A Cromoterapia na Umbanda.
A Cromoterapia
na Umbanda.
A utilização da cor em qualquer
religião, ou melhor, em qualquer processo mágico remonta aos tempos
mais antigos. A luz é uma vibração energética, da mesma forma que
as vibrações mais sutis empregadas na Magia. É perfeitamente sabido
da utilização das cores nas mais diversas áreas do conhecimento.
Hoje em dia, o processo de planejamento
de hospitais, como foi o caso do Hospital Municipal Lourenço Jorge,
na Barra da tijuca, obedece às técnicas de cromoterapia.
Desde a mais remota Antiguidade,
o ser humano vem fazendo uso da cor com as mais diferentes aplicações.
Recentemente, uma grande pesquisadora sueca, desenvolveu uma técnica
de harmonização baseada na aplicação das cores com o nome de aura-soma.
Os egípcios da Antiguidade, povo
de origem da nossa querida Umbanda, sabiam perfeitamente utilizar as
cores nos seus diversos rituais. Por exemplo, quando um sacerdote fazia
uso de
cores nos seus lábios ou nos seus olhos, o fazia dentro de uma
rígida técnica cromoterápica. Quando embalsamavam seus mortos utilizavam,
também, as cores adequadas ao ritual.
Assim, foi se difundindo todo o estudo
desta grande ciência, que aliada ao uso da radiestesia, ou seja, o
pêndulo nos ajuda tanto na realização de nossos rituais.
As Cores na Umbanda.
Fazendo agora um paralelo entre
a Cromoterapia e a Umbanda, iremos verificar um perfeito casamento entre
a religião e a ciência (sim, a Cromoterapia está fundamentada em
conceitos científicos).
Iremos verificar que a exuberância
de cores nos rituais Umbandistas tem seus fundamentos no estudo da Cromoterapia.
A seguir,
farei uma abordagem de cada Orixá, sua cor e seu significado. Antes, porém cabe-nos lembrar que o Orixá é uma vibração,
da mesma forma que a luz. Quando utilizo as cores de um dado Orixá
para um trabalho de Magia, é como se estivesse utilizando das mesmas
vibrações coloridas da luz para a mesma finalidade.
Oxalá
Iniciando por Oxalá, Orixá da Paz,
da Harmonia e do Amor. Suas cores são o branco e o dourado. O branco
representando muito bem a paz evocada por este Orixá e o dourado a
vibração luminosa que faz a conexão perfeita com a Divindade. Que
outro Orixá não traduz melhor esta conexão divina?
Omulu
O preto e
o amarelo. O preto simboliza o retorno. É Omulu que faz este retorno
através do mundo dos mortos. O amarelo é a mente. Poder mental
que unido a este retorno, realiza todas as mudanças necessárias à
nossa vida. Omulu é o grande Senhor da Transformação,
daí muitas vezes, sua representação estar calcada nas cores roxo
e amarelo. O roxo é a maior vibração de transmutação que pode ser
sentida. Omulu transmuta todas as nossas dores em alegria, a doença
e saúde.
Yemanjá
No azul temos a mais perfeita tradução das deusas femininas.
Yemanjá é o símbolo maior da força feminina. Todas as grandes deusas
ostentam a cor azul, uma vez que esta cor é considerada a mais feminina
de todas as cores. O azul, que da mesma forma que a mãe, acalanta e
aconchega. No branco, a Paz. Assim, se faz a união perfeita da Paz
com o Amor da grande Mãe, resultando na fertilidade evocada por este
grande Orixá.
Nanã
A senhora
da transcendência espiritual e das transformações está muito
bem expressa no roxo e no lilás, suas cores. Nanã faz
a ligação com os diversos planos da espiritualidade, da mesma forma
que o lilás. Enquanto isso, o roxo irá transmutar todas as dores e
preconceitos para que a mente, liberada, vislumbre estes diversos Planos.
Ossanhe
A cor rosa da Harmonia com o verde da cura, Ossayn se traduz
na Senhora das ervas e das curas. É necessária a Harmonia para que
se encontrem os meios de se buscar a cura de todos os males.
Oxossi
No verde a
cura e o despertar do outro, o despertar de entender que não estamos sós, fazemos parte de uma grande nação
chamada Humanidade. Com o vermelho da coragem, a união perfeita para
se alcançar, não só a cura de nossos males, mas também a purificação
de nossos corpos quando o branco entra e, pela Paz e Harmonia, realiza
a grande Magia alquímica de nossa ligação com os mais altos planos
a espiritualidade.
Ogum
È o grande
guerreiro universal. È o vencedor de todas as nossas demandas internas
e externas. È aquele que abre todos os caminhos para que nossa missão
se realize. O vermelho lhe cai perfeitamente,
principalmente , quando se une ao branco da Paz, mostrando que suas
batalhas não trazem tristezas, mas são coroadas pela vitória de todos
os seres humanos.
Oxum
A Senhora
do Ouro, como por muitos é conhecida, está muito bem representada pela cor dourada. O dourado da
mente que não necessita da força bruta para se afirmar. Oxum é a
grande senhora que nos mostra a necessidade de depormos nossas armas,
sejam elas revólveres ou posturas e abrirmos nossa mente ao novo. Com
o azul índigo representando o poder do querer da vontade férrea, Oxum
simboliza com as suas cores a realização de um mundo melhor.
Yansã
Sem a energia
do coral nada poderia acontecer. É esta vibração luminosa que
nos dá a coragem e a determinação para enfrentarmos as mais difíceis situações
em nossas vidas. O coral faz com que qualquer energia possa subir qual
um chafariz, e transbordar em luz para todos, Quando se junta ao amarelo,
Yansã sabe o momento para a tomada de decisões.
Xangô
O marrom da terra traduz perfeitamente
esta energia tão mágica que nos dá a sustentação para o resgate
de todas as nossas dívidas. Xangô é o grande sábio que traz a Justiça
Divina. Junto com o amarelo, harmoniza esta mesma Justiça.
Agora poderemos
falar um pouco sobre as falanges:
Exú e Pomba - Gira
Nas cores
vermelho e preto, suas cores básicas, encontramos a melhor tradução
para estes seres tão queridos e de tanta luz da nossa querida Umbanda.
O preto é o símbolo maior do grau mais elevado que alguém pode
alcançar no seu processo iniciatório. O vermelho é o
símbolo da vida, da força e da energia. Vermelho e preto, juntos,
formam a grande união entre a vida na matéria e o processo religioso,
ou seja a união, na matéria, do entendimento da verdadeira vida que
nossos olhos não enxergam.
Crianças
Conhecidos como Povo Cor de Rosa,
sua cor básica. É pura alegria, Amor e Harmonia. Ora, que outros
atributos não estariam mais bem representados por esta cor?
