quarta-feira, 5 de junho de 2013

Chegaram as festas juninas e com elas os problemas de trânsito




      Está muito bonito o movimento na Igreja de Santo Antônio e em suas adjacências, com os atos religiosos, o funcionamento das barraquinhas, as vendas de quentão e salgados, os leilões. Esses festejos vêm desde os tempos da capela, quando não havia calçamento e o piso de chão circundava o templo, a rua e a ampla área até a estrada de ferro, onde havia o mangueiral.  Era muito espaço para o público e o estacionamento de charretes, quando pouca gente possuía carro.  Era tão tranquilo o trânsito, que a juventude incluía jogo de peteca como divertimento em plena rua, em frente a Igreja.
Igreja de Santo Antônio - a antiga e a nova. Imagem: Ricardo Lopes.  Não temos imagem da capila.



         Com o passar do tempo, o mangueiral deixou de existir.  No seu lugar funciona um abrigo de frota de carretas, porque aquele espaço não era público.  E os antigos proprietários venderam conforme suas conveniências.  A capela deu lugar a um Convento, cujas obras ocuparam toda a área da Rua Santo Antônio até os prédios existentes nos fundos e nas laterais.  A pista de circulação em torno do Convento recebeu a denominação de Rua Frei Ozório, que foi um batalhador na marcha de evolução da antiga capela, que passou ao domínio dos franciscanos.  O público cresceu para as festividades que vão até a fogueira do dia 13, feriado dedicado a Santo Antônio, o Santo casamenteiro do folclore religioso.  Com o crescimento do público vieram os veículos automotores, no lugar das charretes: muitos em busca de estacionamento para seus proprietários participarem das festas, e muitos outros que transitam no vai-e-vem normal de um lado para outro da cidade.  Aí, chegam os problemas de engarrafamento, quando no local funciona  mão dupla, entre os veículos estacionados de um lado e do outro, mais a multidão espalhada no trecho. 

         Fora da época das festas, a Rua Frei Ozório dá mão única para quem sai da Santo Antônio, em direção aos bairros Centenário e Coronel Joaquim Lopes, à direita de quem está de frente para a Igreja.  E o lado contrário é mão única para quem vem para a Santo Antônio. 

         Como é natural, nesta ocasião tudo se altera. Um lado da Igreja fica interditado para o movimento das Barracas e das unidades móveis de comercialização de bebidas e salgados.

         Esta situação requer mudanças no trânsito, com utilização alternativa da Rua Major Felicíssimo (Estrada de Ferro) e da rua anterior à Igreja,  para quem vem da parte de cima da Rua Santo Antônio em direção aos Bairros Centenário/Formiga.  O trecho crítico do movimento deve ter sentido único.  A interdição completa complica mais para a locomoção entre o centro da cidade e o final da Rua Santo Antônio, onde se encontram os Bairros de Lourdes, Biolquino de Andrade, Esportivo, Santa Rita; e para quem se destina à Colônia, ou à COHAB/Pito Aceso.
Rua Santo Antônio, do Bairro de Lourdes>centro da cidade. CM 14/04/2013

Rua Major Felicíssimo sentido>Pito Aceso. CM 14/04/2013

Rua Major Felicíssimo sentido>Centro. CM 14/04/2013



         Para funcionar com o uso alternativo da rua anterior à igreja em direção aos bairros Centenário e Formiga, cabe patrulhamento naquele itinerário.  Durante a noite o trecho é vulnerável ao risco de violência, com locais ermos e mal iluminados.

         O período junino mistura-se como o julino.  Acabam as festas de Santo Antônio no dia 13, e começam as de São João que se estendem até o dia 24 deste mês.  No dia 29 comemora-se com fogueira a homenagem a São Pedro.
Em nossa região, entretanto, a movimentação gira predominantemente em torno de Santo Antônio e São João.  As fogueiras, os forrós só terminam quando começa agosto, com os ingredientes comuns do quentão, da batata doce.  Mas, quem procura festa, não se limita a essas guloseimas específicas.  Bebem de tudo: cerveja, conhaque e demais bebidas “quentes”.  A mais consumida é a cachaça, de baixo custo, e de efeito imediato.  Muita gente gosta mais de ficar embriagado do que de saborear a bebida.

         Sempre nesta época a população evoca as lembranças das festas de São João, promovidas pelo Sr. Antônio Soares, no Engenho Piedade, Carrapicho.  Foi marco de um tempo, que teve seu auge nos fins dos anos 50 e início de 60 do Século Passado.  Havia de tudo: danças de quadrilha, pau de sebo, fogueira. Mas o ponto alto eram os calangueiros e duplas sertanejas no palco, onde, por várias vezes, esteve nada mais, nada menos do que Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, compadre do dono da festa.   “Luiz Lua Gonzaga, com sua sanfona e sua simpatia”, conforme anunciavam seus apresentadores.
    Imagem: Geo e Coisas: Luiz Gonzaga: 100 anos. 

          A propósito, Gonzaga e o senhor Antônio Soares foram homenageados no mês passado por ocasião da Semana dos Museus, em evento do Museu Municipal juntamente com a Secretaria Municipal da Cultura e Turismo.

(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)



             

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