cantar.
Em contraparte, a linhagem liberal-conservadora tinha – e segue tendo - um projeto de reeditar na América Latina os ideais e realizações da Europa, centro do mundo civilizado. Prefere a razão instrumental à poesia e se debate com o a dificuldade para romper com a ortodoxia de suas imagens idealizadas. Como não possui nutrientes emotivos internos que a legitimem em suas aspirações de liderança, fracassa em realizá-la sob os auspícios da liberdade, que tanto proclama. Teve êxito essa proposta quando a política no continente se concentrava nas mãos de uma pequena fração da população proprietária e letrada , num tipo de democracia de notáveis, cujos exemplos marcantes são o II Império e República Velha, no Brasil, e os anos ditos San Martinianos do período áureo argentino.
“La Argentina del
impar crecimiento económico de fines del siglo XIX y de principios del siglo XX, en suma, no fue bolivariana sino sanmartiniana”.
(Mariano Grondona in “Que somos, bolivarianos o sanmartinianos”)
Mas quando o processo eleitoral se estende para o conjunto da população, nas últimas décadas do século XX , e a incorpora à vida política de cada país, o conservadorismo, estranhamente liberal, sucumbe. É sistematicamente derrotado nas urnas e se vê na tentação de dar todo o suporte aos regimes ditatoriais mais sangrentos do continente, em conluio com interesses internacionais: ditaduras recentes do Cone Sul, cujos germens já estavam em Fulgencio Batista , Somoza e Stroessner,
Curiosamente, mesmo com estes pecados, este conservador-liberalismo proclama uma vantagem sobre a vertente creolla: Diz-se Republicano, no que isso tem de valorização da coisa pública e suas instituições, enquanto los de abajo, no poder, atropelam-nas na esteira do projeto de Presidência perpétua, defendido por Bolivar, com os recursos supostamente condenáveis da manipulação das massas, a que denominam “populismo”.
Aqui, uma imperativa digressão.
O curso do século XX, com acelerada incorporação de mercados fornecedores à industria dos países centrais não altera substancialmente o tronco fundamental da divisão político-ideológica da América Latina – nação x imperialismo - , mas lhe entrega novos ingredientes. A população cresce enormemente e é empurrada para as cidades, onde se inicia um lento processo de substituição de importações pela fabricação local. A velha estrutura oligárquica não suporta o peso desta mudança e o continente inteiro reverbera a necessidade de grandes mudanças capazes de atender necessidades básicas de reprodução destes contingentes. É o século, também, da afirmação do marxismo na Europa, com a importante tomada do poder pelos bolcheviques na Russia , daí surgindo um verdadeiro tsuname ideológico que contamina os movimentos populares do mundo inteiro, América Latina incluso. Mas o comunismo que professam é uma Filosofia, de forte caráter militante mas pequena penetração numa cultura mágica, marcadamente religiosa, vazada de soberania pátria pelos longos anos de hegemonia conservadora-liberal e distante do manancial libertário secular. Excede-se em argumentos. Perde-se em retórica. Carece de carisma para se comunicar às massas pelo coração. Poucos líderes comunistas – J.C. Mariátegui, fundador do PC no Peru, talvez seja uma exceção- , se deram conta do que estava realmente ocorrendo no continente. Mais das vezes, ou ficaram a reboque dos acontecimentos – como em Cuba -, senão contra a maré da história, ou deixaram de cumprir um importante papel sinérgico neste processo.
O México, pela precocidade de sua Revolução Agrária, logo no início do sec. XX, ficou literalmente à margem deste encontro do radicalismo libertário continental com o radicalismo europeu expresso pelo marxismo importado. A maioria dos Partidos Comunistas na América Latina é posterior à década de 20. No Brasil, data de 1922. No começo, aliás, há um inevitável estranhamento de linguagens, métodos e horizontes. Relembre-se que há um famoso verbete escrito por Marx sobre Bolívar, condenando-o. De outra parte, já a partir da década de 30 o Movimento Comunista Internacional filia-se ao princípio do internacionalismo proletário que significava a defesa intransigente da Uniáo Soviética, acima de qualquer proclamação nacional. Tudo isto contribui para o difícil aproximação.
O exemplo mais claro desta divergência ocorre no Brasil.
Luiz Carlos Prestes, grande líder tenentista, no bojo das aspirações de modernização do país contra uma República Oligárquica que se mostrava incapaz de abrir horizontes políticos e econômicos para uma população em rápido crescimento nas cidade, adere ao comunismo no exílio, no final da década de 20 e se mantém afastado dos acontecimentos que desembocarão na Revolução de 30. – “Esta não é a minha Revolução” , teria ele respondido a Getúlio Vargas, quando este lhe oferece um lugar destacado no movimento. Não só não apóia a Revolução de 30 como move, de longe, uma forte oposição ao regime que se lhe segue, culminando na tentativa fracassada do putsch de 1935, de triste memória. E mesmo tendo sido Prestes um dos mais destacados defensores do “Queremismo” ao sair da cadeia, em 1945, defendendo a manutenção de Vargas no comando da convocação da Constituinte , não lhe deu o apoio, mais tarde, quando este mais o necessitava: no fatídico agosto de 54. Ou seja, Prestes, malgrado sua respeitável dignidade, e os comunistas, erraram feio no Brasil, isolando-se de um movimento de grande profundidade que se desenrolava naquele momento e isolando-o de um importante segmento da corrente revolucionária mundial. Não compreenderam o que , mais tarde, Caio Prado Jr. em A Revolução Brasileira, consagraria como entendimento da Revolução, não a tomada do poder, mas o processo que lhe subjaz:
“Revolução” em seu sentido real e profundo, significa o processo histórico assinalado por reformas e modificações econômicas, sociais e políticas sucessivas, que, concentradas em período histórico relativamente curto, vão dar em transformações estruturais da sociedade, e em especial das relações econômicas e do equilíbrio reciproco das diferentes classes e categorias sociais. O ritmo da História não é uniforme. Nele se alternam períodos ou fases de relativa estabilidade e aparente imobilidade, com momentos de ativação da vida político-social e bruscas mudanças em que se alteram profunda e aceleradamente as relações sociais. Ou mais precisamente, em que as instituições políticas, econômicas e sociais se remodelam a fim de melhor se ajustarem e melhor atenderem a necessidades generalizadas que antes não encontravam devida satisfação. São esses momentos históricos de brusca transição de uma situação econômica, social e política para outra, e as transformações que então se verificam, que constituem o que propriamente se há de entender por “revolução”
Não foi muito diferente na Argentina. O advento do peronismo, como fenômeno de massas ultrapassou de longe a capacidade dos comunistas de se situaram na vanguarda da História. O dia 17 de outubro, lá venerado, vem a calhar como momentum de reflexão e referência.
“Haciendo memoria....