(Autor Anônimo)
(Autor Anônimo)
*Radiestesia é uma palavra composta por dois termos distintos: radius, que vem do latim e significa radiação,
e aisthesis, de origem grega
e que significa sensibilidade, indicando assim a "sensibilidade
às radiações".
Postado por Enne de Ogum às 11:34:00 0 comentários
Marcadores: Cromoterapia
Oxalá
É Orixá masculino, de origem
Ioruba (nagô) bastante cultuado no Brasil, onde costuma ser considerado
a divindade mais importante do panteão africano. Na África é cultuado
com o nome de Obatalá. Quando, porém os negros vieram para cá, como
mão-de-obra escrava na agricultura, trouxeram consigo, além do nome
do Orixá, uma outra forma de a ele se referirem, Orixalá, que significa
orixá dos orixás. Numa versão contraída, o nome que se acabou popularizando,
é OXALÁ.
Esta relação de importância advém
de a organização de divindades africanas ser uma maneira simbólica
de se codificar as regras do comportamento. Nos preceitos, estão todas
as matrizes básicas da organização familiar e tribal, das atitudes
possíveis, dos diversos caminhos para uma mesma questão. Para um mesmo
problema, orixás diferentes propõem respostas diferentes – e raramente
há um acordo social no sentido de estabelecer uma das saídas como
correta e a outra não. A jurisprudência africana nesse sentido prefere
conviver com os opostos, estabelecendo, no máximo, que, perante um
impasse, Ogum faz isso, Iansã faz aquilo, por exemplo.
Assim, Oxalá não tem mais
poderes que os outros nem é hierarquicamente superior, mas merece o
respeito de todos por representar o patriarca, o chefe da família.
Cada membro da família tem suas funções e o direito de se inter-relacionar
de igual para igual com todos os outros membros, o que as lendas dos
Orixás confirmam através da independência que cada um mantém em
relação aos outros. Oxalá, porém, é o que traz consigo a memória
de outros tempos, as soluções já encontradas no passado para casos
semelhantes, merecendo, portanto, o respeito de todos numa sociedade
que cultuava ativamente seus ancestrais. Ele representa o conhecimento
empírico, neste caso colocado acima do conhecimento especializado que
cada Orixá pode apresentar: Ossanhe, a liturgia; Oxossi, a caça; Ogum,
a metalurgia; Oxum, a maternidade; Iemanjá, a educação; Omulu, a
medicina – e assim por diante.
Se por este lado, Oxalá merece
mais destaque, o considerá-lo superior aos outros (o que não está
implícito como poder, mas sim merecimento de respeito ao título de
Orixalá) veio da colonização européia. Os jesuítas tentavam introduzir
os negros nos cultos católicos, passo considerado decisivo para os
mentores e ideólogos que tentavam adaptá-los à sociedade onde eram
obrigados a viver, baseada em códigos a eles completamente estranho.
A repressão pura e simples era muito eficiente nestes casos, mas não
bastava. Eram constantes as revoltas. Em alguns casos, perceberam que
o sincretismo era a melhor saída, e tentaram convencer os negros que
seus Orixás também tinham espaço na cultura branca, que as entidades
eram praticamente as mesmas, apenas com outros nomes.
Alguns escravos neles acreditaram.
Outros se aproveitaram da quase obrigatoriedade da prática dos cultos
católicos, para, ao realizá-los, efetivarem verdadeiros cultos de
Umbanda, apenas mascarados pela religião oficial do colonizador. Esclarecida
esta questão, não negamos as funções únicas e importantíssimas
de Oxalá perante a mitologia ioruba.
É o princípio gerador em potencial,
o responsável pela existência de todos os seres do céu e da terra.
É o que permite a concepção no sentido masculino do termo. Sua cor
é o branco, porque ela é a soma de todas as cores.
Por causa de Oxalá a cor branca
esta associada ao candomblé e aos cultos afro-brasileiros em geral,
e não importa qual o santo cultuado num terreiro, nem o Orixá de cabeça
de cada filho de santo, é comum que se vistam de branco, prestando
homenagem ao Pai de todos os Orixás e dos seres humanos.
Se essa mesma, gostar e quiser usar
roupas com as cores do seu ELEDÁ (primeiro Orixá de cabeça)
e dos seus AJUNTÓ (adjutores auxiliares do Orixá de cabeça) não
terá problema algum, apenas dependendo da orientação da cúpula espiritual
dirigente do terreiro.
O seu campo de atuação preferencial
é a religiosidade dos seres, aos quais ele envia o tempo todo
suas vibrações estimuladoras da fé individual e suas irradiações
geradoras de sentimentos de religiosidade.
Oxalá é sinônimo de
fé. Ele é o Trono da Fé que, assentado na Coroa Divina,
irradia a fé em todos os sentidos e a todos os seres.
Orixá associado à criação
do mundo e da espécie humana. No Candomblé, Apresenta-se de duas maneiras:
moço – chamado Oxaguiam, e velho – chamado Oxalufã. O símbolo
do primeiro é uma idá (espada), o do segundo é uma espécie de cajado
em metal, chamado ôpá xôrô. A cor de Oxaguiam é o branco levemente
mesclado com azul, do de Oxalufã é somente branco. O dia consagrado
para ambos é a sexta-feira. Oxalá é considerado e cultuado como o
maior e mais respeitado de todos os Orixás do Panteão Africano. É
calmo, sereno, pacificador, é o criador, portanto respeitado por todos
os Orixás e todas as nações.
A vibração de Oxalá habita
em cada um de nós, e em toda parte de nosso corpo, porém velada pela
nossa imperfeição, pelo nosso grau de evolução. É o Cristo
interior, e, ao mesmo tempo, cósmico e universal; O que jamais deixou
sem resposta ou sem consolo um só coração humano, cujo apelo chegasse
até ele. O que procura, no seio da humanidade, homens capazes de ouvir
a voz da sabedoria e que possam responder-lhe, quando pedir mensageiros
para transmitir ao seu rebanho: “Estou aqui; enviai-Me”.
Oxalá é
Jesus?
A imagem de Jesus Cristo é
figura obrigatoriamente em lugar de honra em todos os Centros, Terreiros
ou Tendas de Umbanda, em local elevado, geralmente destacada com iluminação
intencionalmente preparada, de modo a conformar uma espécie de aura
de luz difusa à sua volta. Homenageia-se Oxalá na representação
daquele que foi o “filho dileto de Deus entre os homens”; entretanto,
permanece, no íntimo desse sincretismo, a herança da tradição africana:
“Jesus foi um enviado; foi carne, nasceu, viveu e morreu entre os
homens”; Oxalá coexistiu com a formação do mundo; Oxalá já era
antes que Jesus o fosse.
Oxalá, assim como Jesus, proporciona
aos filhos a melhor forma de praticar a caridade, isto é, dando com
a direita para, com a esquerda, receberem na eternidade e assim poderem
trilhar o caminho da luz que os conduzirá ao seu Divino Mestre.
