Frei Fernando de Brito, o rio-branquense que foi preso e
torturado durante a Ditadura Militar de 1964, abriu a programação da Semana
Nacional dos Museus, ontem, com palestra sobre o tema: “Tempo de Vida, Tempo de
Esperança”. Frei Fernando conviveu nos
porões da Ditadura com Frei Beto e outros presos políticos.
Ele disse que, depois da Segunda Guerra
Mundial, muitos regimes totalitários caíram e começou a despertar a esperança
no meio dos estudantes e dos trabalhadores para o direito de ser felizes. Independente
de ser cristão. Que a pessoa não precisa
se declarar para ser cristão. Se ela é,
simplesmente é. E que a essência de ser
cristão não são os superiores, nem os templos que identificam. Que o sacerdócio não está nas honras do poder.
O sacerdócio é um modo de ser e de fazer.
E que, de acordo com o nosso tempo, o Papa João XXIII foi a mais
importante figura da Igreja no Século XX.
O Papa
João XXIII emitiu
oito Encíclicas Papais durantes seus cinco anos de mandato como Papa da Igreja Católica Romana, desde a sua
eleição em 28 de outubro de 1958 até sua morte em 3 junho de 1963. Duas de suas
encíclicas, Mater et Magistra e Pacem in Terris, são especialmente importantes.(Wikipédia)
Disse que nesse período a sociedade
passa a procurar e identificar injustiça, afirmando: enquanto houver falta de
Educação, de conhecimento, há Injustiça Social.
E que o Reino está entre nós: acabar com a Injustiça Social. O
sofrimento não é coisa de Deus; a fome não é coisa de Deus; o desemprego não é
coisa de Deus. De Deus é a felicidade, a fartura, o trabalho. A carência desses bens é um Pecado
Social. E que alcançar o Reino desses bens
que levam à felicidade é factível e possível. O importante para dar sentido à
vida é sermos nós mesmos. Não temos o direito de esperar que as coisas aconteçam. E que temos de lutar para fazer acontecer
tudo aquilo que nos proporcione a felicidade coletivamente.
Frei Fernando, antes de entrar no tema
de sua palestra fez um registro amável dizendo que estava na Praça da
Liberdade, onde havia um encontro de bandas de música. Como ele gosta muito desse estilo de arte
musical, aproximou-se para ver de perto as apresentações. E qual não foi a sua
surpresa ao ver a Filarmônica Rio Branco, conhecida no passado como a Banda
do Peron. E então lhe vieram velhas lembranças desde o Aero Clube e as retretas
na Praça. E que, melhor ainda, a Filarmônica
sendo destaque entre as outras em Belo Horizonte, ao receber maior ovação do
público. Era o seu reencontro com a terra natal.
Ao fim da palestra, na sua
simplicidade, Frei Fernando de Brito recebeu aplausos, calorosos cumprimentos, posou para
foto ao lado de admiradores.
Em seguida, o conjunto Harmoniu’us, do
Conservatório Estadual de Música Professor Theodolino José Soares apresentou
vários números de alta qualidade que proporcionaram deleite à platéia, na
suavidade de três violinos, um violoncelo e acordeon.
O espetáculo aconteceu no Teatro Jotta Barroso(CAEF), Av. São
João Batista – Água Limpa, das 20 horas até aproximadamente 21:30.
A 11ª Semana dos Museus prossegue hoje, terça-feira, às 20 horas, no
Teatro do Museu, com homenagem ao Centenário de Luis Gonzaga e ao Sr.
Antônio Soares de Souza e sua festa de São João.
Usará da palavra a profª Edyr Soares de Almeida. Um grupo de
alunos da profª Teresa Purgatto, do Conservatório Estadual de Música Prof.
Theodolindo José Soares, tocará músicas de Luis Gonzaga.
O Rei do Baião muitas vezes veio a Visconde do Rio Branco animar as
Festas de São João promovidas por seu compadre Sr. Antônio Soares, no antigo
Engenho Piedade.
(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)
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