Por aquellos años, el presidente, general Edelmiro Farrell nombró al coronel Juan Domingo Perón secretario de Trabajo y Previsión, ministro de Guerra y Vicepresidente de la Nación, cargos en los que desempeñó una intensa actividad. Perón como secretario de Trabajo y Previsión se ganó la lealtad de los obreros, a través de importantes medidas, como numerosos aumentos de salarios, y proyectos que poco después se concretarían, como la Justicia de Trabajo o el pago de las vacaciones y el aguinaldo. Lo cual explicaba movilizaciones populares que se produjeron el 17 de octubre de 1945. Según algunos historiadores, el sindicalismo argentino, hasta entonces desanimado por las propuestas de lucha de comunistas y socialistas, se aproximó a las soluciones reales y concretas que les ofrecía Perón. Pero el 8 de octubre de 1945, el general Avalos pidió a Farrell que destituyese a Perón, quien fue detenido y llevado a la isla Martín García, y luego al Hospital Militar. Disconformes con la medida amplios sectores populares marcharon a Plaza de Mayo y reclamaron la libertad de su líderes. Desde las primeras horas de la mañana del 17, comenzaron a llegar columnas de manifestantes con banderas y pancartas a la Plaza de Mayo que venían desde Avellaneda, Lanús, Banfield, Quilmes, San Martín. Los manifestante se convertirían en todo un símbolo de un movimiento nacional popular, para algunos estudiosos el mas importante de Argentina: El Peronismo. Dada la magnitud de la manifestación y el reclamo de la gente por su líder, los militares se vieron obligados a buscar a Perón para que calmara al pueblo. Esa noche, Perón salió al balcón a tranquilizar al pueblo que lo aclamaba. Y entre cánticos y gritos, agradecido por el apoyo, Perón emitió su discurso. “Muchas veces he asistido a reuniones de trabajadores, y siempre he sentido una enorme satisfacción, pero hoy siento un verdadero orgullo de argentino porque interpreto este movimiento colectivo como el renacimiento de la conciencia de los trabajadores”, señaló.De esta manera, con el 17 de octubre se escribió otra página en la historia de Argentina y se convirtió en día significativo en especial para los partidarios de Juan Domingo Perón que cada año recuerdan la fecha con emotivos actos en todo el país. (Fuente del sitio Saltoenred)”
IV
Vargas e Peron estão já distantes no tempo, mas muito próximos na História. Carregam em suas biografias duas críticas que se reeditam em uníssono por todo o continente, sempre que um líder popular se insinua como alternativa concreta de poder: Carisma e Populismo. Ambas, paradoxalmente, agiornadas em meios marxistas.
Uma das mais respeitáveis economistas do país, Eliana Cardoso, por exemplo aventurou-se, outro dia, em artigo no Estadão a desmontar a imagem pública de Gandhi , líder da Independencia da India, trazendo à tona seus supostos preconceitos sociais, falhas humanas e erros políticos.( “A herança do Carisma”- http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,a-heranca--do-carisma-,943418,0.htm ) Tudo para mostrar o risco dos mitos na Política, decorrentes, evidentemente, do carisma de seus inspiradores. Com que objetivo? Com o claro propósito de mostrar que as fórmulas latinoamericanos de gosto popular , avessas ao modelo europeu de racionalização da vida pública e política, são perigosas, não só à democracia, como ao progresso em geral do continente. Fracassa. Confunde carisma com mito. E esquece de mostrar que o carisma, além de um traço de distinção humana, como o talento ou a inteligência, é um precioso fator de oxigenação nas estruturas burocratizadas das organizações, assim como o empresário no mundo empresarial.
Mais uma sanmartiana...
A crítica ao populismo é mais contundente e metologicamente mais sofisticada. Nem há necessidade de referenciá-la, tão universalizada se tornou: “manipulação das massas”. Nasceu no bom berço na Faculdade de Sociologia de Sáo Paulo como um veredicto condenatório aos Governos Vargas e Goulart, que não teriam sido capazes de oferecer uma perspectiva “conseqüente” às classes trabalhadoras. Vários autores e livros já se dedicaram à verificação da origem primeira do uso da expressão “populismo”no Brasil, mas a versão que importa registrar é a que se consagrou nos livros de Otavio Ianni, Francisco Weffort e vários outros. E que falta de perspectiva seria essa apontada pelos teóricos críticos do “populismo”? A Revolução. Ou seja, uma visão marxista ortodoxa da ação política conseqüente com o indefectível salto ao socialismo. Eis, aqui, de novo, a incapacidade de compreender em profundidade o que significa Revolução na América Latina.
Encerro a digressão sobre carisma e populismo, chamando a atenção de que não se trata de defender acriticamente todas as experiências tidas como de condução carismática e populista na América Latina , mas de situá-las como válvulas de realização política quando os canais de organização e representação popular estão obstruídos, seja pela marginalização de grande parte da sociedade das instituições legais, como Escolas, Partidos e Sindicatos, seja porque elas se encontram aparelhadas por organizações políticas “fechadas”.
CONCLUSÃO
O desenrolar do século XX, principalmente depois da década de 80, trouxe um cenário tão completamente novo no panorama internacional, com reflexos na América Latina, que se fala crescentemente em Nova Era: A Guerra Fria descongelou-se a favor dos Estados Unidos como potência hegemônica , mas desembocou numa Crise Econômica sem precedentes; o planeta chegou ao seu limite de aproveitamento dos recursos naturais , com quase 7 bilhões de corpos desejantes ; o marxismo desencantou-se, no duplo sentido de perder sua matriz soviética e também de sua franca preponderância sobre a consciência crítica mundial, abrindo caminho para novas demandas ligadas ao meio ambiente e aos direitos humanos ; a ciência ultrapassou os limites do imaginável e nos interconectou on line em escala global colocando o futuro à nossa porta. Tudo isso exige, naturalmente, reflexões sobre os rumos do desenvolvimento econômico e político da América Latina. Talvez não devamos reproduzir mecanicamente as fórmulas do passado. Até porque elas desembocaram em impasses insuperáveis ou retrocessos. Trata-se, mais bem, de combinar a matriz da grande energia mobilizadora do Continente, sua alma ardente, com demandas civilizatórias que não representem mera transposição cultural. Vida e morte de Chavez não foram em vão. Elas apontam para a necessidade de uma reflexão mais profunda das raízes do radicalismo latino-americano e de como ele se constitui na chave para a mobilização de mudanças no Continente. No cerne destas questões a revisão do conceito de populismo, tão arraigado na nossa cultura política.AMÉRICA LATINA – BALANÇO E PERSPECTIVAS
CARTA DO IBRE
AVANÇOS NOS INDICADORES DA A.LATINACarta do IBRE
Fevereiro de 2013 • Conjuntura Econômica
A América Latina registrou avanços sociais
significativos e disseminados nos últimos dez
anos. Tanto em termos de redução da secular
desigualdade, quanto de diminuição da pobreza,
de progressos na educação e na saúde e de
aquecimento do mercado de trabalho, o que se
viu da fronteira norte do México até a Terra do
Fogo foi uma onda de melhora nas condições
de vida da maioria da população. Na esteira
desse movimento, emergiu na maior parte dos
países latino-americanos e caribenhos uma
nova classe média de base popular, que está
transformando de forma profunda as relações
sociais, econômicas e políticas da região.
No Brasil, e provavelmente em outros países
latino-americanos, há a sensação de que essa
melhora é um fenômeno fundamentalmente
nacional, ligado a determinadas escolhas
políticas e econômicas. Um rápido sobrevoo
no continente, porém, revela que os avanços
sociais ocorreram em países com regimes
econômicos e políticos bastante diferenciados,
o que exclui de antemão qualquer tentativa
muito simplista de explicá-los.
A desigualdade, por exemplo, caiu de forma
incisiva nos principais países latino-americanos.
De 2000 a 2010, o índice de Gini da Argentina
recuou de 0,504 para 0,458; o do Chile de
0,552 para 0,521; o da Colômbia de 0,572 para
0,560; o do México de 0,556 para 0,517; o da
Venezuela de 0,458 para 0,390; e o do Brasil de
0,587 para 0,519.1
Esses números indicam que, apesar do movimento
positivo generalizado, o ritmo foi diferente
entre os países. E, de fato, é preciso analisar com
cuidado caso a caso para entender as peculiaridades
de cada uma dessas melhoras.
No caso argentino, a desigualdade havia
subido muito no início da década passada,
em razão da gravíssima crise econômica que
culminou no fim da paridade cambial e no
calote da dívida na virada de 2001 para 2002.
Em 1990, o Gini argentino era de 0,444, o
que indica que a melhora até 2010 foi, de
certa forma, uma volta aos níveis de menor
desigualdade que vigoraram antes da crise.
Já a queda da desigualdade na Colômbia e
no Chile foi mais lenta, o que provavelmente
reflete dificuldades particulares desses países
em melhorar a distribuição de renda.
