quinta-feira, 7 de março de 2013

EDUCAÇÃO - Sayonara(QUARAÍ-RS) - Religiões Afro-brasileiras







    As principais religiões afro-brasileiras são o candomblé, a quimbanda e a umbanda. Quando se analisam as religiões afro-brasileiras separadamente, nota-se que o encolhimento do número de adeptos é grande na umbanda, mas que no candomblé há aumento. A maior concentração de devotos declarados das religiões afro-brasileiras está no estado do Rio Grande do Sul, seguido do Rio de Janeiro e da Bahia.

Candomblé– Religião afro-brasileira que cultua os orixás, deuses das nações africanas de língua ioruba dotados de sentimentos humanos, como ciúme, raiva e vaidade. 

O candomblé chegou ao Brasil entre os séculos XVI e XIX com o tráfico de escravos negros da África Ocidental. Sofreu grande repressão dos colonizadores portugueses, que o consideravam feitiçaria. Para sobreviver às perseguições, os adeptos passaram a associar os orixás aos santos católicos, em um fenômeno de sincretismo religioso. As cerimônias ocorrem em templos chamados terreiros, sua preparação é fechada e envolve muitas vezes o sacrifício de pequenos animais. São celebradas em língua africana e marcadas por cantos e pelo som dos atabaques (tambores), cujo ritmo varia segundo o orixá homenageado. A consulta aos orixás é realizada por meio de jogos de adivinhação, como o de búzios. No Brasil, a religião cultua, ao lado do Deus supremo criador dos orixás, Olodumaré, apenas 16 dos mais de 200 orixás existentes na África Ocidental. Os seguidores declarados do candomblé eram cerca de 107 mil em 1991 e quase 128 mil em 2000, o que representa um crescimento de 30,8%.

Umbanda –  Religião brasileira nascida no Rio de Janeiro, nos anos 1920, da mistura de crenças e rituais africanos e europeus. Estamos falando aqui da umbanda mediúnica ou como alguns resolvem chamar de Umbanda Sagrada. As raízes umbandistas encontram-se em duas religiões trazidas da África pelos escravos: a cabula, dos bantos, e o candomblé, da nação nagô. A umbanda considera o universo povoado por entidades espirituais, os guias, que entram em contato com os homens por intermédio de um  médium, que os incorpora. Tais guias se apresentam por meio de figuras, como o caboclo, o preto-velho e a pombajira. Os elementos africanos misturam-se ao catolicismo, criando a identificação de orixás com santos. Outras influências são o espiritismo kardecista, os ritos indígenas e práticas mágicas européias. Segundo dados do Censo de 2000, a umbanda, que contava com cerca de 542 mil devotos declarados em 1991, teve o contingente reduzido para 397 mil em 2000, uma perda de 26,8% de fiéis.

     Além dessa umbanda, tem a Umbanda verdadeira, cuja raiz, tronco e todas as manifestações são genuinamente africanas. Trata-se da Umbanda Omolokô da Nação Lunda Kioko do sudoeste de Angola.

     Esta Umbanda disputa fiéis no território de Angola, que além de possuí-la possui também o candomblé de Angola, cujos ingorossis (rezas e ladainhas) são todos no dialeto de Angola e não em Iorubá como os Candomblés da Nação Nagô, Keto e Gege.

      A diferença entre a Umbanda Omolokô e o Candomblé de Angola está em dois princípios básicos: um de fé e o outro de ritual. Enquanto o candomblé procura ficar longe dos eguns (alma de pessoa morta), a Umbanda Omolokô cultua as almas.

     E na ritualística, o candomblé conserva o Yaô 21 dias na camarinha e raspa-lhe toda a cabeça, enquanto que a Umbanda faz a ritualística com 14 dias fora da camarinha e apenas os últimos 7 dias são de recolhimento total do Yaô.

     A Umbanda não raspa toda a cabeça, mas apenas a “carapinha”, onde é feito o ritual de iniciação e colocado todos os “Axés”.

    Enquanto a umbanda mediúnica é fundamentada em fé e crendices, a umbanda iniciática (Omolokô) é fundamentada dentro dos princípios da Cabala que recebeu dos povos egípcios, árabes, judeus etc. nas invasões daquela região por esses povos ou por outros povos africanos que já haviam recebido tais influências, anteriormente, e depois vieram a invadir a região.

     A Umbanda mediúnica prende-se à incorporação de entidades, através dos médiuns e a simpatias, enquanto que a Umbanda Iniciática prende-se à magia, que é executada, através de conhecimento de leis da natureza e da manipulação dessas leis. A incorporação na Umbanda Iniciática é secundária e os babalorixás (em Yorubá) ou Tata ti Inkince (no dialeto de Angola) até mesmo as evitam, uma vez que, sendo eles agora iniciados,  são eles que controlam as entidades e, portanto, não são mais “cavalos”, nem “burros” das entidades como são chamados os médiuns na umbanda mediúnica. A Incorporação só se dá por vontade do babalorixá e geralmente, isso só acontece em dias de festividades, quando, então, o ritual do terreiro é aberto para que haja platéia na realização dos trabalhos.

Eis os principais Orixás africanos:
Oxalá
O mais elevado dos deuses iorubás
Ogum
Deus dos guerreiros
Xangô
Deus do trovão
Oxum
Deusa das água doces, da fecundidade e do
amor
Oiá-Iansã
Deusa das tempestades, dos ventos e dos
relâmpagos
Oxóssi
Deus dos caçadores
Iemanjá
Deusa dos mares e oceanos
Obaluaê/Omulu
Deus da varíola e das doenças
Oxumaré
Deusa da chuva e do arco-íris


     Em relação ao Exu, algumas poucas nações o consideram como um Orixá, mas a grande maioria, tanto da umbanda iniciática como do candomblé, o considera com escravo dos Orixás que executa as determinações dadas pelo babalorixá em nome do seu Orixá de cabeça. Os assentamentos de exu são feitos com instrumentos de ferro, garfos (tridentes) e na África, em muitas nações, ainda, com instrumentos fálicos que simbolizam o órgão sexual masculino. Existe ainda a Bombogira que é uma entidade (exu) metá metá, mas que atua mais como entidade feminina. No Brasil ela é chamada pomba-gira( pombajira) e é cultuada como entidade feminina.
A Umbanda, o Candomblé, a Quimbanda e outras religiões do mesmo gênero

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