EDUCAÇÃO - AS TRÊS CORRENTES TEÓRICAS
A última é a prática social, onde a prática é toda atividade material, orientada para transformar a natureza e a vida social. A prática social se desenvolve e enriquece através da atividade prática e teórica dos diferentes indivíduos e coletividades.
Continuação da última Edição:
3.4 Categorias e leis da dialética
Para o Marxismo, as categorias se formaram no desenvolvimento histórico do conhecimento e na prática social. Significa que o sistema de categorias surgiu como resultado da unidade do histórico e do lógico.
São entendidas como “formas de conscientização dos conceitos dos modos universais da relação do homem com o mundo, que refletem as propriedades e leis mais gerais e essências da natureza, da sociedade e do pensamento” (Triviños, 1987, p. 54).
Entende-se por Lei “uma ligação necessária geral, iterativa ou estável” (Triviños, 1987, p. 54).
Tanto as categorias como as leis “refletem as leis universais do ser, as ligações e os aspectos universais da realidade objetiva”. Mas as categorias são mais ricas em conteúdo do que as leis, já que aquelas refletem também “as propriedades e os aspectos universais da realidade objetiva’. A categoria essencial do materialismo dialético é a contradição que se apresenta na realidade objetiva. E a lei fundamental também é a Unidade e luta dos contrários, a Lei da Contradição. Entre a categoria e a lei da contradição existem diferenças notáveis. “A Lei da ‘unidade’ e da ‘luta’ dos contrários reflete e fixa o fato que há luta entre os contrários que se excluem e, ao mesmo tempo, estão unidos, e que esta luta, em última análise, leva à solução da dita contradição e à passagem da coisa de um estado qualitativo a um outro”. Entretanto, a categoria da contradição, estabelece, por exemplo, que a contradição é uma interação entre aspectos opostos, distingue os tipos de contradições, determina o papel e a importância que ela tem na formação material e ressalta que a categoria da contradição é a origem do movimento e do desenvolvimento (Triviños, 1987, p. 54).
CONSIDERAÇÕES FINAIS:
Apartir do conteúdo exposto, referente as três correntes teóricas, o positivismo, a fenomenologia e o marxismo, podemos pôr em evidência as derivações metodológicas e os resultados atingidos, seguindo uma ou outra tendência teórica. A vinculação do pesquisador a uma concepção de vida, do homem e do mundo é fundamental. Basicamente os métodos ou as teorias usadas em países desenvolvidos, não podem ser deslocadas para os países subdesenvolvidos, sem haver as devidas adaptações e transformações exigidas, pois a realidade de vida de um país subdesenvolvido é muito diferente, onde a pobreza se faz presente com muita expressão e certamente existem vários problemas sociais. Frente a isso precisamos adaptar as correntes conforme as necessidades e dificuldades do meio em que vivemos. É importantíssimo ter um amplo conhecimento sobre a realidade em que vamos intervir, conhecer e saber os problemas que afetam as pessoas ou as comunidades em geral. Ter este conhecimento é base fundamental para se atingir um bom resultado seja na elaboração de uma pesquisa ou na realização de uma intervenção.
A teoria marxista nos oferece um caminho com bons propósitos. Segue uma linha comprometida com um projeto de transformação da realidade social, sua intervenção oferece toda uma preocupação com a análise dialética da realidade. Além disso, procura buscar explicações coerentes, lógicas e racionais, sem deixar de ressaltar a prática social como critério de verdade. Contudo vale lembrar que as três tendências metodológicas são fundamentais, e o mais importante é sabermos escolher o método ou a metodologia mais adequada quando formos fazer algum trabalho (pesquisa ou intervenção). Conforme o objetivo que queremos alcançar, escolheremos o método que melhor resultado nos trará.
A opção de métodos alternativos é fundamental, uma vez que a pesquisa, ou até a intervenção não é uma atividade pronta e acabada, tendo sempre a necessidade de se construir caminhos e refletir sobre os mesmos. Nenhuma análise é definitiva, havendo sempre a possibilidade de acontecerem possíveis transformações.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
TRIVIÑOS, Augusto Nibaldo Silva. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa
qualitativa em educação. 3 ed. São Paulo: Atlas, 1992.
CASTRO, Cláudio de Moura. A prática da pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,
1938.
CARVALHO, Maria Cecília M. de. Construindo o saber – Metodologia científica:
fundamentos e técnicas. 6 ed. Campinas, SP: Papirus, 1997.
CORDEIRO, Darcy. Ciência, pesquisa e trabalho científico: uma abordagem
metodológica. 2 ed. Goiânia: Ed.UCG, 1999.
BRUYNE, Paul de, et all, Dinâmica da pesquisa em ciências sociais: os pólos da prática
metodológica. 5 ed. Rio de Janeiro - RJ: Livraria Francisco Alves Editora S.A.,
1991.
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