De qualquer forma, a tendência geral de
melhora é inequívoca, e se reflete nos índices
de pobreza, cuja queda também foi disseminada
entre a maior parte dos países da América
CARTA DO IBRE
A melhora nos
indicadores sociais
da América Latina
Carta do IBRE 7
Fevereiro de 2013 • Conjuntura Econômica
redução da secular
desigualdade, quanto
de diminuição
da pobreza, de
progressos na
educação e na saúde
e de aquecimento do
mercado de trabalho,
o que se viu na
América Latina foi
uma onda de melhora
nas condições de
vida da maioria da
população
Latina. Tomando-se a proporção da população
que vive com menos de US$ 2 por dia, nota-se
que o recuo foi generalizado, sendo mais agudo
nos países que partiram de patamares mais
altos no início da década passada.
Assim, na Bolívia, a fatia que tinha menos
de US$ 2 por dia para viver representava
23,3% da população em 2000, caindo para
13% em 2008. No Equador, a proporção desabou
de 16,3% para 4,1% entre 2000 e 2010.
No caso da Colômbia, o recuo foi de 16,4%
para 6,7%. O Brasil, por sua vez, saiu de
10,2% em 2001 para pouco mais de 5,4% em
2009. Como se pode perceber, o tão festejado
recuo da pobreza brasileira nos últimos dez
anos, apesar de mostrar um inegável sucesso
das políticas econômicas e sociais domésticas,
é até mais modesto do que o de vários vizinhos
latino-americanos.
No caso de países que já tinham níveis de
pobreza (medidos pela população vivendo com
menos de US$ 2 ao dia) bastante baixos no início
da década passada, a redução foi, naturalmente,
mais discreta. O Chile saiu de 2% em 2000 para
1,2% em 2009, e o Uruguai de 0,6% em 2000
para 0,3% em 2010.
Os avanços na redução da pobreza e na
desigualdade foram acompanhados — e
parcialmente causados — por uma significativa
melhora no mercado de trabalho. O
desemprego caiu significativamente em todas
as principais economias latino-americanas
desde o início da última década.
Na Argentina, a proporção de desocupados
saiu de 19,2% em 2001 para 7,2% em
2012 (nesse caso, é claro, deve-se levar em
consideração a crise do fim da conversibilidade).
No Chile, na Colômbia e na Venezuela, a
queda no mesmo período foi, respectivamente,
de 9,7% para 6,6%, de 13,3% para 11%
e de 14% para 8%. Uma exceção, no caso do
desemprego, é o México, cuja taxa subiu de
2,8% para 4,8% entre 2001 e 2012, embora
ela ainda seja baixa em termos relativos. Por
fim, no Brasil, a taxa de desocupação recuou
de 11,3% para 6% de 2001 a 2012.
A melhora dos indicadores sociais latinoamericanos
sugere que muitas das transformações
ocorridas no Brasil nas últimas décadas
fizeram parte de tendências que varreram toda
a região. Assim, os motivos que podem ser elencados
para tentar explicar os progressos brasileiros
provavelmente são válidos, de maneira
geral, para outros países
da América Latina.
Esse timing favorável
está associado a uma fase
de consolidação democrática,
em que os governos
combinaram os bons ventos
econômicos com políticas
sociais agressivas,
possibilitando as melhoras
sociais mencionadas.
Mas é interessante notar
que, mesmo em áreas
em que o avanço é mais
gradativo e penoso, como
a educação, há um movimento
geral que empurra
nossos vizinhos latinoamericanos
na mesma direção
trilhada pelo Brasil.
A taxa de escolarização
avançou rapidamente
nas últimas décadas, de
forma generalizada.
No conjunto da América Latina, excluindo
o Brasil, a escolarização2 saiu de 79% em 1970
para 94,4% em 2010. Em países como México
e Colômbia, a proporção de crianças na escola
evoluiu naquele mesmo período de, respectivamente,
68,2% para 94% e 76,6% para 95%.
No Brasil, o salto foi de 62,2% para 89,9%.
Esses dados fazem parte de levantamento
dos economistas Robert Barro e Jong-Wha Lee,Tanto em termos de
que sugerem que a melhora educacional não
se restringiu à América Latina, mas abrangeu
áreas muito mais amplas do mundo emergente.3
A escolaridade média da China, por exemplo,
saiu de 58,1% em 1970 para 93,5% em 2010,
e a da Coreia do Sul aumentou de 75,7% para
96,4% em igual período.
Uma linha interessante de pesquisa seria a
investigação da causalidade da mudança do
perfil da força de trabalho — atualmente com
maior escolaridade — na melhora nos níveis de
emprego e de renda na América Latina. No caso
brasileiro, apesar de toda a atenção recebida pelas
políticas sociais, quando se discute a queda
da pobreza e da desigualdade, as pesquisas, em
linhas gerais, sugerem o importante papel da
melhor educação dos trabalhadores nas condições
da empregabilidade. Em trabalho recente,
Lustig, Lopez-Calva e Ortiz-Juarez indicam que
tal causalidade se observa também para os casos
mexicano, peruano e argentino.4
O futuro
Uma questão pertinente, porém, é saber como
as nações se comportariam no caso de uma
virada desfavorável dos ventos econômicos
mundiais. A história da América Latina, como
se sabe, é rica em fases de enriquecimento esfuziante
— frequentemente ligadas à alta das
commodities e ao aumento das entradas de
capital externo — seguidas de crises e recuos,
nos quais se perde grande parte dos avanços
sociais obtidos anteriormente.
Políticas econômicas têm efeitos que podem
ser muito defasados no tempo. Se é verdade
que quase toda a América Latina embarcou
na última década numa fase de notáveis melhoras
sociais, que provavelmente deriva de
fatores comuns, a separação entre as políticas
econômicas que hoje se assiste na região pode
levar a diferenciações no futuro.
Essas políticas econômicas derivam de
escolhas dos eleitorados, que agora têm como
ator protagonista a nova classe média popular
emergente. Em toda a América Latina, a
secular desigualdade empurra os cidadãos
à escolha de políticas redistributivas, mas
a forma de proceder varia muito quando se
compara os regimes de atuação dos Estados
latino-americanos.
Tem-se, portanto, um experimento histórico,
em que diferentes combinações de
sistemas políticos, econômicos e
sociais navegam o mesmo momento
positivo para a região como um todo.
O grande teste virá, porém, quando
a situação global deixar de ser tão
favorável, com uma possível queda
no preço das commodities (que já
deixaram para trás o momento mais
exuberante) ou com a alta das taxas
de juros internacionais.
1 . O índice de Gini é uma medida de desigualdade que varia de
zero a um, e piora na medida em que se distancia de zero.
2. No caso, a escolarização diz respeito à fatia da população
que em algum momento esteve matriculada no ensino
escolar formal.
3. Barro, Robert and Jong-Wha Lee, April 2010, “A New Data
Set of Educational Attainment in the World, 1950-2010”. NBER
Working Paper n. 15902.
4. Nora Lustig, Luis F. Lopez-Calva e Eduardo Ortiz-Juarez,
“The Decline in Inequality in Latin America: How Much, Since
When and Why”, Version: April 24, 2011, Tulane Economics
Working Paper Series 1118.