Dia da Semana
de maior vibração: Todos, especialmente a 6ª Feira.
Dia que se comemora: 25 de Dezembro.
Domínio: Praias desertas, colinas descampadas, campos, montanhas
etc.
Sincretismo: Jesus. (Oxaguiã, Menino Jesus de Praga; Oxalufã,
Senhor do Bonfim).
Cor: Branco
Chacra: Coronário
Símbolo: Estrela de 5 pontas. (Em algumas casas, a Cruz).
Elemento: Ar
Flores: Lírios brancos e todas as flores que sejam dessa
cor, as rosas de preferência sem espinhos.
Bebida: Água mineral, ou vinho branco doce ou vinho tinto
doce.
Metal: Prata, Platina e Ouro Branco.
Pedra: Diamante, Cristal de Rocha, Perola Branca.
Planeta: Sol.
Essência: Aloés, almíscar, lírio, benjoim, flores do campo,
flores de laranjeira.
Ervas: Tapete de Oxalá (Boldo), Saião, Colônia, Manjericão
Branco, Rosa Branca, Folha de Algodoeiro, Sândalo, Malva, Patchouli,
Alfazema, Folha do Cravo, Neve Branca, Folha de Laranjeira. (Em algumas
casas: poejo, camomila, chapéu de couro, coentro, gerânio branco,
arruda, erva cidreira, alecrim do mato, hortelã, folhas de girassol,
agapanto branco, aguapé (golfo de flor branca), alecrim da horta, alecrim
de tabuleiro, baunilha, camélia, carnaubeira, cravo da índia), fava
pichuri, fava de tonca, folha de parreira de uva branca, maracujá (flores),
macela, palmas de Jerusalém, umbuzeiro, salsa da praia)
Frutas: Uva branca, Pêra d'água e Obi branco.
Saudação: Epa babá!
Ibeiji
O único Orixá permanentemente
duplo. É formado por duas entidades distintas e sua função básica
é indicar a contradição, os opostos que coexistem. Num plano mais
terreno, por ser criança. A ele é associado a tudo o que se inicia:
a nascente de um rio, o germinar das plantas, o nascimento de um ser
humano.
No dia de Ibeiji, 27 de setembro
(o mesmo de Cosme e Damião, com quem são sincretizados), é costume
as casas de culto abrirem suas portas e oferecerem, mesas fartas de
doces e comidas para as crianças, elevadas à condição de representantes
na terra do Orixá.
Regem a falange das crianças que
trabalham na Umbanda. Zelar pelo Parto e Infância. Promover o amor
(união).
Erês ou Ibejadas, são representados
pelas as crianças na umbanda: Mariazinha da Praia, Rosinha, Estrelinha,
Raio de Sol, Rafaelzinho, Pedrinho, Joãozinho, Jureminha, Tupãzinho
etc.
Dia da Semana
de maior vibração: Domingo
Dia que se Comemora: 27 de Setembro
Domínio: Jardins, Praias, Cachoeiras, Matas…
Sincretismo: Cosme e Damião.
Cor: Rosa e azul (branco e colorido).
Chacra: Todos, especialmente o Laríngeo.
Símbolo: Gêmeos.
Elemento: Fogo.
Flores: Margaridas, rosa mariquinha.
Bebida: Guaraná (Suco de frutas, caldo de cana, água de
coco, água com mel, água com açúcar).
Metal: Estanho.
Pedra: Quartzo rosa.
Planeta: Mercúrio.
Essência: De frutas.
Ervas: jasmim, alecrim, rosa.
Frutas: Todas as frutas doces.
Saudação: Oni Beijada!
Marcadores: Orixás
Nanã
É a mais velha divindade do
panteão, associada às águas paradas, à lama dos pântanos, ao lodo
do fundo dos rios e dos mares. O único Orixá que não reconheceu a
soberania de Ogum por ser o dono dos metais. É tanto reverenciada como
sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Íbíri
– um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado
com búzios.
Nanã é a chuva e a garoa.
O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento, uma limpeza
de grande força, uma homenagem a este grande Orixá.
Nanã Buruquê representa
a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato
da terra com as águas, a separação entre o que já existia,
a água da terra por mando de Deus, sendo, portanto também sua criação
simultânea a da criação do mundo.
1. Com a junção da água e a terra
surgiu o Barro.
2. O Barro com o Sopro Divino representa
Movimento.
3. O Movimento adquire Estrutura.
4. Movimento e Estrutura surgiram
à criação, O Homem.
Portanto, para alguns, Nanã
é a Divindade Suprema que junto com Zambi fez parte da criação,
sendo ela responsável pelo elemento Barro, que deu forma ao primeiro
homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência
humana e também da morte, passando por uma transmutação para que
se transforme continuamente e nada se perca.
Esta é
uma figura muito controvertida do panteão africano. Ora perigosa e
vingativa, ora praticamente desprovida de seus maiores poderes, relegada
a um segundo plano amargo e sofrido, principalmente ressentido.
Orixá que também rege
a Justiça, Nanã não tolera traição, indiscrição, nem roubo. Por
ser Orixá muito discreto e gostar de se esconder, suas filhas podem
ter um caráter completamente diferente do dela. Por exemplo, ninguém
desconfiará que uma dengosa e vaidosa aparente filha de Oxum seria
uma filha de Nanã “escondida”.
Nanã faz o caminho inverso
da mãe da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral,
as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a deusa do reino
da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território
do desconhecido.
A senhora do reino da morte é, como
elemento, a terra fofa, que recebe os cadáveres, os acalenta e esquenta,
numa repetição do ventre, da vida intra-uterina. É, por isso, cercada
de muitos mistérios no culto e tratada pelos praticantes da Umbanda
e do Candomblé, com menos familiaridade que os Orixás mais extrovertidos
como Ogum e Xangô, por exemplo.
Muitos são, portanto os mistérios
que Nanã esconde, pois nela entram os mortos e através dela são
modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é
que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento,
a vivência de um novo destino – e a responsável por esse período
é justamente Nanã. Ela é considerada pelas comunidades da Umbanda
e do Candomblé, como uma figura austera, justiceira e absolutamente
incapaz de uma brincadeira ou então de alguma forma de explosão emocional.
Por isso está sempre presente como testemunha fidedigna das lendas.
Jurar por Nanã, por parte de alguém do culto, implica um compromisso
muito sério e inquebrantável, pois o Orixá exige de seus filhos-de-santo
e de quem a invoca em geral sempre a mesma relação austera que mantém
com o mundo.
Nanã forma par com Obaluaê.
E enquanto ela atua na decantação emocional e no adormecimento do
espírito que irá encarnar, ele atua na passagem do plano espiritual
para o material (encarnação), o envolve em uma irradiação especial,
que reduz o corpo energético ao tamanho do feto já formado dentro
do útero materno onde está sendo gerado, ao qual já está ligado
desde que ocorreu a fecundação.
