sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sayonara(QUARAÍ-RS) - EDUCAÇÃO - A CONSTRUÇÃO DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL



 

A CONSTRUÇÃO DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL











INTRODUÇÃO


Esta monografia tem como tema a construção da leitura na Escola de Ensino Fundamental II, da rede pública, que trata da problemática da leitura, que representa um importante instrumento de compreensão do mundo, objetivando analisar como os alunos se relacionam com a leitura, verificar como os professores estão trabalhando a leitura em sala de aula, refletir sobre o hábito da leitura entre os alunos do ensino fundamental II.


Para tanto escolhi vários teóricos que tratam sobre este assunto entre eles podemos destacar: FREIRE (1997); FERREIRO(1999); KATO(1998), entre outros.


A metodologia utilizada foi um questionário aplicado entre professores, alunos e gestores, foi pesquisado um aluno por série do ensino fundamental II, dois professores e dois gestores à análise feita, constam em três blocos, sendo que o primeiro grupo é dos alunos, o segundo grupo é dos professores e o terceiro grupo dos gestores, a fim de descobrir opiniões de dados descritivos relacionado à temática. Pois sabemos que para desenvolver-se uma pesquisa qualitativa é preciso analisar cada situação, relações, causas , efeitos e conseqüência, significado e outros aspectos considerados necessários à compreensão da realidade estudada. Porque somente a partir daí é que passamos a conhecer a importância do estimulo pela leitura.


Nesse período de 0 a 6 anos as crianças devem ser incentivadas a terem o contato com a leitura, até mesmo a família pode e deve ser estimuladora no processo de interesse dos seus filhos. E como torná-lo interessado? A criança gosta muito de historinhas e os pais, sempre que têm tempo, devem ler uma história para a criança, assim estimular seu filho à leitura.


Existem várias formas estimuladoras no processo de interesse pela leitura , mas muitas vezes os nossos pais não sabem ler. Neste caso reconhecemos os motivos pelo qual a família não pode incentivá-lo. Em caso contrário, o que se sabe é que antes mesmo de aprender a ler a criança já traz um conhecimento de mundo, que chamamos de leitura incidental, como por exemplo ela não sabe ler a palavra, mas ela associa aquele objeto ao seu rótulo, ela já está lendo embora não domine o código linguístico.


No caso do ensino fundamental II que é o meu objeto de estudo, descobri que nós professores podemos e devemos incentivar nossos alunos ao processo de interesse pela leitura. Como? Trabalhando várias formas de textos disponíveis que o aluno conseguir desde os rótulos dos produtos, jornais, revistas, entre outros.


Porque o que torna cansativo para os nossos alunos, principalmente do ensino fundamental II é aquele contato direto, digo somente com o livro didático.


E para finalizar concluo minha introdução com as definições de cada capítulo:O primeiro capitulo trata sobre a leitura numa perspectiva interacionista e o segundo capitulo fala sobre a Leitura numa perspectiva social.O terceiro capítulo trata da questão da pesquisa de campo.O quarto capitulo retrata a questão de como incentivar a leitura, através de sugestões de atividades que irão subsidiar o professor a direcionar a prática de ler com seus alunos. 


CAPITULO I – A LEITURA NUMA VISÂO INTERACIONISTA


1.1.OS PROCESSOS E AQUISIÇÃO DA LEITURA NA VISÃO DA PSICOGÊNESE


Sabemos que a criança para aprender a ler passa, por várias etapas de fundamental importância, razão pela qual levarmos em consideração que nesse período de sua vida a criança já leva para escola alguns conhecimentos, ou seja, ela já tem uma leitura de mundo. 


Porque a criança quando começa a ler nesta fase, está associando as figuras e relacionando a palavra ao que está vendo. Por isso a família nesta etapa da vida, da criança tem um papel importantíssimo no incentivo pela leitura. E como incentivar a ler? Muitas vezes os pais gostam de contar história para as crianças; então essa é uma das atividade que enriquece sua memória tendo em vista que os personagens da história podem ficar memorizados. E a criança começa a desenvolver o interesse pela leitura.


Nessa perspectiva cabe aos professores fazerem um elo entre o que a criança já aprendeu no seu dia a dia com os conhecimentos adquiridos na sala.


De acordo com IVEL(1991), dois paradigmas básicos têm sido usados para descrever a aquisição da leitura. Em um deles o processo da leitura é visto de uma mesma forma tanto em relação ao leitor experiente quanto aos inexperientes. Para ambos os leitores enfatiza-se a sua realização se o conhecimento do mundo e da língua são vistos como fatores primários que distinguem bons e maus leitores.