Latam: los riesgos del “latino optimismo” http://www.infolatam.com/2013/02/21/los-riesgos-del-latino-optimismo/?utm_source=Newsletter+de+Infolatam&utm_medium=email&utm_campaign=Newsletter_22_febrero_2013_Am%C3%A9rica+Latina+22+de+febrero+2013 Infolatam América Latina ante la nueva guerra de divisas El análisis Federico Steinberg (Especial para Infolatam).- “Los países de América Latina, que crecen a buen ritmo y atraen capitales del exterior, vuelven a ser víctimas del fuego cruzado monetario en el que se han enzarzado los países avanzados. Y ya no se trata sólo de Brasil, cuyo ministro de finanzas fue quien inventó en 2010 el término guerra de divisas, que tan popular se ha hecho…” (Especial para Infolatam por Rogelio Núñez)-. América latina vive un momento excepcional: crecimiento económico, caída de las tasas de pobreza y estabilidad política. Sin embargo, ya han surgido voces que alertan sobre la posibilidad de que la región se duerma en los laureles y pueda morir de éxito. Entre esas voces destaca la del Secretario General Iberoamericano, Enrique V. Iglesias, quien ha advertido contra el “latino optimismo” que se ha generado ante la resistencia de Latinoamérica a la crisis financiera global, cuando en realidad la región necesita reformas importantes y favorecer su integración. El auge del latino-optimismo En los últimos años se han podido escuchar declaraciones autocomplacientes de muchos dirigentes regionales, aunque reconociendo que se está en la mitad del camino y no en la meta final. “Aquí en America Latina tenemos lo que Europa requiere”, dijo el mes pasado el Presidente de Colombia durante la cumbre Celac-UE. Al reiterar que la actual es la Década de América Latina, el Presidente Juan Manuel Santos consideró que ahora el gran reto es ver “cómo hacemos para poder prolongar ese buen momento”. El Presidente de Chile, Sebastián Piñera con Juan M. Santos En esa misma cita, el presidente anfitrión, Sebastián Piñera se enorgullecía de que “antes lo que se discutía era cuánta ayuda (recibiríamos), y ahora lo que se discute es cuánta integración, cómo juntar fuerzas para enfrentar los desafíos que compartimos … América Latina ha aprendido de sus errores y está en un proceso de franco renacimiento. Hemos recuperado nuestras democracias que fueron escasas en décadas muy recientes …Hemos recuperado el crecimiento y América Latina ya lleva una década de crecimiento. Hemos logrado recuperar los equilibrios macroeconómicos y la responsabilidad en la manera en que enfrentamos nuestros problemas y nuestros desafíos. Hemos logrado una mucho mayor integración hacia el mundo, pero todavía nos queda un largo camino por recorrer”. Fuera de la región todo son parabienes. Así por ejemplo, Benita Ferrero-Waldner, excomisaria de relaciones exteriores de la Unión Europea quien ahora dirige una fundación dedicada a la profundización de las relaciones entre ambas regiones,la Fundación EU-LAC, reconoce que “es la década de América Latina, como dice Luis Alberto Moreno, presidente del BID. La región ha mejorado mucho en la reducción de la pobreza y, hoy, buena parte de sus habitantes ya son clase media, a lo que sin duda han contribuido un crecimiento económico constante y sólido, así como un fortalecimiento institucional. Al mismo tiempo América Latina ha aprendido de sus crisis anteriores y en general ha seguido una política económica y fiscal de consolidación de presupuestos, lo que les ha hecho más resistentes en esta crisis económica mundial”. Las cuentas pendientes Ante esa avalancha de exitismo, algunas voces se han levantado para reclamar una administración adecuada de este momento de bonanza a fin de poner la bases del futuro crecimiento. Enrique Iglesias ha puesto el dedo en la llaga cuando insiste en que “tenemos que tener cuidado con el latino optimismo”, ya que la economía de la región no puede caer, como en el pasado, en una dependencia de las materias primas pese a los precios elevados de los que se ha beneficiado en los últimos años.A su juicio, hay que trabajar sobre todo en la formación y en el desarrollo tecnológico para modificar el modelo económico, así como proceder a “una reforma del Estado”, y “en esta línea, la integración (de América Latina) adquiere un valor importante”. En esa mima línea iba Fernando Molina cuando en Infolatam alertaba sobre que “Latinoamérica vive en un momento económico tan extraordinario, que los humos se han subido a las cabezas de sus líderes. Ahora éstos se dan el lujo de mirar desde arriba a las mismas grandes potencias que en el pasado trataban de cortejar … Esta ridiculez es un síntoma del rebrote de la tradicional tendencia latinoamericana a sentirse “elegida” y a mirarse el ombligo. Las causas de tal rebrote están bien identificadas: Por un lado, como hemos dicho, el insólito avance de los indicadores macroeconómicos de la región, los superávits en las distintas “balanzas” nacionales y en las cuentas fiscales, la liquidez interna y la poca necesidad de crédito externo, etc. Por el otro, el que los gobiernos presenten estos resultados como un mérito propio (“lo estamos haciendo bien”, “hemos aprendido las lecciones del pasado”), a fin de poder jactarse de ellos y sacarles rédito político”. América latina debe impulsar reformas estrcuturales para asentar su crecimiento Y Rebeca Grynspan, Secretaria General Adjunta de la ONU y Administradora Asociada del PNUD, en un seminario en la Casa de América, Madrid apuntaba que si bien “hoy 26 países de América Latina y el Caribe son clasificados como economías de renta media. Solo un país aun mantiene el estatus de país de bajo desarrollo (Haití), y cinco han ascendido a ser países de ingresos altos (Bahamas, Trinidad y Tobago, Barbados, Bermuda y Chile). Sin embargo, quedan enormes retos en la región y no podemos tirar las campanas al viento”. Así pues la región debe encarar ahora, cuando hay margen para hacerlo, reformas estructurales que la coloquen en una sólida posición para cuando lleguen las vacas flacas que inevitablemtne suelen llegar como bien está comprobando ahora Europa y en su día, en los 80 y a finales de los 90, la propia América latina. Son reformas de amplio espectro pues abarcan lo político, lo social y los económico. Dede el punto de vista geopolítico los procesos de integración no gozan de buena salud y América altina siempre acude dividida o escasamente coordinada a los foros internacionales. “No se puede hablar de una política internacional común. América Latina está más dividida que nunca, con un número creciente de conflictos bilaterales que ya no responden sólo a la lógica fronteriza, sino que tienen que ver con motivos económicos y políticos. Para colmo, en el afán de expander su proyecto político más allá de sus fronteras, o de consolidarlo puertas adentro, los países del ALBA no reniegan a la violencia (carrera armamentista, reparto de armas a grupos afines, etc.), lo que aumenta la inestabilidad regional y la sensación de incertidumbre.”, recuerda Carlos Malamud. Además, como aseguraba el propio Malamud en un artículo en Nuso “la integración latinoamericana no pasa por su mejor momento. Pese a todas las declaraciones públicas, el desarrollo de un gran número de conflictos bilaterales es el mejor síntoma de una realidad sumamente complicada. De forma esquemática, puede decirse que los factores que impiden avances concretos son tanto de exceso (de retórica y de nacionalismo) como de déficit (de liderazgo). En relación con esta última cuestión, se hace cada vez más necesaria una coordinación creciente entre Brasil y México, de modo que los dos principales países de la región puedan cumplir cabalmente el rol que deberían cumplir”. En el aspecto político las democracias nacidas en los 80 han alcanzado la mayoría de edad sin grandes sobresaltos en la mayoría de los casos aunque en algunos países se percibe un deterioro del modelo democrático por debilidades del sistema o porque han surgido lidrazgos populistas que acentuan el personalismo por encima de las instituciones. Para Daniel Zovatto a las múltiples asignaturas pendientes de ela región (“las debilidades en infraestructura, la baja inversión en investigación y desarrollo, la falta de competitividad, y los preocupantes niveles en relación con la calidad de nuestra educación son algunas otras que no podemos soslayar en nuestro