Este mistério divino que reduz o
espírito é regido por nosso amado pai Obaluaê, que é o
“Senhor das Passagens” de um plano para outro.
Já nossa amada mãe Nanã,
envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única,
que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória,
preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de
nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade,
à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas
que vivenciou na sua vida carnal.
Portanto, um dos campos de atuação
de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxossi aguça
o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles
não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.
Em outra linha da vida, ela é
encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando
a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade;
e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a
geração de filhos.
Esta grande Orixá, mãe e avó,
é a protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família,
tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas, bem como o lodo produzido
por essas águas.
Dia da Semana
de maior vibração: Sábado (Em algumas casas: Segunda)
Dia que se comemora: 26 de julho.
Domínio: Lagos, águas profundas, lama, cemitérios, pântanos.
Sincretismo: Santa Ana ou Sant’ana.
Cor: Roxa ou Lilás.
Chacra: Frontal e Cervical.
Símbolo: Chuva.
Flores: Todas as flores roxas.
Bebida: Champanhe.
Metal: Nanã desconhece o ferro e outros metais, por tratar-se
de um Orixá da Pré-história.
Pedra: Ametista, cacoxenita, tanzanita.
Planeta: Lua e Mercúrio
Essência: Lírio, Orquídea, limão, narciso, dália.
Ervas: Manjericão Roxo, Colônia, Ipê Roxo, Folha da
Quaresma, Erva de Passarinho, Dama da Noite, Canela de velho, Salsa
da Praia, Manacá. (Em algumas casas: assa peixe, cipreste, erva Macaé,
dália vermelho escura, folha de berinjela, folha de limoeiro, manacá,
rosa vermelho escura, tradescância)
Frutas: Melão.
Saudação: Saluba Nanã!
Marcadores: Orixás
Obaluaê
Na Umbanda, o culto é feito
a Obaluaê, que se desdobra com o nome de Omulu. Orixá originário
do Daomé. É um Orixá sombrio, tido entre os iorubanos
como severo e terrível, caso não seja devidamente cultuado, porém
Pai bondoso e fraternal aqueles que se tornam merecedores, através
de gestos humildes, honestos e leais.
Um dos mais temidos Orixás, comanda
as doenças e, consequentemente, a saúde. Assim como sua mãe Nanã,
tem profunda relação com a morte. Tem o rosto e o corpo cobertos de
palha da costa, em algumas lendas para esconder as marcas da varíola,
em outras já curadas não poderia ser olhado de frente por ser o próprio
brilho do sol. Seu símbolo é o Xaxará – um feixe de ramos de palmeira
enfeitado com búzios.
Em termos mais estritos, Obaluaê
é a forma jovem do Orixá Xapanã, enquanto Omulu é
sua forma velha. Como, porém, Xapanã é um nome proibido
tanto no Candomblé como na Umbanda, não devendo ser mencionado
pois pode atrair a doença inesperadamente, a forma Obaluaê é a que
mais se vê. Esta distinção se aproxima da que existe entre as formas
básicas de Oxalá: Oxalá (o Crucificado), Oxaguiã a forma jovem e
Oxalufã a forma mais velha.
A figura de Omulu/Obaluaê, assim
como seus mitos, é completamente cercada de mistérios e dogmas
indevassáveis. Em termos gerais, a essa figura é atribuído o controle
sobre todas as doenças, especialmente as epidêmicas. Faria parte da
essência básica vibratória do Orixá tanto o poder de causar a doença
como o de possibilitar a cura do mesmo mal que criou.
Obaluaê, o Rei da Terra, é
filho de NANÃ, mas foi criado por IEMANJA que o acolheu quando a mãe
rejeitou-o por ser manco, feio e coberto de feridas. É uma divindade
da terra dura, seca e quente. É às vezes chamado “o velho”,
com todo o prestígio e poder que a idade representa no Candomblé.
Está ligado ao Sol, propicia colheitas e ambivalentemente detém a
doença e a cura. Com seu Xaxará, cetro ritual de palha da Costa, ele
expulsa a peste e o mal. Mas a doença pode ser também a marca dos
eleitos, pelos quais Omulu quer ser servido. Quem teve varíola é freqüentemente
consagrado a Omulu, que é chamado “médico dos pobres”.
Existe uma grande variedade de tipos
de Omulu/Obaluaê, como acontece praticamente com todos os Orixás.
Existem formas guerreiras e não guerreiras, de idades diferentes, etc.,
mas resumidos pelas duas configurações básicas do velho e do moço.
A diversidade de nomes pode também nos levar a raciocinar que existem
mitos semelhantes em diferentes grupos tribais da mesma região, justificando
que o Orixá é também conhecido como Skapatá, Omulu Jagun, Quicongo,
Sapatoi, Iximbó, Igui.
Esta Grande Potência Astral Inteligente,
quando relacionado à vida e à cura, recebe o nome de Obaluaê.
Tem sob seu comando incontáveis legiões de espíritos que atuam nesta
Irradiação ou Linha, trabalhadores do Grande Laboratório do Espaço
e verdadeiros cientistas, médicos, enfermeiros etc., que preparam os
espíritos para uma nova encarnação, além de promoverem a cura das
nossas doenças.
Atuam também no plano físico, junto
aos profissionais de saúde, trazendo o bálsamo necessário para o
alívio das dores daqueles que sofrem.
O Senhor da
Vida é também Guardião das Almas que ainda não se libertaram
da matéria. Assim, na hora do desencarne, são eles, os falangeiros de
Omulu, que vêm nos ajudar a desatar nossos fios de agregação astral-físico
(cordão de prata), que ligam o perispírito ao corpo material.
Os comandados
de Omulu, dentre outras funções, são diretamente responsáveis pelos
sítios pré e pós morte física (Hospitais,
Cemitérios, Necrotérios etc.), envolvendo estes lugares com poderoso
campo de força fluidíco-magnético, a fim de não deixarem que os
vampiros astrais (kiumbas desqualificados) sorvam energias do duplo
etérico daqueles que estão em vias de falecerem ou falecidos.
Dia da Semana
de maior vibração: 2ª Feira.
Dia que se comemora: 17 de Dezembro.
Domínio: Cemitério, grutas, praia.
Sincretismo: São Lazaro.
Cor: Preto e Branco.
Chacra: Básico.
Símbolo: Cruz.
Elemento: Terra.
Flores: Monsenhor branco.
Bebida: Água mineral (vinho tinto).
Metal: Chumbo.
Pedra: Obsidiana, Ônix, Olho-de-gato.
Planeta: Saturno.
Essência: Cravo e Menta.
Ervas: Canela de Velho, Erva de Bicho, Erva de Passarinho,
Barba de Milho, Barba de Velho, Cinco Chagas, Fortuna, Hera. (cuféia-sete
sangrias, erva-de-passarinho, canela de velho, quitoco, Zínia).