O segundo paradigma baseia-se no pressuposto de que existem diferenças qualitativas nos processos de leitura entre leitores experientes e inexperientes. As diferenças qualitativas emergem proporção que o leitor adquire novas e mais eficientes maneiras de identificar palavras impressas.supõe-se que as diferenças nessa identificação relacionam-se ao conhecimento sobre ortografia do que ao desenvolvimento do conhecimento sintático ou semântico. Esta visão tem gerado modelos que descrevem estágios de leitura constituídas por momentos qualitativamente diferentes do processo de identificar palavras impressas.


O objetivo da leitura em ambos os paradigmas é a construção do significado. Eles diferem a cerca do modo pelo qual essa compreensão é alcançada. O primeiro sugere que o leitor é bem sucedido se usar um mínimo de informações gráficas. O segundo paradigma, em contrastes sugere o crescimento do uso rápido e eficiente do máximo de informação ortográfica para alcançar uma melhor compreensão. A criança progride através de estágios em que a informação gráfica é usada cada vez mais rápida e eficiente para identificar palavras expressas.


Do ponto de vista cognitivo o significado de leitura para as atividades das crianças são "leitura de experiência", tendo em vista que quando a criança leva um objeto à boca, quando agarra, puxa e encaixa objetos e ainda quando ouve e imita sons entre outros ela está lendo o mundo que a cerca. Toda criança possui um esquema de absorção que passa por uma série de transformações de acordo com a etapa de desenvolvimento que atravessa. Nos primeiros anos ele é distintamente sensório-motor e simbólico, ou seja muitas das experiências que a criança realiza torna-se essencial para o seu desenvolvimento cognitivo e, logo para a aprendizagem.


A alfabetização deve ser compreendida, pois, como uma técnica que se inicia com a criança pegando ou ouvindo, combinando, experimentando objetos.Logo em seguida, a ação da leitura dos símbolos gráficos(palavra).


A questão aqui passa a ser a substituição de um código auditivo-oral para o visual/escrita, isto é os esquemas de absorção usados pela criança transformam-se em operatórios.


Ensinar a ler e escrever, é essencial, mas compreender que ler e escrever constituem apenas uma etapa do desenvolvimento e que, sem uma firme base anterior(muitas experiências, de vocabulário entre outros) será mais difícil de alcançar.


Por esta razão é importante reiniciar todas as etapas anteriores do desenvolvimento à criança e proporcionar valores significativos, que levem a criança se envolver intensamente buscando o verdadeiro sentido da importância do ato de ler. Sem esse envolvimento a possibilidade seria menor em entender o verdadeiro significado da leitura.


A língua de um povo é uma produção cultural que permite a comunicação, a transmissão, registro e a preservação da memória de um grupo humano, que vive e constrói sua história.

É um processo construtivo, coletivo e que resulta no sistema linguístico e comunicativo utilizado por um povo. Entretanto, a sociedade constrói através da interação sua realidade sócio-cultural da qual a escola faz parte, cabendo a esta enquanto instituição social, o ensino da língua materna. Segundo FERREIRO (1987):"A leitura e a escrita têm sido tradicionalmente considerados como objeto de uma instrução sistemática". (p. 420.


Portanto a leitura e a escrita desde o início das civilizações têm sido de fundamental importância na vida dos indivíduos e da sociedade como todo, por que constitui um processo de organização lógica do raciocínio do ser humano, tal como algo que pretendemos atingir através do ensino sistemático. Sendo assim o valor significativo das letras.


Esse processo é contínuo e gradativo, podendo ser anterior à entrada da criança na escola, desde que ela tenha contato com matéria escrita que circula na sociedade. O contato com todo tipo de material escrito influencia diretamente na intimidade no desejo de interagir com a língua escrita, ao mesmo tempo em que desperta na criança o interesse pela leitura.


A função da escola não é ensinar a criança a falar. Essa capacidade ela já traz ao ingressar na escola. O desenvolvimento da língua oral ocorre na comunicação diária não havendo a necessidade de uma ação sistemática e dirigida.


No entanto, a função da escola se faz presente em possibilitar o desenvolvimento da capacidade de produção oral e escrita que o aluno possui constituindo-se num ambiente que acolha a vez e a voz do aluno respeitando-o em diferença e a diversidade. Dependem, sobretudo, da escola ensinar-lhe os usos e forma de fala adequada às diferentes atuações na vida.

Pesquisas de FERREIRO dizem "que as crianças possuem conceituações sobre a natureza da escrita muito antes da intervenção de um ensino sistemático ". (p. 960.)

