terça-feira, 10 de setembro de 2013

Pagamento de contas fora das agências bancárias prejudica contribuinte

         


        A tarefa é das agências bancárias, que transferem para as casas lotéricas e similares. O pagamento das contas de água, luz, telefone, IPTU e tantas tarifas públicas que vão cair nas agências bancárias prejudicam os contribuintes. As filas extrapolam o espaço físico das casas recebedoras e  ocupam as calçadas.  As pessoas ficam expostas ao tempo, sujeitas ao sol ou à chuva, no desconforto, em pé, por horas a fio.
Imagem: O Debate - Macaré

         Essas casas recebedoras foram construídas para outros fins. Por isto não dispõem de estrutura interna adequada para abrigar os pagadores e oferecer-lhes a possibilidade de cada um aguardar sentado a sua vez de chegar ao guichê.

         Os bancos desfrutam de muitos privilégios nas inúmeras cobranças por serviço de seus correntistas. E se recusam a receber essas contas para desafogar os arrecadadores externos.  Se todas as agências incluíssem em seus serviços esses recebimentos a população não ficaria toda exposta a esses sacrifícios injustificáveis por conta da economia que o sistema bancário procura fazer em diminuição do seu quadro de pessoal.  Não adianta cada agência cumprir as determinações legais do tempo de espera no interior de suas repartições, se transfere para fora de seu espaço o desconforto dos clientes que, direta ou indiretamente, alimentam sua rede e os lucros astronômicos que os bancos acumulam a cada semestre.

 
Imagem: Construtora Ama Aguaiar
Imagem: blog.previdencia.gov.br

         Não seria necessário proibir o recebimento nas casas lotéricas e demais recebedoras. Em conjunto aliviam a demanda.  No entanto, é descabido que as agências bancárias se recusem a prestar tal serviço. Afinal, elas são as destinatárias de todos os depósitos oriundos desses pagamentos.
Imagem: UFRB. EDU

         Os bancos fazem economia em pessoal, robotizam todos os serviços, colocam os clientes para trabalhar na retirada de talões de cheque, saldo de conta, extratos, e ainda cobram o trabalho que cada um presta para a própria instituição. É como se o padeiro mandasse o freguês trazer papel para a padaria, embrulhasse o pão, e, além do pão pagasse pelo papel, pelo trabalho de embrulhar e pelo tempo que ficasse na padaria durante a compra.
Imagem: Meio Norte

         Essa transferência que os bancos fazem para as casas recebedoras de maneira compulsória é uma forma de fugir de seu dever de atender os clientes em tempo determinado por lei, no seu interior.  Se fosse como alternativa para facilitar a vida das pessoas de maneira mais rápida e perto de suas casas, não seria necessário deixar de acolher  recebimento no interior de suas agências.  Quem paga cumpre um dever.  Mas tem o direito de ser atendido sob um teto, e aguardar assentado o momento do atendimento, de maneira humanamente justa. É o exercício pleno da cidadania.  Ainda há um fator que precisa ser registrado: todos os postos de recebimento têm de oferecer prioridade para os idosos, as pessoas deficientes e as gestantes, o que nem sempre acontece.


(Franklin Netto – viscondedoriobrancominasgerais@gmail.com)        

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