Frutas: Abacaxi, Jaca, Fruta-Pão, Camboatá, Cacau e Caju.
Saudação: Atotô! (Significa “Silêncio, Respeito”).
Marcadores: Orixás
Yemanjá
O termo sagrado Yemanjá primitivamente
era “Yemanyarth”, sendo posteriormente fonetizado como Yemanjá.
Recentemente, outros povos, inclusive os africanos ocidentais, fonetizaram
este termo sagrado como YEOMOEJÁ, que no Brasil, trouxemos para Yemanjá
ou Yemoja. No rito Jeje é Abe, representada pela Estrela Guia; no rito
Angola é Dandalunda ou Quissimbe.
Podemos dizer muitas coisas a respeito deste Orixá, mas tudo se resumiria em dizer: Orixá Mãe!. Yemanjá é conhecidíssima, respeitada e amada. É reverenciada por outros nomes tais como: Mãe d´água, Janaína, Iara, Sereia, Princesa do Mar, Marbô, Inaê, Mucunã, Rainha do Mar, Rainha das Águas, entre tantos outros.
Podemos dizer muitas coisas a respeito deste Orixá, mas tudo se resumiria em dizer: Orixá Mãe!. Yemanjá é conhecidíssima, respeitada e amada. É reverenciada por outros nomes tais como: Mãe d´água, Janaína, Iara, Sereia, Princesa do Mar, Marbô, Inaê, Mucunã, Rainha do Mar, Rainha das Águas, entre tantos outros.
Deusa da nação
de Egbé, nação esta Iorubá onde existe o rio Yemojá (Yemanjá).
No Brasil, rainha das águas e mares. Orixá muito respeitado e
cultuado é tida como mãe de quase todos os Orixás Iorubanos,
enquanto a maternidade dos Orixás Daomeanos é atribuída
a Nanã. Por isso à ela também pertence a fecundidade. É protetora
dos pescadores e jangadeiros.
Comparada com as outras divindades do panteão africano, Yemanjá é uma figura extremamente simples. Ela é uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem divulgado pela imprensa, pois suas festas anuais sempre movimentam um grande número de iniciados e simpatizantes, tanto da Umbanda como do Candomblé.
Comparada com as outras divindades do panteão africano, Yemanjá é uma figura extremamente simples. Ela é uma das figuras mais conhecidas nos cultos brasileiros, com o nome sempre bem divulgado pela imprensa, pois suas festas anuais sempre movimentam um grande número de iniciados e simpatizantes, tanto da Umbanda como do Candomblé.
Pelo sincretismo,
porém, muita água rolou. Os jesuítas portugueses, tentando forçar
a aculturação dos africanos e a aceitação, por parte deles, dos
rituais e mitos católicos, procuraram fazer casamentos entre santos
cristãos e Orixás africanos, buscando pontos em comum nos mitos.
Para Yemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado em parte por muitos ramos da Umbanda.
Para Yemanjá foi reservado o lugar de Nossa Senhora, sendo, então, artificialmente mais importante que as outras divindades femininas, o que foi assimilado em parte por muitos ramos da Umbanda.
Mesmo assim,
não se nega o fato de sua popularidade ser imensa, não só por
tudo isso, mas pelo caráter, de tolerância,
aceitação e carinho. É uma das rainhas das águas, sendo as duas
salgadas: as águas provocadas pelo choro da mãe que sofre pela vida
de seus filhos, que os vê se afastarem do seu abrigo, tomando rumos
independentes; e o mar, sua morada, local onde costuma receber os presentes
e oferendas dos devotos.
São extremamente concorridas suas festas. É tradicional no Rio de Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre a oferta ao mar de presentes a este Orixá, atirados à morada da deusa, tanto na data específica de suas festas, como na passagem do ano. São comuns no reveillon as tendas de Umbanda na praia, onde acontecem rituais e iniciados incorporam caboclos e preto-velhos, atendendo a qualquer pessoa que se interesse.
São extremamente concorridas suas festas. É tradicional no Rio de Janeiro, em Santos (litoral de São Paulo) e nas praias de Porto Alegre a oferta ao mar de presentes a este Orixá, atirados à morada da deusa, tanto na data específica de suas festas, como na passagem do ano. São comuns no reveillon as tendas de Umbanda na praia, onde acontecem rituais e iniciados incorporam caboclos e preto-velhos, atendendo a qualquer pessoa que se interesse.
Apesar dos preceitos tradicionais
relacionarem tanto Oxum como Yemanjá à função da maternidade,
pode estabelecer-se uma boa distinção entre esses conceitos. Os dois
Orixás não rivalizam (Yemanjá praticamente não rivaliza com
ninguém, enquanto Oxum é famosa por suas pendências amorosas que
a colocaram contra Iansã e Obá). Cada uma domina a maternidade num
momento diferente.
A majestade dos mares, senhora dos
oceanos, sereia sagrada, Yemanjá é a rainha das águas salgadas,
regente absoluta dos lares, protetora da família. Chamada também de
Deusa das Pérolas, é aquela que apara a cabeça dos bebês no momento
de nascimento.
Numa Casa de Santo, Yemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência; proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais no Santo) ou Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo. A necessidade de saber se aqueles que amam estão bem, as dores pela preocupação, é uma regência de Yemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente ou amigo muito querido. É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a salvo, sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar.
Numa Casa de Santo, Yemanjá atua dando sentido ao grupo, à comunidade ali reunida e transformando essa convivência num ato familiar; criando raízes e dependência; proporcionando sentimento de irmão para irmão em pessoas que há bem pouco tempo não se conheciam; proporcionando também o sentimento de pai para filho ou de mãe para filho e vice-versa, nos casos de relacionamento dos Babalorixás (Pais no Santo) ou Ialorixás (Mães no Santo) com os Filhos no Santo. A necessidade de saber se aqueles que amam estão bem, as dores pela preocupação, é uma regência de Yemanjá, que não vai deixar morrer dentro de nós o sentido de amor ao próximo, principalmente em se tratando de um filho, filha, pai, mãe, outro parente ou amigo muito querido. É a preocupação e o desejo de ver aquele que amamos a salvo, sem problemas, é a manutenção da harmonia do lar.
É ela que
proporcionará boa pesca nos mares, regendo os seres aquáticos e provendo
o alimento vindo do seu reino. É ela quem controla as marés, é a
praia em ressaca, é a onda do mar, é o maremoto. Protege a vida marinha.
Se junta ao orixá Oxalá complementando-o como o Princípio Gerador
Feminino.
Dia da Semana
de maior vibração: Sábado.
Dia que se comemora: 8 de Dezembro.
Domínio: Mar.
Sincretismo: Nossa Senhora da Conceição.
Cor: Azul claro.
Chacra: Frontal.
Símbolo: Lua Minguante, Ondas, Peixes, Pedra
Marinha e Concha.
Elemento: Água.
Domínio: Mar.