análisis”), hay que unir las falencias institucionales. En este sentido, subraya que “nuestras democracias acusan importantes déficits y grados diversos de fragilidad, así como tremendos desafíos, entre los que destacan los problemas institucionales que afectan la gobernabilidad y el Estado de derecho, la independencia y la relación entre los poderes, la corrupción, el funcionamiento de los sistemas electorales y del sistema de partidos políticos, así como los graves problemas de inseguridad ciudadana.El debate en nuestros días no es, como en el pasado, entre democracia o autoritarismo o bien entre democracia formal y democracia real”. Falta de institucionalidad, pobreza y desigualdad, graves retos para la región Para el Director Regional para América Latina y el Caribe de IDEA “el debate de nuestros días se concentra, por el contrario, en la calidad de la democracia; en cómo construir más y mejor ciudadanía; en cómo pasar de una democracia electoral a una de ciudadanos y de instituciones; en cómo conciliar democracia con desarrollo en el marco de sociedades con mayores niveles de cohesión social y mayor equidad de género; en cómo buscar una relación más estratégica entre el mercado y el Estado y una más funcional entre Estado y sociedad; en cómo lograr que la democracia dé respuestas a nuevos tipos de demandas provenientes de sociedades más complejas, más modernas, más urbanas; en cómo hacer funcionar de manera eficaz la democracia en un contexto internacional globalizado. Temas todos ellos que, como se puede observar, constituyen problemas de la democracia que deben discutirse en democracia, y cuya solución debe encontrarse de manera democrática”. Muy vinculado a muchos de estos retos se encuentra el déficit educativo de la región. La inversión en educación es clave para que la región dé un salto cualitativo, como lo han hecho países de Asia como Corea del Sur y la propia China. Por eso, Enrique Iglesias no se cansa en recordar que “esta es la década de América Latina, pero hay que tener cuidado porque se necesita algo del país, de la región y del mundo (es necesario) incluir la educación de calidad, la innovación y la tecnología”. En el terreno económico al sexenio virtuoso (2003-2008) le siguió, tras la caída de 2009, un nuevo periodo de crecimiento pese a las turbulencia internacionales (2010-2013).De hecho, Grynspan reconoce que “en los últimos 10 años salieron más de 50 millones de personas de la pobreza. La mayor parte se benefició del dinamismo del mercado laboral –particularmente en remuneraciones de varones, de 25 a 49 años de edad, en áreas urbanas, en los sectores de servicios de la región—y en menor medida por transferencias sociales y el dividendo demográfico”. Pero a la vez recuerda que “un estudio reciente del PNUD analiza cuanto más se lograría con “más de lo mismo” (mas crecimiento económico con la actual estructura laboral): el resultado muestra retornos decrecientes en los próximos años, porque los bolsones de pobreza se concentran en grupos que están excluidos de los mercados laborales más dinámicos que no se compensan con transferencias y redes de protección social existentes –esto incluye a jóvenes que ingresan al mercado laboral, a mujeres que sostienen una doble carga laboral dentro y fuera del hogar, a habitantes de sectores rurales y a pueblos indígenas y poblaciones afro-descendientes que sistemáticamente no se benefician de la misma manera del auge agregado. Para avanzar, se requiere de acciones deliberadas de apoyo a los jóvenes y a las mujeres, y transformaciones en el sector de servicios y de manufacturas a través del impulso a las cadenas de valor en las economías de la región”. Puede ser, o no, que esta sea la década de América latina pero lo que parece seguro es que en estos diez años deben ponerse las bases del bienestar de las siguientes décadas. América latina está viviendo el momento de una ruptura. Dialogos Lunes, 14 de Agosto de 2006. Entrevista con Veronica Gago.-Los movimientios sociales y los nuevos gobiernos sudamericanos par Giuseppe Cocco, Toni Negri Los intelectuales italianos, teóricos de los movimientos sociales alternativistas, discuten la relación con gobiernos como los de Lula, Chávez, Kirchner y Evo a los que, con diferencias, ven con aperturas hacia políticas no neoliberales. Plantean que estos gobiernos deben concebir al desarrollo desde lo democrático y lo social. Desde la aparición del libro GlobAL. Biopoder y luchas en una América latina globalizada (Paidós, 2006), los italianos Antonio Negri y Giuseppe Cocco (residente en Brasil) se lanzaron a intervenir en los debates políticos de este continente de manera explícita. Así, los lineamientos del obrerismo italiano surgidos al calor de las luchas autónomas de fines de los ?60 en ese país, luego combinados con el posestructuralismo francés en los ?80 y presentados como gran relato mundial a inicios del nuevo siglo con el libro Imperio (A. Negri y M. Hardt) ahora buscan su aclimatación latinoamericana. La hipótesis de Negri y Cocco, en este caso, bendice a algunos de los gobiernos de la región : Lula, Kirchner, Chávez y Evo ?cada uno a su modo ? expresarían una novedosa posibilidad de relación entre los movimientos sociales y los gobiernos, ya que la llegada al poder de estos mandatarios ?sugieren los teóricos italianos ? no puede entenderse sin las revueltas sociales que los precedieron y que abrieron un espacio político antineoliberal latinoamericano. Los italianos se propusieron, incluso, discutir sus afirmaciones con los propios gobiernos. Chávez los recibió hace poco tiempo en Caracas y les prometió un nuevo encuentro ; la Central Unica de Trabajadores (CUT) de Brasil y varios miembros del PT tuvieron más de una reunión con ellos y hace apenas un mes Negri dio el discurso de apertura del último congreso de esa central sindical ; en Buenos Aires tuvieron un encuentro con funcionarios en el 2003 y el vicepresidente de Bolivia, Alvaro García Linera, ha nombrado públicamente más de una vez a Negri, aunque muchas para refutarlo. A propósito del reciente encuentro de ambos en Brasil, Negri y Cocco contestan a dúo esta entrevista para polemizar, una vez más, con la izquierda que sigue entendiendo la dominación actual en términos imperialistas, pero también con aquella que critica a los nuevos gobiernos latinoamericanos por su moderación. ?Algunos acontecimientos en Brasil abren preguntas sobre cómo es hoy la relación entre los movimientos sociales y el gobierno de Lula. Tal vez el más difundido haya sido la invasión al Congreso en Brasilia de una fracción del MST. ¿Cómo interpretan estos hechos ? ¿Cuál fue el clima en relación con la reelección de Lula en el congreso de la CUT ? Giuseppe Cocco : ?La invasión al Congreso no fue realizada por el MST, sino por una disidencia ultraminoritaria del movimiento que lucha por la reforma agraria y que parece francamente extraña en la actual coyuntura política brasileña. Toni Negri : ?La sensación que tuvimos en ocasión de la conferencia de apertura del Congreso Nacional de la CUT es contraria a ésa : en primer lugar, percibimos una gran determinación del movimiento sindical y social para profundizar las relaciones con el gobierno de modo de garantizar el próximo mandato de Lula y al mismo tiempo hacer que eso constituya un paso adelante en términos de transformación social. En segundo lugar, existe una gran conciencia por parte de los sindicatos obreros sobre el hecho de que las transformaciones sociales y la nueva dinámica de desarrollo marchan juntas, sobre todo frente a la movilización productiva que tiene lugar en la metrópoli, más allá de la fábrica. Por último, es clara la convicción de que este segundo ?tiempo ? del gobierno de Lula podrá realizarse efectivamente en la medida en que encuentre la base de una radicalización democrática que implique la afirmación de relaciones siempre más abiertas entre gobierno y movimientos. ?Ustedes postulan la presencia en el Cono Sur de un antagonismo entre ?el gobierno de la interdependiencia ? y el ?bloque biopolítico ? del capital. ¿Podrían explicar los términos de este conflicto actualmente ? T.N. : ?Entre las cosas que han cambiado, está indudablemente el pasaje de la dependencia a la interdependencia. La izquierda que se dice ?radical ? ha atacado las políticas de Lula y Kirchner cuando ellos han asumido