
Saci-Pererê,
o menino sapeca
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“Saci-Pererê de uma perna só, conheço
você das histórias da vovó...” Assim começa uma cantiga que fala de um dos
personagens mais fascinantes do nosso folclore. Tão importante, que faz parte
do mundo encantado de Monteiro Lobato (Sítio do Picapau Amarelo). É uma
criança, um negrinho de uma perna só, que fuma cachimbo e usa um gorro
vermelho que lhe dá poderes mágicos, como o de aparecer e desaparecer em
qualquer lugar. Brincalhão, adora fazer molecagens como: esconder brinquedos,
soltar animais dos currais, derramar sal na cozinha e fazer tranças na crina
dos cavalos. Dizem que se alguém jogar uma peneira ou um rosário de
mato-bento dentro de um redemoinho de vento é possível capturá-lo, e se
conseguir pegar seu gorro, será recompensado com a realização de um desejo.
Alguém perseguido por ele deve jogar cordas com nós em seu caminho e, então,
ele vai parar para desatá-los, deixando a pessoa fugir.
Origem provável: os primeiros relatos são da Região Sudeste do
Brasil, no século XIX, em Minas Gerais e em São Paulo, mas em Portugal há
relatos de uma lenda semelhante.
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Travessuras e molecagens é com ele mesmo.
O Saci talvez seja o personagem mais famoso e
conhecido do folclore brasileiro.
Ele é um negrinho baixinho que só tem uma perna,
a esquerda. Usa um short pequeno e um gorro vermelho na cabeça.
Gosta de fumo e de uma boa cachaça.
As pessoas que em suas viagens levam fumo e
cachaça, seguem tranquilas.
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Negrinho
do Pastoreio, o menino do milagre
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Conta a lenda que nos tempos da escravidão, no Sul do Brasil, havia um
fazendeiro malvado que tinha escravos e peões. Em um dia muito frio de
inverno ele enviou um menino escravo para pastorear os cavalos e potros. No
final da tarde, quando o menino voltou, o fazendeiro verificou que faltava um
cavalo baio (de cor castanha). Então, ele pegou um chicote e deu uma forte
surra no indefeso escravo. Sangrando e aflito, o menino voltou ao pasto para
procurar o cavalo, mas não conseguiu capturá-lo. Retornando à fazenda, ele
foi surrado novamente e amarrado nu sobre um formigueiro. No dia seguinte, o
patrão foi ver o estado de sua vítima e tomou um enorme susto: o menino
estava em pé, com a pele lisa e sem nenhuma marca das chicotadas. Ao lado
dele, a Virgem Nossa Senhora, e mais adiante o baio e os outros cavalos.
Então, ele se jogou no chão pedindo perdão, mas já era tarde. O menino beijou
a mão da santa, montou no baio e partiu conduzindo a tropilha.
Origem provável: o Negrinho do Pastoreio é uma lenda africana e
católica, muito contada no final do século XIX pelos brasileiros que
defendiam o fim da escravidão.
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