Flores: Lírio Branco.
Bebida: Água Mineral ou Champanhe.
Metal: Prata.
Pedra: Pérola, Água Marinha, Lápis-Lazúli, Calcedônia,
Turquesa.
Planeta: Lua.
Essência: Jasmim, Rosa Branca, Orquídea, Crisântemo.
Ervas: Colônia, Pata de Vaca, Imbaúba, Abebê, Jarrinha,
Golfo, Rama de Leite (Em algumas casas: aguapé, lágrima de nossa,
araçá da praia, flor de laranjeira, guabiroba, jasmim, jasmim de cabo,
jequitibá rosa, malva branca, marianinha – trapoeraba azul, musgo
marinho, nenúfar, rosa branca, folha de leite)trapoeraba branca.
Frutas: Maçã branca, Uva, Pêra, Melão.
Saudação: Odó Iyá!
Marcadores: Orixás
Xangô
Xa= Senhor, dirigente.
Angô= Raio, fogo, alma.
Xangô= Senhor do Raio, Senhor das Almas ou Senhor Dirigente
das Almas.
São Jerônimo – Xangô Agodô
= Rei da Cachoeira, Senhor da Justiça, Rei das Pedreiras, dos Raios
e Trovões e das Forças da Natureza.
São Pedro
– Xangô Agajô = Protetor das Almas que entram
no céu.
São João Batista – Xangô Kaô
= Protetor dos que sofrem injustiças, Senhor Chefe das Falanges do
Oriente. (Ori=Cabeça) Rei da Cachoeira, Senhor da Justiça, Rei das
Pedreiras, dos Raios e Trovões e das Forças da Natureza.
Talvez estejamos diante do Orixá
mais cultuado e respeitado no Brasil. Isso porque foi ele o primeiro
Deus Iorubano, por assim dizer, que pisou em terras brasileiras.
Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça – representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.
Xangô é um Orixá bastante popular no Brasil e às vezes confundido como um Orixá com especial ascendência sobre os demais, em termos hierárquicos. Essa confusão acontece por dois motivos: em primeiro lugar, Xangô é miticamente um rei, alguém que cuida da administração, do poder e, principalmente, da justiça – representa a autoridade constituída no panteão africano. Ao mesmo tempo, há no norte do Brasil diversos cultos que atendem pelo nome de Xangô. No Nordeste, mais especificamente em Pernambuco e Alagoas, a prática do candomblé recebeu o nome genérico de Xangô, talvez porque naquelas regiões existissem muitos filhos de Xangô entre os negros que vieram trazidos de África. Na mesma linha de uso impróprio, pode-se encontrar a expressão Xangô de Caboclo, que se refere obviamente ao que chamamos de Candomblé de Caboclo.
Xangô é pesado, íntegro,
indivisível, irremovível; com tudo isso, é evidente que certo autoritarismo
faça parte da sua figura e das lendas sobre suas determinações e
desígnios, coisa que não é questionada pela maior parte de seus filhos,
quando inquiridos.
Suas decisões
são sempre consideradas sábias, ponderadas,
hábeis e corretas. Ele é o Orixá que decide sobre o bem e o mal.
Ele é o Orixá do raio e do trovão.
Na África,
se uma casa é atingida por um raio, o seu proprietário paga altas
multas aos sacerdotes de Xangô, pois se considera que ele incorreu na cólera
do Deus. Logo depois os sacerdotes vão revirar os escombros e cavar
o solo em busca das pedras-de-raio formado pelo relâmpago. Pois seu
axé está concentrado genericamente nas pedras, mas, principalmente
naquelas resultantes da destruição provocada pelos raios, sendo o
Meteorito é seu axé máximo.
Xangô tem a fama de agir sempre
com neutralidade (a não ser em contendas pessoais suas, presentes nas
lendas referentes a seus envolvimentos amorosos e congêneres). Seu
raio e eventual castigo são os resultados de um quase processo judicial,
onde todos os prós e os contras foram pensados e pesados exaustivamente.
Seu Axé, portanto está concentrado nas formações de rochas cristalinas,
nos terrenos rochosos à flor da terra, nas pedreiras, nos maciços.
Suas pedras são inteiras, duras de quebrar, fixas e inabaláveis, como
o próprio Orixá.
Xangô não contesta o status
de Oxalá de patriarca da Umbanda, mas existe algo de comum entre
ele e Zeus, o deus principal da rica mitologia grega. O símbolo do
Axé de Xangô é uma espécie de machado estilizado com duas lâminas,
o Oxé, que indica o poder de Xangô, corta em duas direções opostas.
O administrador da justiça nunca poderia olhar apenas para um lado,
defender os interesses de um mesmo ponto de vista sempre. Numa disputa,
seu poder pode voltar-se contra qualquer um dos contendores, sendo essa
a marca de independência e de totalidade de abrangência da justiça
por ele aplicada.
Xangô, portanto, já é
adulto o suficiente para não se empolgar pelas paixões e pelos destemperos,
mas vital e capaz o suficiente para não servir apenas como consultor.
Outro dado saliente sobre a figura
do senhor da justiça é seu mau relacionamento com a morte.
Se Nanã é como Orixá a figura que melhor se entende
e predomina sobre os espíritos de seres humanos mortos, Eguns, Xangô
é que mais os detesta ou os teme. Há quem diga que, quando a morte
se aproxima de um filho de Xangô, o Orixá o abandona, retirando-se
de sua cabeça e de sua essência, entregando a cabeça de seus filhos
a Obaluaê e Omulu sete meses antes da morte destes, tal o grau de aversão
que tem por doenças e coisas mortas.
Deste tipo de afirmação discordam
diversos babalorixás ligados ao seu culto, mas praticamente todos aceitam
como preceito que um filho que seja um iniciado com o Orixá na cabeça,
não deve entrar em cemitérios nem acompanhar a enterros.
Tudo que se refere aos estudos, as
demandas judiciais, ao direito, contratos, documentos trancados, pertencem
a Xangô.
Dia da Semana
de maior vibração: 4ª Feira.
Dia que se comemora: 30 de Setembro.
Domínio: Pedreira.
Sincretismo: São Jerônimo.
Cor: Marrom e Branco.
Chacra: Cardíaco.
Símbolo: Machado de duas laminas estilizado, ou dois machados
cruzados (umbanda).
Elemento: Fogo.
Flores: Cravos Vermelhos e brancos.
Bebida: Cerveja Preta.
Metal: Estanho.
Pedra: Meteorito, pirita, jaspe.
Planeta: Júpiter.
Essência: Cravo (flor).
Ervas: Erva de São João, Erva de Santa Maria, Beti Cheiroso,
Nega Mina, Levante, Cordão de Frade, Jarrinha, Erva de Bicho, Erva
Tostão, Caruru, Para raio, Umbaúba. (Em algumas casas: Xequelê).