una posición responsable en la confrontación del FMI y del Club de París. A nosotros, por el contrario, nos alegra que finalmente otras fuerzas de izquierda, aquellas que Lula y Kirchner representan, hayan aprovechado la ocasión de volver relativamente independiente a América latina ?y no sólo a sus países ? del comportamiento ultrajante y rígido del FMI y el Club de París. Ha comenzado una nueva época. El gran problema de los próximos años será cómo gobernar la interdependencia del continente latinoamericano ?de la misma manera el problema se plantea en Europa, en China y en general en Asia ? debido a la descomposición de la hegemonía imperial norteamericana. Todo esto no significa que internamente en los países de América latina no existan problemas. El bloque de biopoder es indudablemente feroz. Pero se trata de escapar e inventar una nueva política democrática que lo desarticule. El nacionalismo, el discurso económico del desarrollismo y el lamentable antiimperialismo sólo refuerzan el bloque de biopoder. En esta perspectiva, la ruptura de la dependencia operada por Lula y el lanzamiento del proyecto bolivariano resultan complementarios. Nosotros esperamos que el gobierno de Lula, en su próximo segundo mandato, se abra y se nutra de las iniciativas bolivarianas tanto como esperamos que los colores exageradamente nacionales de una gran experiencia como la de Chávez ?y tal vez la de Evo ? se destiñan. ?¿Por qué creen que la crítica al desarrollismo nacional es apta en países como Argentina donde el fenómeno de desocupación ?y subocupación ? masiva empuja a los trabajadores a aceptar bajos salarios y trabajos hiperprecarios ? G.C. : ?En GlobAL criticamos la tentativa de ?resucitar ? el modelo nacional-desarrollista de la misma manera que criticamos a aquellos que piensan que es posible, en una economía avanzada, resolver la cuestión dela precarización del trabajo a través del retorno de un ?pleno empleo industrial ?, hoy impracticable. No se trata de ?marginalizar ? la cuestión del desarrollo, sino de tratarla de un modo adecuado. La precariedad actual ya no es el residuo del subdesarrollo, sino la base y el resultado mismo del desarrollo. Con los sindicatos metalmecánicos del ABC paulista hemos discutido justamente esto : por ejemplo, la Volkswagen quiere despedir, flexibilizar y también bajar los salarios en función de sus planes de modernización global, es decir, según la tendencia general que atraviesa el mundo del trabajo y la producción. T.N. : ?Esa tendencia es hacia la difusión social de la producción, la tercerización de la economía, la movilización del trabajo directamente sobre el terreno de la reproducción social. La disciplina de la fábrica hoy se metamorfosea en control de las redes sociales. La exclusión ya no es más una función necesaria para la movilización productiva dentro de la relación salarial, sino un mecanismo de comando que no sólo tiene lugar dentro del mercado de trabajo, sino directamente sobre toda la sociedad. La exclusión es en realidad una modalidad de la inclusión (de control) basada en el no reconocimiento de la dimensión productiva de la vida. Por esto, la desocupación y la subocupación, de un lado, ya no son residuales y, del otro, combinan la herencia nefasta del subdesarrollo y del neoliberalismo con el fruto actual de la ?modernización ? capitalista. Vemos hoy cómo el ?tercer mundo ? penetra por todas partes las grandes metrópolis del primer mundo : lo demuestran los sucesos de Nueva Orleáns o las revueltas de las periferias de París. Frente a esto, el desafío de los ?nuevos ? gobiernos y los movimientos es poner en primer plano la organización para el desarrollo como una cuestión democrática y social al mismo tiempo. Y esto pasa por reconocer que para movilizar las fuerzas productivas de modo alternativo a la precarización que el mercado pretende imponer, hoy el trabajo debe reconocerse como la constitución de lo común, a través ?en primer lugar ? de un salario ciudadano. ?El discurso que reivindica ?volver a la fábrica ?, además de anacrónico, ¿puede ser políticamente reaccionario, según ustedes ? T.N. : ?El sindicato tradicional nace cuando había pleno empleo, pero en una situación en la que la flexibilidad y la movilidad se vuelven requisitos fundamentales del trabajo, la precarización se convierte en el problema central y no hay políticas desarrollistas que puedan modificar esa situación. Esto tiene que cambiar pero porque la propia idea de trabajo se ha transformado. El trabajo ya no es lo que se realiza en una fábrica solamente, sino que depende de una red social organizada. Esto es lo que hemos visto en Francia en donde, luego de los conflictos de marzo pasado (el masivo rechazo de los jóvenes al Contrato de Primer Empleo impulsado por el Gobierno) se hizo presente el problema de los derechos de ciudadanía, una cuestión, sin dudas, fundamental. G.C. : ?¿Por qué los sindicalistas nunca regresan a la fábrica ? Porque el trabajo asalariado es una prisión, una forma de subordinación. Recordemos la película La clase obrera va al paraíso, de Elio Petri (Italia, 1971), en la que el personaje principal, Lulu, pierde un dedo. Allí se muestra que los obreros luchaban para disminuir el tiempo de trabajo y contra la disciplina. Después de la lucha, los trabajadores continuaban en la fábrica, pero la disciplina no funcionaba de la misma manera. La crisis de la relación salarial no fue programada por el capital sino que fue forzada por las luchas. El capital desde entonces se reorganiza e intenta imponer un sistema de control adecuado y esto transforma las fábricas, ya que se pasa a exigir la movilización productiva de toda la sociedad. ?Se ha entendido que teorizan la desocupación y las migraciones como experiencias de éxodo en América latina cuando estassituaciones parecen ser salidas desesperadas más que políticas libertarias. ¿Qué opinan ? G.C. : ?Los gobiernos con economías centrales han multiplicado siempre los instrumentos de control de los migrantes con el fin de fijarlos e inferiorizarlos y así imponer nuevamente la mecánica del mercado a sus movimientos. El éxodo, por el contrario, es un proceso constituyente de nuevos territorios y multitudes, tal como en el mito bíblico de la fuga de la esclavitud del antiguo Egipto. Es en la fuga que se constituye el pueblo y la tierra prometida. Esta perspectiva es incompatible con la teoría clásica del mercado de trabajo y con el marxismo vulgar ?y también con el desarrollismo ? que transformaron la noción marxista de ?ejército industrial de reserva ? en un dogma reaccionario. La desocupación es funcional al desarrollo capitalista, que ha necesitado de ella para imponer la subordinación salarial del trabajo libre. Por esto, la globalización permite el flujo libre de los capitales pero no deja de crear barreras a la circulación humana. T.N. : ?La reciente y masiva lucha de los migrantes clandestinos en los Estados Unidos es una demostración de la potencia libertaria del fenómeno migratorio : ¿si no, por qué la administración Bush ha intentado crear condiciones para su control a través de la criminalización de los ilegales ?, ¿si no, por qué esas multitudinarias manifestaciones han mostrado que los migrantes son capaces de organizarse y de luchar y que esto no es necesariamente una consecuencia de su inserción en las relaciones del capital ? Si recordamos que la mayoría de ellos son latinoamericanos podemos decir que han llevado al corazón del imperio el ciclo político y social que se desarrolla desde Buenos Aires a La Paz, pasando por Brasilia y Caracas. En Argentina : ¿cuántos de los piqueteros no son migrantes internos o de otros países ? ¿Cómo ignorar la potencia de sus luchas y la innovación debido al hecho de que estos movimientos se constituyen independientemente del trabajo asalariado ? ?Otro elemento de polémica de su interpretación se debe a que ustedes leen la crisis argentina del 2001 como un momento políticamente positivo. ¿A qué se debe ? G.C. : ?Simplemente porque al final del gobierno de Alfonsín, rápidamente después de la apertura democrática, el país era prisionero de una impasse que no encontraba solución. Es verdad que la crisis económica era dramática, pero la crisis de representación afirmada en el momento constituyente del 19 y 20 de diciembre de 2001 ha puesto la base para un desplazamiento, madurado en las profundidades de la crisis. Kirchner ha sido el producto de ese desplazamiento, que es al mismo tiempo determinado como espacio abierto a lo nuevo. El solo hecho de que Kirchner tenga conciencia de todo esto nos parece extremadamente positivo. ?