terça-feira, 18 de junho de 2013

Repórter Sérgio Silva, atingido no olho por uma bala de borracha, faz abaixo assinado pedindo a proibição dessa arma e do gás lacrimogênio


Repórter Sérgio Silva - Imagem: www.brasildefato.com.br

O despreparo da Polícia Militar em lidar com uma mobilização democrática foi notório na manifestação contra o aumento das passagens da última quinta-feira.
Eu, Sérgio Silva, 31 anos, fotógrafo parceiro da Agência Futura Press, estou sofrendo na pele as consequências da violência contra a marcha. Fui atingido no olho esquerdo por uma bala de borracha, enquanto cobria a manifestação.
Mesmo que em São Paulo tenha sido proibido nesta segunda, em outras cidades manifestantes ainda têm sido alvo destas armas, e nada garante que eles não voltarão a usá-las aqui. 
Muitos outros companheiros da imprensa também foram atingidos enquanto estavam trabalhando, cumprindo o importante papel da imprensa para o aprofundamento da democracia. Sou testemunha de que cidadãos que protestavam pacificamente, ou simplesmente transeuntes voltando do trabalho, e que se depararam com a manifestação, também foram vítimas. 
Todo cidadão tem o direito de sair às ruas para reivindicar seus direitos sem temer uma repressão por parte da políciaAssim, lanço um abaixo-assinado, pedindo a proibição do uso da bala de borracha e gás de efeito moral, pela PM, contra manifestantes. 
O Estado deve formar policiais que tenham outras respostas para as manifestações que não sejam a violência e para que armas desse nível não sejam utilizadas no acompanhamento de manifestações, onde a sociedade busca defender seus direitos. É necessário repensar como a Polícia deve agir. Dessa forma, defendo que a extinção dessas armas deve ser imediata.
Obrigado, 
Sérgio Silva
Fotógrafo parceiro da Agência Futura Press


Ele estava cobrindo a manifestação quando foi atingido - e pode ter a visão comprometida para sempre. Assine agora contra o uso de balas de borracha por policiais
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