Clique para abrir Drops maio 15 - PETRÓLEO, C&T _ Grafeno
COLUNA DO TIMM - ( Ver na íntegra, com gráficos, no DROPS, acima)
PETROLEO, C&T e o Grafeno – Paulo Timm –
(copyleft - autorizada a publicação por qualquer meio)
O noticiário de hoje se volta para dois assuntos: MP dos Portos e Leilões de Petróleo pela ANP. Não sei qual dos assuntos me causa mais espanto. Tudo em nome da “resolubilidade”, nova palavrinha mágica que se incorpora à nossa sopa fria – de pedra...Fico imaginando se procedimentos como os que estão sendo levados a cabo por um Governo “Popular e Democrático”, sob a égide do PT, fossem feitos pelo Governo FHC ou até, remotamente, pelos militares. Aliás, a abertura da prospecção do petróleo brasileiro às multinacionais começou com o Governo Geisel. E eu fui um dos que chiou, esperneou, denunciou. Eu acreditava, leal às consignas da década de 50 que O PETRÓLEO É NOSSO! . Era...Foi...Com os leilões de ontem, babaus! Jogamos fora um pedaço do futuro, que nem nos pertence, mas às gerações vindouras.
Quando derrubam uma árvore numa grande cidade brasileira, todo mundo chia. É a CONSCIÊNCIA VERDE em marcha forçada. Nada mau. Mas ontem fizemos – eu não ! – muito pior: entregamos parte do nosso patrimônio fóssil não renovável e com ele se vai uma das vantagens que temos – ou teríamos – sobre a China, em termos patrimoniais de recursos naturais:
Patrimônio
|
China(US$Trilhões)
|
Brasil(US$ Trilhões)
|
Total |
7
|
7
|
Construído |
1,1
|
1,4
|
Humano
|
5,2
|
2,5
|
Natural
|
0,7
|
3,1
|
Fonte Humberto Dalsasso – www.confecon.org.br
Os leitões, digo, leilões, de ontem engordarão interesses alheios aos nossos. Lula e Dilma, apesar de todos os seus méritos quanto à diminuição da pobreza no Brasil, já foram acusados por um certo Bispo Krautler, de passarem para a História como predadores da Amazônia. Ela , com os ditos “leitões”servidos de bandeja ao capital internacional, pode vir, agora, a acumular o título com o de Predadora do Petróleo...Vão nos deixar uma migalha de recursos que se perderão nos meandros da gastança pública com juros. Como diz o Eng. ILDO SAUER, Ex-Diretor da Petrobrás:
É esse o quadro. Ou a população brasileira se dá conta do que está em jogo, ou o processo vai
ser o mesmo de sempre. Do jeito que foi-se a prata, foi-se o ouro, foram-se as terras, irão
também os potenciais hidráulicos e o petróleo, para essas negociatas entre a elite. O modelo
aprovado não é adequado. Mantém-se uma aura de risco sem necessidade, para justificar que o
cara está “correndo risco”, mas um risco que ele já sabe que não existe.
Mas, enquanto liquidamos o patrimônio público para gastar não se sabe onde – O Governo Federal tem 39 Ministros da “Base Aliada”, mais de 20 mil cargos em Comissão e queima 40% dos impostos arrecadados com pagamento de juros da dívida pública, agora novamente sujeita à exposição internacional com a idéia de um dos queridinhos do MINIFAZ em lançar Títulos no exterior – nossas UNIVERSIDADES mourejam no bacharelismo e a C & T no país engatinham. Retiro do meu amigo Pedro, no Facebook, hoje cedo:
TOMADAS PELO PROSELITISMO IDEOLÓGICO, AS UNIVERSIDADES NA AMÉRICA LATINA SÃO CADA VEZ MAIS MEDÍOCRES EM TERMOS DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA. A prestigiada revista Nature Scientific Reports acaba de publicar um mapa das cidades mais importantes na investigação científica, que mostra que "não há nenhuma cidade latino-americana entre as 100 primeiras cidades produtoras de conhecimento científico do mundo, de acordo com a publicação. Uma tabela que aparece junto ao mapa, mostra que 56% das 100 maiores cidades produtoras de artigos científicos no mundo, estão nos EUA, 33% na Europa e 11% na Ásia. Uma possível explicação é que as universidades latino-americanas são muito boas na área de humanas, mas não estão entre as melhores do mundo em ciência."
Respondo-lhe que nada tenho contra as Ciências Humanas, sendo, eu próprio um de seus devotos. Nem contra o desenvolvimento do espírito crítico em nossas Universidades. Sem ele não se vai a lugar nenhum. Mas estarmos fora do circuito do conhecimento científico, todo o continente, isso “ ‘’é de lamentar, meu caro Otis”, como diz meu jardineiro ilustre. Meu Deus! E essa é a grande diferença nossa para com outros países do BRIC. Vamos consolidando o Fazendão, no melhor estilo primário exportador, enquanto a China, com o dobro do gastamos em C&T , sobre o PIB, se prepara para ser um dos três protagonistas mundiais, ao lado dos Estados Unidos e Alemanha.