1.2. A IMPORTÂNCIA DOS DIVERSOS PORTADORES DE TEXTO PARA A LEITURA


É importante ler textos, mas não só textos que transmitem através das palavras mensagens, como também ler os símbolos por exemplo, ler uma figura, desenho o que aquela gravura está transmitindo, o leitor que realmente ler poderá ser capaz de emitir mensagens através de um texto representado por figuras entre outras.

Sabemos que existem vários tipos de textos, que nós nos deparamos no nosso dia a dia, textos longos e breves, mas sempre com o objetivo de transmitir uma mensagem, uma ideia , para tanto existem textos que nós muitas das vezes sentimos desestimulados pelo conteúdo por ser um pouco extenso, principalmente quando têm um contexto distante da realidade do leitor.

"Em relação aos tipos de textos para fins didáticos podemos classificar os textos em práticos, informativos ou literários e extraverbais, sendo que os três primeiros grupos foram introduzidos, por Landsmann. Essa classificação segundo ela tem o objetivo de facilitar o trabalho que teve o aluno a produzir e sistematizar conhecimentos.(NASPOLINE, 1996. p,39)


O objetivo é não somente levar o aluno a reconhecer as diversas modalidades de texto, mas levá-lo a escrever cada uma delas. O contato da criança com textos variados facilita a descoberta das regras que regem a linguagem escrita.

Práticos

São os textos com os quais nos deparamos em nosso dia-a-dia. Por exemplo contas de água, luz e telefone, cheques, embalagens de todos os tipos, manuais, listagens, itinerários, ingressos, passagens, carnês, bulas de remédio, cardápios, receitas culinárias, notas fiscais, cartas, bilhetes, telegramas...p.39). NASPOLINE, 1996. p,39)

Para exemplificar, vejamos como atividades de aprendizagem sobre a carta podem ser desenvolvidas em ensino fundamental II, baseado-se na teoria de JOLIBERT(1994).


Cada criança deverá construir a noção de destinatário; apropriar-se da estrutura específica da carta com sua silhueta; ser capaz de argumentar, quando necessário; empregar corretamente a pontuação e a letra maiúscula; e adquirir vocabulário adquirido à situação.

Uma discussão pertinente diz respeito a funcionalidade desse tipo de texto. Questionar o porque escrever uma carta quando se poderia usar o telefone ou conversar pessoalmente. Aqui vários motivos podem ser levados: segurança, praticidade e economia por exemplo.

Quando se telefona, a pessoa pode não estar naquele exato momento; se deixarmos recado, ela pode não receber. E ás vezes mesmo que a pessoa more perto não tem tempo de ir até ela. Além disso há coisa que gostamos de dizer por escrito para organizar melhor as idéias ou para que possam ficar guardadas. Outra questão é o preço: na maior parte dos casos os telefonemas são mais caros que as cartas. (NASPOLINE,p.40,1996)..

Textos Informativos ou Científicos

Em relação a estes textos existe função específica que é manter o leitor informado e oferecer conhecimentos, para constatarmos esta versão vejamos o que diz a seguinte citação:"São os textos ou já a função é trazer ao leitor conhecimentos, descobertas e novidades em geral. Exemplo disso são as noticias de jornal, enciclopédias, dicionários, gramáticas, revistas, entrevistas, os textos científicos, históricos e geográficos, tabelas e gráficos". (p. 44).


É interessante destacar que cada texto tem sua atividade especial, no caso dos textos acima citados, cada um exerce de forma especial sua atividade a exemplo disso temos o jornal cuja sua função é informar das noticias, sobre os acontecimentos ocorridos no mundo no nosso dia a dia.

Como trabalhar textos informativos em sala de aula com alunos do ensino fundamental II por exemplo.

Que os mesmos levam as noticias dos jornaisRecorte aquela que mais lhe chama atençãoCole e fale o que entendem sobre a informaçãoJá em relação a texto literárioIdentificar que é o autor do textoQual é a ideia centralQuais são os personagens

Textos Extraverbais

Baseando-se em leituras de textos de autores que escreveram sobre leitura e escrita constatou-se que na visão de um autor, o código linguístico não é o único a permitir a leitura, pois existem outras formas de textos, que são: ilustrações, figuras entre outras.


"A partir do momento em que entendemos por texto, tudo que conseguimos compreender e interpretar. Desta visão, o código linguístico não é o único a permitir a leitura. "Existem "os textos" que não são escritos com palavras, mas empregam outros códigos não linguísticos ou além dos linguísticos- os textos extra verbais. Exemplos: figuras, ilustrações, arquitetura, história em quadrinhos, charque, quadro de arte, música, gastos entre outros." (p.46, NASPOLINE,1996).


