terça-feira, 7 de maio de 2013

Frei Fernando de Brito: a fome é um pecado social





             
      Frei Fernando de Brito, o rio-branquense que foi preso e torturado durante a Ditadura Militar de 1964, abriu a programação da Semana Nacional dos Museus, ontem, com palestra sobre o tema: “Tempo de Vida, Tempo de Esperança”.  Frei Fernando conviveu nos porões da Ditadura com Frei Beto e outros presos políticos. 

         Ele disse que, depois da Segunda Guerra Mundial, muitos regimes totalitários caíram e começou a despertar a esperança no meio dos estudantes e dos trabalhadores para o direito de ser felizes. Independente de ser cristão.  Que a pessoa não precisa se declarar para ser cristão.  Se ela é, simplesmente é.  E que a essência de ser cristão não são os superiores, nem os templos que identificam.  Que o sacerdócio não está nas honras do poder. O sacerdócio é um modo de ser e de fazer.  E que, de acordo com o nosso tempo, o Papa João XXIII foi a mais importante figura da Igreja no Século XX.

          O Papa João XXIII emitiu oito Encíclicas Papais durantes seus cinco anos de mandato como Papa da Igreja Católica Romana, desde a sua eleição em 28 de outubro de 1958 até sua morte em 3 junho de 1963. Duas de suas encíclicas, Mater et Magistra e Pacem in Terris, são especialmente importantes.(Wikipédia)

         Disse que nesse período a sociedade passa a procurar e identificar injustiça, afirmando: enquanto houver falta de Educação, de conhecimento, há Injustiça Social.  E que o Reino está entre nós: acabar com a Injustiça Social. O sofrimento não é coisa de Deus; a fome não é coisa de Deus; o desemprego não é coisa de Deus. De Deus é a felicidade, a fartura, o trabalho.  A carência desses bens é um Pecado Social.  E que alcançar o Reino desses bens que levam à felicidade é factível e possível. O importante para dar sentido à vida é sermos nós mesmos. Não temos o direito de esperar que as coisas aconteçam.  E que temos de lutar para fazer acontecer tudo aquilo que nos proporcione a felicidade coletivamente.

         Frei Fernando, antes de entrar no tema de sua palestra fez um registro amável dizendo que estava na Praça da Liberdade, onde havia um encontro de bandas de música.  Como ele gosta muito desse estilo de arte musical, aproximou-se para ver de perto as apresentações. E qual não foi a sua surpresa ao ver a Filarmônica Rio Branco, conhecida no  passado como a Banda do Peron. E então lhe vieram velhas lembranças desde o Aero Clube e as retretas na Praça.  E que, melhor ainda, a Filarmônica sendo destaque entre as outras em Belo Horizonte, ao receber maior ovação do público. Era o seu reencontro com a terra natal. 

         Ao fim da palestra, na sua simplicidade, Frei Fernando de Brito recebeu  aplausos, calorosos cumprimentos, posou para foto ao lado de admiradores. 

         Em seguida, o conjunto Harmoniu’us, do Conservatório Estadual de Música Professor Theodolino José Soares apresentou vários números de alta qualidade que proporcionaram deleite à platéia, na suavidade de três violinos, um violoncelo e acordeon. 

O espetáculo aconteceu no Teatro Jotta Barroso(CAEF), Av. São João Batista – Água Limpa, das 20 horas até aproximadamente 21:30. 

A 11ª Semana dos Museus prossegue hoje, terça-feira, às 20 horas, no Teatro do Museu, com  homenagem ao Centenário de Luis Gonzaga e ao Sr. Antônio Soares de Souza e sua festa de São João. 

Usará da palavra a profª Edyr Soares de Almeida.  Um grupo de alunos da profª Teresa Purgatto, do Conservatório Estadual de Música Prof. Theodolindo José Soares, tocará músicas de Luis Gonzaga.

O Rei do Baião muitas vezes veio a Visconde do Rio Branco animar as Festas de São João promovidas por seu compadre Sr. Antônio Soares, no antigo Engenho Piedade.

 (Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)

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