Aí até o imortal de um livro só , como diria o saudoso M.Scliar Merval Pereira, chia:
“Os países desenvolvidos aplicam cerca de 7% do PIB em pesquisa e desenvolvimento. O Brasil não passa de 1%, sendo largamente suplantado por Coréia do Sul e China países que estavam atrás do Brasil em 1980.”
(Merval Pereira - (http://www.iedi.org.br/ cartas/carta_iedi_n_492_uma_ comparacao_entre_a_agenda_de_ inovacao_da_china_e_do_brasil. html ):)
Tudo muito simples: Como dois e dois são trinta e cinco..
.
Então a China consagra-se, como a GRANDE FÁBRICA do mundo, elevando com isto o peso de sua INDUSTRIA no PIB e elevando, em conseqüência, a produtividade média da economia ; o Brasil, consagra-se como o FAZENDÃO, ornado com grandes Rodeios de Peões Boiadeiros que ganham concursos internacionais e pela devastação de suas florestas. No fim, trocamos produtos agrícolas e minérios para a China e importamos produtos de mais alta densidade tecnológica. As exportações de produtos primários que já haviam caído para 30% do total das exportações, em 2004, voltaram a crescer para 44% em 2010, enquanto as de manufaturas caíram de 57% para 43%. Isto por pura sorte, graças à uma conjuntura favorável aos preços dos produtos primários, não sucumbimos neste processo. Dados do Ex-Prefeito Cesar Maia (NL 14 nov 2011), afirmam que “a participação brasileira na produção mundial caiu de 3,1% em 1995, para 2,9% em 2009. No mesmo período, a China saltou de 5,7% para 12,5% e a Índia foi de 3,2% para 5,1% .” Sintomaticamente, “O peso do Brasil na indústria de países emergentes recuou de 8% em 2000 para 5,4% em 2009, de acordo com a Onudi (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial)”.
“A política industrial sempre privilegiou a produção do País sem enfatizar o controle sobre a
tecnologia utilizada, ou mesmo o controle sobre o capital - que é necessário ao controle dessa
tecnologia.10 O que se observa no Brasil é, primeiro, uma indústria que por formação e situação
objetiva é estruturalmente dependente da tecnologia importada e, segundo, uma política de ciência
e tecnologia que produziu um sistema público de C&T, mas encontrou grandes dificuldades para
superar sua distância em relação ao setor produtivo.” (http://www.defesabr.com/MD/ Planobrasil/Programasaturno/ md_projetoatom.htm)
Precisamos, pois, urgentemente, repensar a economia brasileira para os próximos decênios, dando especial destaque à reorganização industrial e à C&T. Se ao menos houvesse uma determinação de investir os recursos dos leilões do petróleo neste Projeto, pelo menos poderíamos nos justificar historicamente.
Edmar Bacha, conservador, ligado aos tucanos, um dos mentores do Real à época em que FHC ainda era Ministro da Fazenda e J.M.Belluzzo, progressista, histórico do PMDB e um dos autores do Plano Cruzado e do célebre ESPERANÇA E MUDANÇA, que norteou o Partido na Nova República, apontam vários e concorrentes caminhos.
Detenho-me, aqui, na importância dos novos materiais e do grafeno, em especial, um produto que deverá mudar radicalmente a vida cotidiana num futuro próximo. As pesquisas com este produto renderam Nobel da Física de 2010 ao cientista russo-britânico Konstantin Novoselov e ao cientista holandês nascido na Rússia Andre Geim. [6] (wiki)
Acima, em NOTÍCIA EM DESTAQUE, fiz uma seleção de leituras sobre o que o significado do grafeno. O material, trabalhado há mais de 20 anos, me chamou a atenção num CIÊNCIA E TECNOLOGIA da Globonews, há algum tempo e desde então venho escrevendo sobre ele: A NOVA TECNOLOGIA DO CARBONO – Globonews – Globo Ciencia – 21 jan 2012
Mais informações podem ser obtidas em TORRES REVISTA DIGITAL, que edito, desde a mais bela praia do Rio Grande do Sul, onde resido: http://www.torres-rs.tv/site/ pags/almanaque_vocesabia2.php? id=1548%22. Em todo o caso, o grafeno é o material do futuro.