¿Consideran que existe un acompañamiento de los movimientos socialeshacia el gobierno de Lula y de Kirchner ? T.N. : ?Para quien mira Brasil, pareciera que sí. El movimiento sindical, por ejemplo, ha vuelto a desarrollar por dentro y por fuera del gobierno una importante movilización crítica que ?manteniendo una lealtad a Lula ? ha contribuido a la inflexión de la política económica y a la mayor revalorización del salario mínimo de los últimos veinte años. Esto vale también para el movimiento negro y más ampliamente para todos los que trabajan contra el racismo. Sin embargo, permanecen algunas incertezas ?especialmente por parte de algunos exponentes del PT o del gobierno ? de que en este plano exista una relación real entre gobierno y movimiento. Lo mismo puede decirse de la dinámica democrática de la ciudad, aunque aún es insuficiente. Sin estos elementos no habría sido posible que Lula se mantuviera en el poder después de un año de linchamiento mediático. G.C. : ?Para quien observa Argentina, pareciera poder afirmarse lo mismo en el terreno de los derechos humanos, especialmente por la relación del gobierno con las Madres de Plaza de Mayo. Con los piqueteros estamos un poco perplejos porque no se ve una gran determinación a afrontar lacuestión del salario universal. Pero este titubeo no se limita a la Argentina : pasa lo mismo en Brasil o en Francia. Creemos que debe desarrollarse más el debate sobre las transformaciones del trabajo. Y es indiscutible que Lula y Kirchner ofrecen un terreno abierto y positivo para este desafío. ?¿Creen que estos ?nuevos gobiernos ? dependen, en buena medida, de sus estrategias mediáticas para mantener su legitimidad ?o directamente construirla ? una vez que llegan al poder ? T.N. : ?América latina está viviendo el momento de una ruptura que todavía está por anunciarse. Una ruptura que está en relación a las dimensiones del comando mundial. En ese sentido es un momento excepcional. Cualquier forma de gobierno popular tiene necesidad absoluta de la comunicación. Es verdaderamente un elemento fundamental. No logro comprender por qué en todo el largo período de gobierno de Lula no se produjo una iniciativa de comunicación alternativa a los centros mediáticos dominantes. G.C. : ?La comunicación tiende a estar entre los proyectos que forman parte de la dinámica de integración, tanto en cuestiones de infraestructura ?la cuestión energética, por ejemplo ?, como en aquellas vinculadas con las relaciones internacionales. ?¿Cómo analizan el escenario actual mexicano, donde la derecha parece haber montado un gran fraude y la hipótesis zapatista del triunfo de López Obrador ha quedado desplazada ? G.C. : ?Me parece que esta vez el giro hacia la izquierda que atraviesa todo el continente se chocó de manera más directa con los intereses de los Estados Unidos. El vínculo entre México y Estados Unidos es mucho más que una relación de proximidad geográfica : el Nafta es el marco de una integración real y el fraude electoral en México es muy similar a aquel que ?desde Florida ? permitió ganar la primera elección de George W. Bush a la presidencia. Creo que para el neozapatismo allí aparecen dos problemas : no sólo la sorpresa respecto a la previsión de la victoria del PRD, sino también al hecho de haber optado por una crítica de la candidatura de López Obrador. Se trata de un error político que deberá ser bien evaluado en la próxima fecha electoral en Argentina y, aún antes, en Brasil, donde la extrema izquierda corporativa y moralista ?Heloisa Helena del PSOL ? puede impedir la reelección de Lula en la primera vuelta y darle una bocanada de oxígeno al candidato de la derecha. De todos modos no creo que este sea el hecho principal. Lo fundamental es que el ciclo de luchas ya no tiene a Chiapas como epicentro. Hoy el epicentro se ubica en el corazón mismo del Imperio con la lucha de los migrantes latinos, en su mayoría mexicanos. Las maquiladoras, para explotar los bajos salarios de la frontera, tienen necesidad de mantener la frontera. La frontera y la soberanía nacional son instrumentos del poder del capital en México y del capital en Estados Unidos que discriminan y criminalizan a los migrantes. La soberanía nacional es un instrumento fundamental del control capitalista del mercado de trabajo. La retórica neoliberal aparece así en toda su instrumentalización. Pero las luchas indican los flujos migratorios capaces de socavar la frontera y de abrir de este modo un nuevo horizonte, una nueva ofensiva, un nuevo despliegue : más allá del Estado nación, la lucha de la multitud de migrantes ilegales en los Estados Unidos señala un horizonte político posnacional y muestran que el giro a la izquierda del continente le interesa a toda América http://multitudes.samizdat.net/America-latina-esta-viviendo-el Arg 17 out. *** |
BOLETINS INFORMATIVOS
Manchetes Educacionistas - 6/3/13 - Edição nº 1053
- Consed participa de grupo de trabalho sobre regime de colaboração entre os entes federados
- Brasil promove capacitação de professores no Timor-Leste
- Congresso adia para quarta-feira votação dos vetos aos royalties
- Dilma: sem investir em educação, Brasil não crescerá o que pode
- Aplicativos inovam aprendizado e incentivam autonomia do aluno
- Carta à Sociedade Brasileira sobre Pacto em Fortaleza
- Cartilha da ONU orienta governos e sociedade civil sobre a garantia de direitos de LGBT
- Capoeira é ferramenta de educação na Cidade de Deus, no Rio de Janeiro
- Aprovados na UnB terão o cabelo transformado em diamante
- Professores da rede pública do Rio anunciam paralisação
- Ministros da Educação, da Cultura e do Esporte vão discutir prioridades na Comissão de Educação
- Cotas da discórdia (Editorial)
- Professores usam jogo para pedir aumento no Centro
- Combate ao analfabetismo funcional ganha cartilha
- Novo perfil demográfico vai impactar salários e benefícios
- MEC coloca no ar o My English Online
- Estudantes cariocas contra ensino da privataria na escola pública
- Portugal oferece cursos fracos no Ciência Sem Fronteira
- DF: Riacho Fundo I ganha Centro de Ensino Infantil
ENVIE AS MANCHETES EDUCACIONISTAS PARA SEUS AMIGOS E AMIGAS E MULTIPLIQUE A INFORMAÇÃO E O CONHECIMENTO NA LUTA PELA PRIORIDADE DA EDUCAÇÃO ... MAIS DE 10 MIL PESSOAS RECEBEM DIARIAMENTE AS MANCHETES EDUCACIONISTAS ... AJUDE A MULTIPLICAR ESSE PÚBLICO ATIVO ...
Boletim de atualização do Portal EcoDebate - Edição 1.789, de 06 / março / 2013
Desejamos a todos(as) um bom dia e uma boa leitura
G7 versus E7: a vez dos países emergentes? artigo de José Eustáquio Diniz Alves
Até quando estará disponível a saída via crescimento? artigo de Junior Garcia
Os primeiros táxis elétricos começam a circular no Rio de Janeiro
MG: tribunal condena Consórcio das usinas Capim Branco a implantar projetos de recuperação ambiental
Para combater as mudanças climáticas, artigo de Jeffrey D. Sachs
‘Os transgênicos estão destruindo o tecido social’. Entrevista com Percy Schmeiser, agricultor e ativista canadense
Horta ‘mandala’ beneficia crianças de creche pública em Alagoas
Depois de acordo com trabalhadores contaminados, Shell e Basf terão de pagar R$ 200 milhões por danos coletivos
Comunidade Dandara, exemplo de luta por dignidade. Entrevista com frei Gilvander Luís Moreira
Espécies vegetais comuns no Brasil inibem linhagens de células cancerígenas, mostra pesquisa
Crianças participam de 80% das decisões de compra da família, aponta Instituto Alana
Memória: Documento secreto da CIA, datado de 23 de junho de 1976, explica o surgimento do Plano Condor
[ O conteúdo do EcoDebate é "Copyleft", podendo ser copiado, reproduzido e/ou distribuído, desde que seja dado crédito ao autor, ao EcoDebate e, se for o caso, à fonte primária da informação ]
“Compreendemos desenvolvimento sustentável como sendo socialmente justo, economicamente inclusivo e ambientalmente responsável. Se não for assim não é sustentável. Aliás, também não é desenvolvimento. É apenas um processo exploratório, irresponsável e ganancioso, que atende a uma minoria poderosa, rica e politicamente influente.”
