terça-feira, 17 de setembro de 2013

SAYONARA(QUARAÍ-RS) - EDUCAÇÃO - A temática da "edicação especial"




PELO ESPECIAL DA EDUCAÇÃO

Segundo Jannuzzi (1992) este trabalho, trazia
“a crença, portanto, de uma ação que deve ser concomitante à ação do médico, talvez pela percepção da insuficiência medicamentosa nesses casos” (Jannuzzi, 1992, p.36).

Continuação da útima Edição



Da concepção médico-pedagógica à integração


Este resgate histórico que aborda questões relativas à concepção médico-pedagógica de educação especial tem sua importância para que contextualizemos as etapas de evolução do pensamento que envolve esta área e seus diferentes aspectos constituintes, seja no âmbito teórico ou naquele prático. A ênfase nesses elementos históricos auxilia o nosso entendimento quanto à presença significativa de um pensamento que defende que para alguns sujeitos existiriam apenas possibilidades de intervenção clínica, afastando aquelas ligadas à educação. O autismo e a psicose compõem o grupo de sujeitos considerados “graves”, para os quais o predomínio dessa concepção “clínica” tem persistido.
De acordo com Baptista (1999, p.7),

“o autismo evoca, com muita intensidade, as limitações em termos de chave de acesso, de comunicação, de perspectivas de evolução”, mecanismos que estariam associados à crença na impossibilidade da permanência deste sujeito em espaços como o ensino comum.  

Apesar desta tendência, acredita-se na existência de outras possibilidades para os sujeitos com autismo, pois:

“os limites para um processo educativo integrado não podem ser determinados pelas características do aluno, mas pela análise conjunta dessas características e do contexto (considerada a sua flexibilidade de organização, nível de recursos de apoio e capacidade inovadora)” (Tezzari e Baptista,2000, p.1).

Rigon (1996) afirma que existem exemplos de experiências que têm mostrado as vantagens de um atendimento educacional para alunos psicóticos, no ensino comum. Tais alunos assemelham-se àqueles com autismo no que diz respeito à caracterização que recebem como “casos graves”, assim como no desafio de flexibilidade imposto à escola. As afirmações de Rigon (1996) referem-se ao contexto italiano, onde as escolas especiais deixaram de existir em 1977. Para que a escola italiana pudesse atender alunos com necessidades educativas especiais, houve uma série de

“iniciativas que articulam as disposições legislativas de garantia de escolarização, oferecimento de suportes através de serviços públicos e acompanhamento desenvolvidos por centros de pesquisa” (Tezzari e Baptista, 2000, p.1).

O movimento de integração que aconteceu na Itália, destacado precedentemente, tem ocorrido, em versões menos abrangentes, em outros países europeus, assim como em outros contextos. Atualmente, há uma tendência de um movimento internacional neste sentido.



Integração/Inclusão: os direitos humanos e a educação


No século XX, ao final dos anos sessenta, início dos anos setenta, o movimento de Integração teve repercussão pelo resto da Europa. De acordo com Santos (1995), este movimento promoveu iniciativas legais, em grande parte dos países da Europa Ocidental, colocando em prática uma concepção democrática de integração de todos os sujeitos na sociedade. Segundo esta autora, a maior parte das leis formuladas neste período tinha como idéia norteadora o deslocamento dos sujeitos, denominados até então “excepcionais”, dos serviços de saúde e assistência social para os locais de atendimento educacional.

Santos (1995) destaca que a partir deste fenômeno, em âmbito escolar, difunde-se o termo “mainstreaming”, que vem do inglês e significa:

“(...) movimento de inserção (de alguém ou algo) dentro do ‘fluxo principal’ – por oposição ao sentido dado ao termo ‘marginalização’, bastante conhecido e utilizado na língua portuguesa – ou em outras palavras, do que é convencionalmente prescrito e aceito” (Santos, 1995).

Conforme já sinalizado, há uma grande variabilidade nas diferentes formas e intensidades apresentadas por esse movimento, de acordo com o país a ser considerado. Diferentemente do projeto italiano, vários países europeus têm mantido as estruturas paralelas, em concomitância com experiências de atendimento integrado.

Segundo Carvalho (2000), o “mainstreaming” associa-se a uma estrutura organizacional denominada “Sistema em Cascata” que promove a integração educacional em ambientes educacionais que variam desde aqueles mais segregados e restritivos (escolas especiais, por exemplo), até os menos restritivos (ensino regular).

Leia na próxima Edição:



>O Informe Warnock

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