Como vimos, o código linguístico, não é exclusivo à leitura, se a partir daí conseguirmos compreender por que na realidade "os textos" que não são escritos através das palavras, porém fazem uso de outros códigos linguísticos – que são os textos extra-verbais. Exemplos : história em quadrinhos, quadro de arte entre outros.

Síntese

Ser alfabetizado e antes de tudo experienciar-se ao dia a dia. Esse aspecto destaca os chamados "usos práticos ou funcionais da linguagem". Além do mais, uma pessoa alfabetizada possui certos privilégios que os demais não têm. E por fim, quem lê e escreve tem facilidade de expressar-se.


Textos Literários

São os textos que aparecem em forma de história contada por autores para despertar o interesse pela leitura do mesmo.Vejamos um trecho do seguinte texto:

Um Homem de Consciência

"Clamava-se João Teodoro, só. O mais pacato e modesto dos homens. Honestíssimo e Lealissímo, com um defeito apenas: não dá o mínimo valor a si próprio. Para João Teodoro , a coisa de menos importância no mundo era João Teodoro". (NASPOLINE, 1996. p,45)


O texto citado fala de um homem que na realidade não valorizava a si mesmo.


2. CAPITULO II _ A LEITURA NUMA PERSPECTIVA SOCIAL

2.1. A importância do ato de ler e a conscientização política

Abordar o tema leitura sobre o aspecto de uma compreensão crítica do ato de ler, consiste em uma tarefa que envolve todo processo pelo qual devemos compreender que o desenvolvimento da importância do ato de ler deva ser uma prática pedagógica.

Falar sobre esse assunto é algo bastante complexo, já que a leitura é fundamental na vida das pessoas, pois é somente através da leitura que nós possamos conhecer outras realidades , outros pensamentos e tipos de cultura através da leitura é que você cria outros pensamentos ou seja, reconstrói e produz a partir de algo que você deu outras idéias. "A leitura do mundo precede à leitura da palavra, daí que a posteriori leitura desta não possa prescindir da continuidade da leitura daquele". (FREIRE, 1997).

Entretanto, a compreensão do texto vai depender do contexto em que está inserido o leitor, pois é a partir daí que o leitor vai poder formular seus questionamentos e, afirmar uma construção de novas idéias baseadas em realidade coerente e de experiências adquiridas. Segundo Paulo Freire "da palavra mundo" a retomada da infância distante buscando compreensão do meu ato de ler o mundo particular em que me movia – e até onde não sou traído pela memória – me é absolutamente significativa. Neste esforço a que me vou entregando, recrio e revivo no texto que escrevo, a experiência vivida no momento em que ainda não lia a palavra. Na verdade, aquele mundo especial se dava a mim como um mundo de minha atividade perceptiva, por isso mesmo como o mundo de minhas primeiras leituras. Os "textos" as "palavras" e as letras daquele contexto – em cuja percepção me experimentava e quanto mais o fazia, mais aumentava a capacidade de perceber – se encarnavam numa série de coisas, objetos de sinais cuja compreensão eu ia aprendendo no meu trato com eles nas minhas relações com meus irmãos mais velhos e com meus pais". (FREIRE, 1982,p.12-3).


"Daquele contexto – o do mundo imediato – fazia parte por outro lado, o universo da linguagem dos mais velhos, comunicando as suas convicções, seus gestos, suas incertezas, os seus valores. Tudo isso ligado ao contexto mais vasto que o do seu mundo imediato e de cuja existência não podia sequer suspeitar. FREIRE, 1982,p.14)

A importância do ato de ler contribui para a conscientização política que está muito ligada à leitura não só de "textos" escritos, mas a leitura da realidade em que o rodeia, ou seja tudo que faz parte da sua convivência do seu dia a dia está inserido no contexto da leitura desde sua própria casa e até mesmo familiares seu desenvolvimento desde a infância até chegar à vida adulta, relembrado momentos essenciais da vida da infância e da adolescência.


Todos esses aspectos fundamentais na vida de Paulo Freire, foram citados no livro A Importância do Ato de Ler (1982). Portanto creio que seria interessante a nossa insistência, enquanto professores e gestores, em que os estudantes "leiam.


Exemplificamos textos que fazem parte do seu contexto entre outros, pois só assim os estudantes também seriam capazes de questionar sobre aquela realidade já que a mesma estaria relacionada a perspectiva futura.