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Henrique Cortez, henriquecortez@ecodebate.com.br
coordenador do Portal EcoDebate
Aepet Direto 6 de Março de 2013
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| Destaque | |||||||
| EUROPA: A SAUDÁVEL PROVOCAÇÃO ITALIANA | |||||||
O resultado das eleições italianas causou surpresa em todo o mundo. Mas para os líderes europeus, deveria significar um suspiro de alívio: por uns poucos décimos, Angela Merkel e companhia não se encontrarão com Silvio Berlusconi, na próxima reunião de cúpula europeia. A ressurreição do Cavaliere e o repentino afundamento de Mario Monti, o candidato de Bruxelas e de Berlim, alimentam na imprensa europeia os comentários irônicos sobre a “benção” de Angela — que se converte sempre em sentença de morte para aqueles que a recebem… (Gabriele Cescente/Outras Palavras)
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| Notícias | |||||||
| FINANCIAMENTO DE ANGRA 3 | |||||||
A Caixa Econômica Federal financiará a Usina Nuclear de Angra 3 (1405 MW) através da Eletrobrás com um total de R$ 3,8 bilhões. O empréstimo será para compra de equipamentos e máquinas importados e na construção da unidade atômica. O financiamento tem carência de 5 anos e amortização de 20 anos e juros de 6,5% ao ano. As garantias dos recursos será da União que é a principal acionista da Eletrobrás.(Revista Brasil Energia/Redação)
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| Veja mais >> | |||||||
| FÁBRICA DE SUBMARINO | |||||||
O Brasil deu um passo importante nesta sexta-feira (1º) para aderir ao grupo de países que têm submarinos de propulsão nuclear, com a inauguração da Unidade de Fabricação de Estruturas Metálicas, no município fluminense de Itaguaí, local onde serão construídos os submarinos projetados pela França. A presidente Dilma Rousseff inaugurou a fábrica que vai fazer as estruturas de metal para quatro submarinos de ataque convencionais "Scorpene" e um submarino alimentado por um reator nuclear desenvolvido inteiramente no Brasil. Os submarinos serão feitos pela construtora de navios francesa DCNS em uma joint venture com a brasileira Odebrecht, na base da Marinha na baía de Sepetiba, sul do Rio de Janeiro.(Nicomex Notícias/Redação)
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| Veja mais >> | |||||||
| Petróleo e Política | |||||||
| TOYOTA NO BRASIL | |||||||
Mais uma fornecedora de autopeças do Grupo Toyota vai se instalar no Brasil: é a Toyoda Gosei, que investe R$ 90 milhões para instalar fábrica de componentes de borracha e plástico em Itapetininga, no interior paulista, onde já comprou terreno com galpão industrial pronto, que será reformado. A informação foi confirmada em nota distribuída pelo escritório de advocacia TozziniFreire Advogados, contratado pela empresa para prestar assistência jurídica no Brasil.(Building News/Redação)
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| Veja mais >> | |||||||
| O PT E A DEMOCRATIZAÇÃO DA MÍDIA | |||||||
O Diretório Nacional do PT aprovou uma resolução em que cobra o governo da presidenta Dilma Rousseff a retomada das discussões sobre o Marco Regulatório das Comunicações e a “abrir o diálogo” com os movimentos que defendem a democratização do setor no Brasil. Para o partido, a democratização é “urgente e inadiável'. Dilma tem em mãos uma proposta de Marco Regulatório elaborada no final do segundo governo Lula, mas o anteprojeto não seguiu adiante – sob argumento do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, de que as questões relativas à reforma mereciam ser melhor debatidas. Na semana passada, porém, o secretário-executivo do Ministério, Cezar Alvarez, descartou a possibilidade de esse debate se dar no atual man dato presidencial. O motivo seria a proximidade das eleições de 2014. Na resolução de hoje, o PT também pede a Dilma que reveja o pacote de isenções para as empresas de telecomunicações, no valor de R$ 60 bilhões, reinicie o processo de recuperação da Telebrás.(Diretório Nacional do PT/Redação)
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| Veja mais >> | |||||||
| COTAÇÃO DO PETRÓLEO | |||||||
O barril Tipo Brent estava em US$ 111,39 em Londres nesta 3ª feira(05/03). Por seu lado o óleo leve negociado em Nova Iorque foi para US$ 90,71 o barril. (Infomoney)
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| Notícias importantes dos últimos "AEPET Diretos": | |||||||
LIVRO: OS RESPONSÁVEIS PELAS CRISES FINANCEIRAS CONTEMPORÂNEAS E SUAS ORIGENS. O autor é o General Roberto Badillo Martinez e é um lançamento da Capax Dei Editora (2012), 144 páginas.O preço de cada exemplar é R$ 30,00. Neste livro, Roberto Badillo Martinez oferece uma instigante exposição do sistema de poder que se encontra por detrás da presente crise econômica e financeira mundial, centrado em um cartel de bancos privados internacionais, que gravita em torno do Sistema da Reserva Federal dos EUA, do Banco da Inglaterra e do Banco de Compensações Internacionais (BIS), apoiado no papel hegemônico do dólar estadunidense como moeda de reserva e comércio internacional.(LEIA MAIS)
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| "AEPET Notícias" - Leia os boletins mais recentes | |||||||
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Livros | Palestras (Aqui você poderá ler na íntegra a Palestra que Fernando Siqueira, vice-presidente da AEPET e a Auditora Fiscal, Maria Lúcia Fatorelli apresentaram no Clube de Engenharia - na Cúpula doa Povos - Rio+20). A Palestra também teve a participação de Luiz Pinguelli Rosa; ela foi filmada e você também poderá assisti-lá aqui.
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Boletim de atualização - Nº 261- 5/3/2013
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DOSSIÊ: VALEU, CHÁVEZ!
Nossos textos debatem papel e legado de um personagem latino-americano singular
Setembro-12: doente, porém disposto, Chávez parte para 13ª vitória, em 14 eleições
O porquê do ódio a Chávez
Ele cumpriu a promessa de governar para as maiorias e mostrou que História não tinha terminado. Por isso (não por seus erros) oligarquias o detestam… Por Ignacio Ramonet e Jean-Luc Melenchon (5/10/2012)
Uma vitória e seus significados
Oposição reconhece caráter democrático das eleições. Resultado referenda projeto do presidente, porém com ressalvas. Futuro parece depender de criatividade política. Por Antonio Martins (8/10/2012)
Nova batalha na Venezuela
Em luta contra câncer, presidente reúne e encanta multidões. Suas conquistas são inegáveis. Ele promete: “quando eu for, serei vocês”. Por Ignacio Ramonet (7/8/2012)
O fantasma do autoritarismo latino-americano
Para os grupos dominantes da região (incluindo seus parceiros no exterior), a democracia parece ser mera conveniência e artifício retórico. Por Felipe Amin Filomeno (25/6/2012)
A esquerda mundial após 2011
Immanuel Wallerstein propõe: múltiplas correntes que desejam superar capitalismo precisam construir certos acordos, para não desperdiçar esperanças surgidas no ano (3/1/2012)
Sin perder la ternura jamás
Contraditória, mas sempre intensa, América Latina continua em transe. Depois de superar ditaduras e neoliberalismo, irá além do “desenvolvimento”?Por Tadeu Breda (22/11/2012)
O chavismo em seu curto-circuito
O sociólogo Edgardo Lander examina, no Fórum Social Mundial, as causas da nova crise venezuelana. Para ele, a esquizofrenia do processo bolivariano está na origem das turbulências (28/1/2010)
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OUTRAS MÍDIAS
Uma seleção do material publicado pela blogosfera independente
Uma seleção do material publicado pela blogosfera independente
A guerra invisível nas cidades brasileiras
Erminia Maricato sustenta: poder econômico despreza Planos Diretores, evita debates, introduz políticas por conchavos; em SP, prioridade é urbanizar periferias. Por Gisele Brito, na Rede Brasil Atual
Rio: asfalto invade o morro
Declínio da violência atrai baladas classe média para favelas e morros antes dominados pelo crime. Caras e barulhentas, festas excluem moradores das favelas. Por Marsílea Gombata, em Carta Capital

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