EDUCAÇÃO - A CONSTRUÇÃO DA LEITURA NO ENSINO FUNDAMENTAL
Continuação da Edição anterior:
CAPITULO III - PESQUISA DE CAMPO
3.1 Quais são os tipos de leitura abordados no ensino fundamental II
Durante minha atividade docente, percebi através de conversas informais com alguns alunos que em Trairi está havendo um envolvimento bastante significativo entre os professores e as novas formas de despertar o gosto pela leitura. Esses alunos explanaram que as atividades estão mais dinâmicas e que estão mais participativos no processo ensino aprendizagem.
Percebe-se que os professores estão se esforçando para trabalhar numa perspectiva sóciointeracionista, ou seja buscam através da interação professor –aluno construir o conhecimento
.
Portanto os métodos tradicionais – ‘revistos ou avaliados" estão perdendo espaço nas atividades pedagógicas, que é um fenômeno relevante e positivo para a melhoria da qualidade do ensino.
Tendo em vista que alguns colégios em Itapipoca já desenvolvem projetos de leitura, pode-se perceber que essas atividades foram observadas quando fiz um estágio, no Ciclo I na Escola de Ensino Fundamental e Médio Jonas Henrique de Azevedo. Vale ressaltar que durante este período a escola foi envolvida com um projeto III Seminário de Leitura com o Tema : Carlos Drummond de Andrade e foi desenvolvido em parceria com o CREDE II .
Essa iniciativa foi muito importante, pois sabemos que é um grande desafio para nós professores incentivar nossos alunos a ler e interpretar porém não é impossível, basta o envolvimento de todos: escola, alunos e famílias. É de fundamental importância essa participação para o exercício da cidadania visto que vive-se em tempos neoliberais em que delimita-se o espaço de leitura, discussões e envolvimento sócio-político.
Estabelece-se uma relação de contradição: "sociedade caminha" para o modernismo e ler é um processo fundamental na vida de todos, tendo em vista os grandes avanços da tecnologia e o sistema capitalista exige que nossa sociedade seja letrada, porém não dá oportunidade para nós nos posicionarmos diante da realidade que nos está posta.
Diante do que foi mencionado percebe-se o quanto é importante a leitura para sairmos do senso comum, por isso devemos incentivar e oportunizar que nossos alunos possam desenvolver sua consciência crítica. Porém para que isso ocorra é necessário envolver a comunidade itapipoquense.
Segundo Stanevich:
O ato de ler consiste em relacionar o novo ao conhecimento, ligando as informações novas das mensagens escritas. As informações estocadas na memória do leitor. Essas duas fontes de informações são usadas.
Entretanto precisamos adquirir uma consciência de como envolver os estudantes na participação da leitura, um incentivo que nasce do próprio ser atuante na sociedade , que não fosse uma coisa forçada, mas prazerosa, que os mesmos leitores sentissem prazer de ler.
Observando os meus alunos percebi que ás vezes eles trazem para escola textos diferentes, livros didáticos. Como exemplo gostaria de citar revistas, letras de música entre outros.
Tive uma conversa com a professora do meu filho e descobri que quando ela o leva para a sala de leitura e pede para o mesmo ler livros infantis ele lê com entusiasmo, principalmente os livros de historinha já que o mesmo se encontra na primeira série e tem sete anos.
A partir daí constata-se que uma das formas de estimular nossos alunos à leitura é proporcionarmos o contato com textos diversificados assim, eles se sentirão com mais estímulo porque estamos valorizando o conhecimento da educação formal e informal.
Ou seja aquilo que o aluno aprende fora da escola, vai aprofundar através de uma educação sistematizada na escola, por exemplo quando o mesmo ouve uma informação através do rádio ou TV, quando ele lê vai perceber detalhes. Segundo Stanovch:
O ato de ler consiste em relacionar o novo ao conhecido, ligando as informações estocadas na memória do leitor. Essa duas fontes de informações e coordenadamente, pois para identificar e construir unidades de significados o leitor se vale dos estímulos visuais e de suas estruturas globais de conhecimento.(1998 , p.54).
Portanto percebi que no texto o autor faz questão de falar sobre a importância que existe entre o fato da pessoa relacionar o novo ao conhecido, porque se uma pessoa observa por exemplo um texto que é novo mas quando você lê acaba descobrindo que conhece e a partir daí, vai resgatar aquilo que estava guardado na sua memória, e passa-se então a construir seus próprios conhecimentos.
Entretanto precisamos adquirir uma consciência de como envolver os estudantes na participação da leitura, um incentivo que nascesse do próprio ser atuante na sociedade, que não fosse uma coisa forçada mas prazerosa, que os mesmos leitores sentissem prazer de ler. Observando os meus alunos percebo que às vezes eles trazem para escola textos diferentes , livro didático como exemplo gostaria de citar revistas, letras de música entre outros.
Portanto para que nossos alunos se estimulem, são necessários textos interessantes. Por que meu aluno não lê?
Na minha concepção os alunos não gostam de ler por que desconhecem o valor que tem quando uma pessoa lê ao ponto de que sejam pessoas instruídas que têm consciência dos seus direitos e deveres.
Segundo a autora KLEIMAN questiona o tipo de leitura em sala de aula, pois segundo ela a leitura é áspera e não trata diretamente do assunto, causando assim uma dificuldade em compreender palavras.
Os meus alunos não gostam de ler? É, sem dúvida, a queixa mais comumente ouvida entre professores , porque essa realidade? Aspectos macroestruturais que também influenciam no fracasso da escola quanto a formação e leitores não serão aqui discutidos. Refiro, por exemplo, ao lugar cada vez menor que a leitura tem no cotidiano do brasileiro, á pobreza no seu ambiente ele lê o material escrito com o qual ele entra em contato, tanto dentro como fora da escola), ou ainda à própria formação precária de um grande número de profissionais da escrita que não são leitores, tendo, no entanto, que ensinar a ler e a gostar de ler.(1997, p.17).
Para formar leitores, devemos ter paixão pela leitura. Concordamos com o autor francês Bellenger quando diz: Um leitor apaixonado de um país de leitores apaixonados, que a leitura se baseia no desejo e no prazer"(1997:15)
A atividade árida e tortuosa de decifração de palavras que é chamada de leitura em sala de aula, não tem nada a ver com a atividade prazerosa descrita por Bellenger. E de fato, não é leitura por mais que esteja legitimada pela tradição escolar.Ninguém gosta de fazer aquilo que é demais, nem aquilo que é demais, nem aquilo do qual não consegue extrair o sentido. Essa é uma boa caracterização da tarefa de ler uma sala de aula: Para uma grande maioria dos alunos ela é difícil demais, juntamente porque, ela não faz sentido (ÂNGELA KLEIMAN, 1997).
Percebi que este assunto destaca a questão de uma leitura prazerosa e clava de acordo com a realidade do aluno, a fim de que o mesmo possa se sentir atraído pela a mesma.
Continua na próxima edição
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