Enquanto isso não ocorre, não é motivo para nós nos sentirmos desestimulados por que se formos descobrir as causas por que os estudantes não gostam de ler muitas vezes se deparam com leitura, altamente filosófica que requer de certa forma um grande esforço para que o mesmo possa compreender as idéias contidas. Naquele texto e possa se manifestar um certo desinteresse.

Mas o que se percebe é que atualmente existe um grande avanço em relação à leitura porque antes os alunos tinham que memorizar mecanicamente e não procurar produzir o novo a partir do velho, mas aprender a sua significação profunda, porque memorizar mecanicamente revela uma visão mágica da palavra escrita. "Visão que urge ser superada". A mesma ainda representa desde outro ângulo, que se encontra por exemplo em quem escreve.


2.2. Enfoque de Compreensão no Processo de leitura Acerca dos Portadores de Texto

Para compreender um texto devemos antes de mais nada, fazer uma leitura e observar a que tipo de texto esse assunto pertence.

E não ler por ler, mas analisar, refletir que mensagem esse texto quer transmitir, para quem foi escrito o texto? Qual o objetivo? Entre outros. A partir daí passamos a descobrir o que somos capazes de produzir, através da leitura e desenvolver potencialidade. Para a compreensão de um texto, fazemos perguntas mentalmente. Isso significa que levantamos hipóteses, inferimos estratégias, pesquisamos novas alternativas que o texto não nos fornece de imediato, e assim por diante.

Quando lemos: analisamos dados que nos são fornecidos pelo conteúdo, pela estrutura que determina cada modalidade e pelo discurso propriamente dito. A cada uma dessas possibilidades de leitura denominamos enforque de compreensão.


O trabalho escolar deve considerar os três enfoques e não apenas um ou dois. Tradicionalmente, as perguntas que seguem uma leitura silenciosa, versam sobre o conteúdo ou a estrutura do texto, não priorizando a análise do discurso? (NASPOLINE,1996,p.53) 


Enfoque Conteudístico

Em relação ao enfoque conteudístico o método é procurar expor minuciosamente um processo de ensino-aprendizagem que estimule o aluno a entender a mensagem do texto e questioná-lo.


"Desenvolver um processo de ensino aprendizagem da leitura pautado pelo enfoque conteudístico é levar o aluno a compreender a mensagem do texto e a responder questões empregando as palavras e idéias expressas no texto. É o aspecto decodificador da leitura". (NASPOLINE, 1996, p.55).


Na realidade instruir-se um processo de ensino-aprendizagem da leitura pelo método "enfoque conteudístico" é levar o aluno a interpretar a mensagem do texto. 


Enfoque Estruturalista

Como o próprio tema está explicando no caso enfoque estruturalista ou seja forma característica como é organizada a estrutura do texto apresenta suas próprias características.


"Todo texto apresenta uma determinada estrutura que o caracteriza como sendo de um e não de outro uso. Assim toda narrativa traz personagens, ambiente, clímax e desfecho, por exemplo. Toda carta traz local, data, nome do destinatário, mensagem ou conteúdo, despedida e assinatura. Tais elementos constituem o que chamamos superestrutura esquemática de um texto".(p.56. NASPOLINE,1996). 


Para que possamos identificar um texto, ou seja dizer que tipo de texto é esse, é necessário observar as suas características.Porque cada texto traz uma determinada composição ou seja uma preparação e organização na qual sustenta seu desenvolvimento.


Enfoque Discursivo

Em primeiro lugar quando você ler é porque tem um objetivo a alcançar, seja ele para qualquer finalidade, ex: para passar em concurso, para conhecer melhor um assunto enfim a leitura proporciona ao leitor um conhecimento a cerca do conteúdo, e uma relação entre teoria e prática, pois é através da teoria que colocamos em prática o que aprendemos, mas nem sempre colocamos em prática aquilo entre emissor e receptor.

"Quando o aluno lê interage com o texto. Isso significa que leitor e texto se influenciam mutuamente. No enfoque discursivo o trabalho visa buscar os efeitos que o texto produziu no leitor. Esses efeitos seriam as contribuições que o leitor estaria apresentando ao texto, caracterizado, por isso como aberto. Há, assim, várias possibilidades de leitura, o que requer necessariamente reflexão, discussão, análise e síntese". (NASPOLINE, 1996, P.56).A forma como vem organizado o texto é que determina a organização que o caracteriza por exemplo: Ata, data da reunião local, participantes, descrição ou relato dos fatos discutidos, decisões, assinatura dos participantes.

Continua na próxima Edição:

CAPITULO III - PESQUISA DE CAMPO



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