Frutas: Marmelo, Mamão, Melão, Melancia, Abiu, Abricó,
Caqui, Fruta-do-Conde.
Saudação: Kawô Kabiesilé!
Marcadores: Orixás
Yansã
É um Orixá feminino muito famoso
no Brasil, sendo figura das mais populares entre os mitos da Umbanda
e do Candomblé em nossa terra e também na África, onde é predominantemente
cultuada sob o nome de Oiá. É um dos Orixás do Candomblé que mais
penetrou no sincretismo da Umbanda, talvez por ser o único que se relaciona,
na liturgia mais tradicional africana, com os espíritos dos mortos
(Eguns), que têm participação ativa na Umbanda, enquanto são afastados
e pouco cultuados no Candomblé. Em termos de sincretismo, costuma ser
associada à figura católica de Santa Bárbara. Iansã costuma ser
saudada após os trovões, não pelo raio em si (propriedade de Xangô
ao qual ela costuma ter acesso), mas principalmente porque Iansã é
uma das mais apaixonadas amantes de Xangô, e o senhor da justiça não
atingiria quem se lembrasse do nome da amada. Ao mesmo tempo, ela é
a senhora do vento e, conseqüentemente, da tempestade.
Nas cerimônias da Umbanda e do Candomblé,
Iansã, ela surge quando incorporada a seus filhos, como autêntica
guerreira, brandindo sua espada, e ao mesmo tempo feliz. Ela sabe amar,
e gosta de mostrar seu amor e sua alegria contagiantes da mesma forma
desmedida com que exterioriza sua cólera.
Como a maior parte dos Orixás
femininos cultuados inicialmente pelos iorubás, é a divindade de um
rio conhecido internacionalmente como rio Níger, ou Oiá, pelos africanos,
isso, porém, não deve ser confundido com um domínio sobre a água.
A figura de Iansã sempre guarda
boa distância das outras personagens femininas centrais do panteão
mitológico africano, se aproxima mais dos terrenos consagrados tradicionalmente
ao homem, pois está presente tanto nos campos de batalha, onde se resolvem
as grandes lutas, como nos caminhos cheios de risco e de aventura –
enfim, está sempre longe do lar; Iansã não gosta dos afazeres domésticos.
É extremamente sensual, apaixona-se
com freqüência e a multiplicidade de parceiros é uma constante na
sua ação, raramente ao mesmo tempo, já que Iansã costuma ser íntegra
em suas paixões; assim nada nela é medíocre, regular, discreto, suas
zangas são terríveis, seus arrependimentos dramáticos, seus triunfos
são decisivos em qualquer tema, e não quer saber de mais nada, não
sendo dada a picuinhas, pequenas traições. É o Orixá do arrebatamento,
da paixão.
Foi esposa de Ogum e, posteriormente,
a mais importante esposa de Xangô. é irrequieta, autoritária,
mas sensual, de temperamento muito forte, dominador e impetuoso. É
dona dos movimentos (movimenta todos os Orixás), em algumas casas é
também dona do teto da casa, do Ilê.
Iansã é a Senhora dos
Eguns (espíritos dos mortos), o qual os controla com um rabo de cavalo
chamado Eruexim – seu instrumento litúrgico durante as festas, uma
chibata feita de rabo de um cavalo atado a um cabo de osso, madeira
ou metal.
É ela que servirá de guia, ao lado
de Obaluaê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela
que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda também a falange dos
Boiadeiros.
Duas lendas se formaram, a primeira
é que Iansã não cortou completamente relação com o ex-esposo e
tornou-se sua amante; a segunda lenda garante que Iansã e Ogum, tornaram-se
inimigos irreconciliáveis depois da separação.
Iansã é a primeira divindade
feminina a surgir nas cerimônias de cultos afro-brasileiros.
Deusa da espada do fogo, dona da
paixão, da provocação e do ciúme. Paixão violenta, que corrói
e que cria sentimentos de loucura, que cria o desejo de possuir, o desejo
sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o desejo incontido,
o sentimento mais forte que a razão. A frase “estou apaixonado”,
tem a presença e a regência de Iansã, que é o Orixá que faz nossos
corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos
mais profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio,
a inveja suave, o fascínio enlouquecido. É a paixão propriamente
dita. É a falta de medo das conseqüências de um ato impensado no
campo amoroso. Iansã rege o amor forte e violento.
Dia da Semana
de maior vibração: 4ª Feira
Dia que se comemora: 4 de Dezembro
Domínio: Bambuzal
Sincretismo: Santa Bárbara
Cor: Vermelho
Chacra: Frontal e cardíaco
Símbolo: Raio (Eruexim-cabo de ferro ou cobre com um rabo
de cavalo)
Elemento: Fogo
Flores: Amarelas ou corais
Bebida: Champanhe
Metal: Cobre
Pedra: Coral, Cornalina, Rubi, Granada.
Planeta: Lua e Júpiter
Essência: Patchouli
Ervas: Cana do Brejo, Erva Prata, Espada de Iansã, Folha
de Louro (não serve para banho), Erva de Santa Bárbara, Folha de Fogo,
Colônia, Mitanlea, Folha da Canela, Peregum amarelo, Catinga de Mulata,
Parietária, Para Raio (Catinga de mulata, Cordão de frade, Gerânio
cor-de-rosa ou vermelho, Açucena, Folhas de Rosa Branca).
Frutas: Manga Rosa, Uva vermelha, Maçã vermelha.
Saudação: Epa hei!
Marcadores: Orixás
Oxumaré
É o filho mais novo e preferido
de Nanã, irmão de Omulu. É uma entidade branca muito antiga, participou
da criação do mundo enrolando-se ao redor da terra, reunindo a matéria
e dando forma ao Mundo. Sustenta o Universo, controla e põe os astros
e o oceano em movimento. Rastejando pelo Mundo, desenhou seus vales
e rios. É a grande cobra que morde a cauda, representando a continuidade
do movimento e do ciclo vital. A cobra é dele e é por isso que no
Candomblé não se mata cobra. Sua essência é o movimento, a fertilidade,
a continuidade da vida.
A comunicação entre o céu e a
terra é garantida por Oxumaré. Leva a água dos mares, para o
céu, para que a chuva possa formar-se, é o arco-íris, a grande cobra
colorida.
Assegura comunicação entre o mundo
sobrenatural, os antepassados e os homens e por isso a associa do ao
cordão umbilical.
Oxumaré é um Orixá
bastante cultuado no Brasil, apesar de existirem muitas confusões a
respeito dele, principalmente nos sincretismos e nos cultos mais afastados
do Candomblé tradicional africano como a Umbanda. A confusão começa
a partir do próprio nome, já que parte dele também é igual ao nome
do Orixá feminino Oxum, a senhora da água doce. Algumas correntes
da Umbanda, inclusive, costumam dizer que Oxumaré é uma das diferentes
formas e tipos de Oxum, mas no Candomblé tradicional tal associação
é absolutamente rejeitada. São divindades distintas, inclusive quanto
aos cultos e à origem.
