DROPS Maio, 13 - http://www.paulotimm.com.br/ site/downloads/lib/pastaup/ DROPS/130513012851Drops_maio_ 13_Bicicletas_de_volta_a_cena. pdf
BIKES : Uma nova era na vida das cidades
Semana passada registrou um dos maiores passeios ciclísticos do mundo: O TD Five Boro Bike Tour. Mais de 30 mil ciclistas percorreram todas as pontes de Manhattan, visitando diversos bairros. Tudo dentro de estritas normas de segurança.Um acontecimento que marca uma nova era no trânsito congestionado em muitas metrópoles. A Era das Bicicletas.
Até pouco tempo atrás, o uso da bicicleta era um caso raro, muito próximo de pessoas com estilos alternativos de vida, desportistas e , sobretudo, jovens. Hoje, porém , isto está mudando. Os deslocamentos nas cidades está ficando cada vez mais insuportável, o custo da locomoção elevado, a vida mais difícil Com isto, as velhas bicicletas são chamadas de volta e vemos sisudos executivos, provectas senhoras, muita gente pedalando pelas ruas.
No Brasil os passeios ciclísticos proliferam. São Paulo, Rio, Cuiabá e Porto Alegre são muito afeitas a essas mobilizações. No caso de Porto Alegre ela vem se convertendo, até, em processo político, recolocando o MASSA CRÍTICA, movimento dos ciclistas, no centro de processo de recolocação de gente nas ruas. Em Torres, um pequeno grupo já está se consolidando.
O uso da bicicleta, porém exige cuidados. Cuidados dos pais que entregam um veículo, assim consignado no Código Nacional de Trânsito aos filhos menores. Cuidados dos próprios ciclistas, que devem estar atento ao fato de que se incorporam numa cadeia de " interesses" que fluem pelas vias urbanas. Cuidados das autoridades, que devem fazer o que nunca fizeram no Brasil: Pensar nas pessoas e não apenas nos automóveis.
Dou um exemplo aqui em Torres: A Ponte sobre o Mampituba. Quem são as autoridades (ir) responsáveis que não vigiam o tráfego sobre a ponte? É comum ver-se ali pedestres, ciclistas, motociclistas, automóveis e carroças trafegando sem nenhum controle. Até que um dia vai acontecer um acidente. As cabeceiras da Ponte também são precárias, principalmente do lado de Torres, quando a ponte cai, abruptamente sobre solo gaúcho e ainda se abre em ângulo de 90 graus para reversâo. Tampouco há calçadas no acesso 'a Ponte, podendo ver-se, diariamente, o trânsito de pedestres no meio da rua. Tudo isto porque as autoridades só pensam no Senhor Automóvel.
Quando o mundo inteiro se volta para o renascimento da bicicleta, é mister estar atento a isto. Torres, a propósito, é uma cidade plana, apropriada ao uso da bicicleta que, aliás é fartamente usada por jovens e por trabalhadores. Mas ainda não temos uma consciência de segurança para o ciclista na cidade. Ciclovias improvisadas foram criadas e abandonadas 'a própria sorte. As bicicletas dificilmente são equipadas para uso noturno, sendo visível, a cada dia o risco que elas significam nas principais vias de acesso ao centro. Ninguém sabe, nem autoridades municipais, nem ciclistas, nem condutores de carros, que a bicicleta é um veículo e o ciclista tem direitos e obrigações neste processo, cujo principal ator é sempre o pedestre. Ciclistas continuam andando em disparada pelas praças e passeios públicos. Ou na contramão nas ruas. Risco, enfim, para todo mundo. E não adiantam pequenas ou pontuais advertências. É hora de se levar a sério a bicicleta, como importante fator de locomoção na cidade e sobre a qual devemos ter um programa sistemático de educação e prevenção de acidentes. Um bom ponto de partida para a formação dessa consciência são os passeios e olimpíadas ciclísticas. Vamos nessa!!!!
Paulo Timm- Torres, 10 maio 2013
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