Nesta quadra da nossa História, quando se prepara o cenário para as eleições presidenciais no ano que vem, nada melhor, para estimular o debate que verdadeiramente interessa à Nação, do que se pensar na Política de Ciência e Tecnologia para o Brasil do presente, de forma a que, no futuro tenhamos não só maior consistência e produtividade na nossa Indústria, tornando-a internacionalmente competitiva, como possamos ter o orgulho de ter mais cientistas citados em periódicos internacional e até, eventualmente, agraciados com um NOBEL. Não custa sonhar. Mas para sonhar, contrariamente ao que pensa o senso comum, há que abrir os olhos. Não tanto que se os tenha arrancado da cara, mas o suficiente para que vejam o que deve ser visto.
Tudo muito simples: Como dois e dois são trinta e cinco...
Então a China consagra-se, como a GRANDE FÁBRICA do mundo, elevando com isto o peso de sua INDUSTRIA no PIB e elevando, em conseqüência, a produtividade média da economia ; o Brasil, consagra-se como o FAZENDÃO, ornado com grandes Rodeios de Peões Boiadeiros que ganham concursos internacionais e pela devastação de suas florestas. No fim, trocamos produtos agrícolas e minérios para a China e importamos produtos de mais alta densidade tecnológica. As exportações de produtos primários que já haviam caído para 30% do total das exportações, em 2004, voltaram a crescer para 44% em 2010, enquanto as de manufaturas caíram de 57% para 43%. Isto por pura sorte, graças à uma conjuntura favorável aos preços dos produtos primários, não sucumbimos neste processo. Dados do Ex-Prefeito Cesar Maia (NL 14 nov 2011), afirmam que “a participação brasileira na produção mundial caiu de 3,1% em 1995, para 2,9% em 2009. No mesmo período, a China saltou de 5,7% para 12,5% e a Índia foi de 3,2% para 5,1% .” Sintomaticamente, “O peso do Brasil na indústria de países emergentes recuou de 8% em 2000 para 5,4% em 2009, de acordo com a Onudi (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial)”.
“A política industrial sempre privilegiou a produção do País sem enfatizar o controle sobre a
tecnologia utilizada, ou mesmo o controle sobre o capital - que é necessário ao controle dessa
tecnologia.10 O que se observa no Brasil é, primeiro, uma indústria que por formação e situação
objetiva é estruturalmente dependente da tecnologia importada e, segundo, uma política de ciência
e tecnologia que produziu um sistema público de C&T, mas encontrou grandes dificuldades para
superar sua distância em relação ao setor produtivo.” (http://www.defesabr.com/MD/ Planobrasil/Programasaturno/ md_projetoatom.htm)
Precisamos, pois, urgentemente, repensar a economia brasileira para os próximos decênios, dando especial destaque à reorganização industrial e à C&T. Se ao menos houvesse uma determinação de investir os recursos dos leilões do petróleo neste Projeto, pelo menos poderíamos nos justificar historicamente.
Edmar Bacha, conservador, ligado aos tucanos, um dos mentores do Real à época em que FHC ainda era Ministro da Fazenda e J.M.Belluzzo, progressista, histórico do PMDB e um dos autores do Plano Cruzado e do célebre ESPERANÇA E MUDANÇA, que norteou o Partido na Nova República, apontam vários e concorrentes caminhos.
Detenho-me, aquim, na importância dos novos materiais e do grafeno, em especial, um produto que deverá mudar radicalmente a vida cotidiana num futuro próximo. As pesquisas com este produto renderam Nobel da Física de 2010 ao cientista russo-britânico Konstantin Novoselov e ao cientista holandês nascido na Rússia Andre Geim. [6] (wiki)
Acima, em NOTÍCIA EM DESTAQUE, fiz uma seleção de leituras sobre o que o significado do grafeno. O material, trabalhado há mais de 20 anos, me chamou a atenção num CIENCIA E TECNOLOGIA da Globonews, há algum tempo e desde então venho escrevendo sobre ele: A NOVA TECNOLOGIA DO CARBONO – Globonews – Globo Ciencia – 21 jan 2012
Mais informações podem ser obtidas em TORRES REVISTA DIGITAL, que edito, desde a mais bela praia do Rio Grando do Sul, onde resido: http://www.torres-rs.tv/site/ pags/almanaque_vocesabia2.php? id=1548%22. Em todo o caso, o grafeno é o material do futuro.
Nesta quadra da nossa História, quando se prepara o cenário para as eleições presidenciais no ano que vem, nada melhor, para estimular o debate que verdadeiramente interessa à Nação, do que se pensar na Política de Ciência e Tecnologia para o Brasil do presente, de forma a que, no futuro tenhamos não só maior consistência e produtividade na nossa Indústria, tornando-a internacionalmente competitiva, como possamos ter o orgulho de ter mais cientistas citados em periódicos internacional e até, eventualmente, agraciados com um NOBEL. Não custa sonhar. Mas para sonhar, contrariamente ao que pensa o senso comum, há que abrir os olhos. Não tanto que se os tenha arrancado da cara, mas o suficiente para que vejam o que deve ser visto.
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