Em relação a Oxumaré, qualquer
definição mais rígida é difícil e arriscada. Não se pode
nem dizer que seja um Orixá masculino ou feminino, pois ele é
as duas coisas ao mesmo tempo; metade do ano é macho, a outra
metade é fêmea. Por isso mesmo a dualidade é o conceito básico associado
a seus mitos e a seu arquétipo.
Essa dualidade onipresente faz com
que Oxumaré carregue todos os opostos e todos os antônimos básicos
dentro de si: bem e mal, dia e noite, macho e fêmea, doce e amargo,
etc.
Na verdade, o que se pode abstrair
de contradições como as, que apresenta Oxumaré é que este
é o Orixá do movimento, da ação, da eterna transformação,
do contínuo oscilar entre um caminho e outro que norteia a vida humana.
É o Orixá da tese e da antítese. Por isso, seu domínio se estende
a todos os movimentos regulares, que não podem parar, como a alternância
entre chuva e bom tempo, dia e noite, positivo e negativo. Conta-se
sobre ele que, como cobra, pode ser bastante agressivo e violento, o
que o leva a morder a própria cauda. Isso gera um movimento moto-contínuo,
pois, enquanto não largar o próprio rabo, não parará de girar, sem
controle. Esse movimento representa a rotação da Terra, seu translado
em torno do Sol, sempre repetitivo-todos os movimentos dos planetas
e astros do universo, regulados pela força da gravidade e por princípios
que fazem esses processos parecerem imutáveis, eternos, ou pelo menos
muito duradouros se comparados com o tempo de vida médio da criatura
humana sobre a terra, não só em termos de espécie, mas principalmente
em termos da existência de uma só pessoa. Se essa ação terminasse
de repente, o universo como o entendemos deixaria de existir, sendo
substituído imediatamente pelo caos. Esse mesmo conceito justifica
um preceito tradicional do Candomblé que diz que é necessário alimentar
e cuidar de Oxumaré muito bem, pois, se ele perder suas forças e morrer,
a conseqüência será nada menos que o fim da vida no mundo.
Seu domínio se estende a todos os
movimentos regulares que não podem parar, como a alternância entre
o dia e a noite, o bom e o mau tempo (chuvas) e entre o bem e o mal
(positivo e negativo).
Enquanto o arco-íris traz a boa
notícia do fim da tempestade, da volta do sol, da possibilidade de
movimentação livre e confortável, a cobra é particularmente perigosa
para uma civilização das selvas, já que ela está em seu habitat
característico, podendo realizar rápidas incertas.
Dia da Semana
de maior vibração: 3ª Feira.
Dia que se comemora: 24 de agosto.
Domínio: Próximo da queda da cachoeira.
Sincretismo: São Bartolomeu.
Cor: cores do arco-íris, ou, amarelo
rajado de preto.
Chacra: Laríngeo.
Símbolo: Cobra e Arco-Íris.
Elemento: Água.
Flores: Amarelas.
Bebida: Água Mineral.
Metal: Latão (Ouro e Prata mesclados).
Pedra: Ágata. (Topázio, esmeralda, diamante).
Planeta: +++++++++++++
Essência: ++++++++++++
Ervas: Mesmas de Oxum.
Frutas: As mesmas que de Oxum.
Saudação: Arrobobô!
Marcadores: Orixás
Oxum
É nome de um rio em Oxogbô, região da Nigéria, em
Ijexá. É ele considerado a morada mística do Orixá. Apesar de ser
comum a associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana,
Oxum é destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos
os rios. Portanto seu elemento é a água em discreto movimento nos
rios, a água semi parada das lagoas não pantanosas, pois as predominantemente
lodosas são destinadas à Nanã e, principalmente as cachoeiras são
de Oxum, onde costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas
e presentes de seus filhos-de-santo.
Oxum domina os rios e as cachoeiras,
imagens cristalinas de sua influência: atrás de uma superfície aparentemente
calma podem existir fortes correntes e cavernas profundas.
Oxum é conhecida por sua delicadeza.
As lendas adornam-na com ricas vestes e objetos de uso pessoal Orixá
feminino, onde sua imagem é quase sempre associada a maternidade,
sendo comum ser invocada com a expressão “Mamãe Oxum”. Gosta de
usar colares, jóias, tudo relacionado à vaidade, perfumes, etc.
Filha predileta
de Oxalá e Yemanjá. Nos mitos, ela foi casada com Oxossi, a quem
engana, com Xangô, com ogum, de quem sofria maus tratos e xangô
a salva.
Seduz Obaluaê, que fica perdidamente
apaixonado, obtendo dele, assim, que afaste a peste do reino de Xangô.
Mas Oxum é considerada unanimente como uma das esposas de xangô e
rival de Iansã e Obá.
Segunda mulher de Xangô, deusa do
ouro (na África seu metal era o cobre), riqueza e do amor, foi rainha
em Oyó, sendo a sua preferida pela jovialidade e beleza.
A ela pertence o ventre da mulher
e ao mesmo tempo controla a fecundidade, por isso as crianças lhe pertencem.
A maternidade é sua grande força, tanto que quando uma mulher
tem dificuldade para engravidar, é a Oxum que se pede ajuda. Oxum é
essencialmente o Orixá das mulheres, preside a menstruação, a gravidez
e o parto.
Desempenha importante função nos
ritos de iniciação, que são a gestação e o nascimento. Orixá da
maternidade que ama as crianças, protege a vida e tem funções de
cura.
Oxum mostrou que a menstruação,
em vez de constituir motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres,
pelo contrário proclama a realidade do poder feminino, a possibilidade
de gerar vidas.
Dia da Semana
de maior vibração: Sábado.
Dia que se comemora: No Pará – Segundo domingo de outubro.
Domínio: Cachoeira e rios (calmos).
Sincretismo: N.S. Conceição (RJ), N.S. das Candeias (Bahia)
e Nossa Senhora de Nazaré. (PA).
Cor: Amarela (Em algumas casas: Azul).
Chacra: Umbilical (Frontal)
Símbolo: Coração ou cachoeira
Elemento: Água (rios e cachoeiras)
Flores: Lírio, rosa amarela.
Bebida: Champanhe
Metal: Ouro
Pedra: Topázio (amarelo e azul).
Planeta: Vênus (Lua).
Essência: Lírio e rosa.
Ervas: Colônia, Macaçá, Oriri, Santa Luzia, Oripepê,
Pingo D’água, Agrião, Dinheiro em Penca, Manjericão Branco, Calêndula,
Narciso; Vassourinha, Erva de Santa Luzia, e Jasmim (Estas últimas três não servem
para banhos).
Frutas: banana ouro, melão, laranja lima, Sapoti e Viti.
Saudação: Ai-ie-iô (ou Ora Ieiêô)
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